domingo, 5 de setembro de 2010

Ser feliz: apenas um sonho?

Ser feliz: apenas um sonho?

Resolvi dedicar a coluna de hoje a um filme intrigante que assisti: “Foi apenas um sonho”. Para quem exige atores de primeira para se estimular, ele é estrelado pela dupla romântica do “Titanic”: Leonardo di Caprio e Kate Winslet. Só que trintões e de um jeito que fãs não costumam gostar: interpretam pessoas comuns, são casados, tem filhos e conflitos. E isso é que dá graça ao enredo, afinal podia ser qualquer um de nós, naquela tela.
Basicamente o filme fala do quanto nos acomodamos na nossa infelicidade do dia-a-dia. Casamentos rotineiros, sem sal, nem emoções. Filhos saudáveis e na deles. Traições “normais” aqui e ali, nada que mude a rotina.
Um bom emprego – chato, previsível, cheio de rotinas – amigos do trabalho reúnem para uma cerveja após o expediente, as conversas, fofocas, de quem está “pegando” quem, falar mal dos chefes, colegas. A “família feliz” recebe os vizinhos para um lanche, crianças brigam, pais se irritam.
Até que... A esposa sonha!!!
Sonha em mudar tudo: venderem a casa ir morar em Paris, reinventar a vida, dar cor ao “preto e branco” da vidinha medíocre que tem, engordando em frente à TV ou ORKUT’s e games, passando fome para fazer regime, viver “o saco de vida” em que filhos adolescentes são “estranhos no ninho”.
Casais são apenas divididores de despesas e funções e dá-lhe compras, consumo louco cheio de dividas, prestações que nos prendem a um dia-a-dia insuportável! Somos escravos de uma vida sem emoções, sem estímulos, sem alegria.
Mas no filme, a esposa arrisca tudo e consegue convencer o marido a “largar tudo”, a voltar a ser feliz se aventurando na “cidade-luz”, a cidade mais desejada do mundo: PARIS!!!
Ai começa um furacão: amigos acham loucura, insanidade. Percebe-se inveja doentia, colegas de trabalho entre ciúme e raiva pela “coragem de quem larga uma vida segura, por um sonho e desejo de ser feliz”! Vizinhos contrariados com a felicidade do casal, chamam os mesmos de “imaturos”, “lunáticos”. Impressiona neste ponto do filme, como um sonho maravilhoso, a coragem de querer mudar, sair da rotina sem graça, de um dia-a-dia insuportável repetitivo, sem emoções; é massacrado pelos “amigos, colegas de trabalho, vizinhos”! O casal resiste e mantém seus objetivos, colocam a casa a venda, compram passagem para Paris, voltam a um clima romântico, fazem sexo recordando o “ótimo sexo de quando se é namorado”. Como é bom sonhar, como é fantástico ser feliz quando é sonhador!!! Mas o “ótimo sexo comemorativo da vida nova” vira uma gravidez inesperada... Aí, a lenta transformação para um pesadelo interminável! Querem saber mais?! Assistam o filme!!!
EU APENAS DEIXO A “MORAL DA HISTORIA” QUE ME INVADIU APÓS O TERMINO DO FILME:FELICIDADE É ALGO PARA POUCAS E SAGRADAS PESSOAS, QUE TEM O DOM DE SONHAR, A FÉ E PERSEVERANÇA PARA REALIZAR ESTES SONHOS, E A SABEDORIA PARA UM DIA, MORAR DENTRO DELES!
Obs: Esta coluna é dedicada às loucas e incríveis pessoas que não tem medo do fracasso, das frustrações, do julgamento alheio e assim renascem, se reinventam, e insistem em viver o risco e aventura de SER FELIZ!!!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

2 – NÃO COMPARAR RESULTADOS




Instruções importantes sobre o uso de Antidepressivos
Capítulo XIV- “Medicação” – Mitos e Realidade (Psicofármacos)

Outro erro que observamos é quando parentes ou amigos estão se submetendo ao mesmo tratamento e começam a trocar informações e queixas: “ele está tomando dose menor, ele está melhor do que eu, ele parou de tomar remédio e eu não”.
É fundamental lembrar que cada pessoa tem uma resposta individual a um mesmo tratamento. Cada um reage melhor a uma determinada dosagem e a um antidepressivo específico. Por isso, é comum que doses ou tipos de medicação tenham que ser alterados durante o tratamento.
Ter perseverança é essencial. Uns notam melhora em questão de dias, enquanto outros podem demorar semanas ou meses. Depois de certo período, todos se sentem melhor. Portanto, não compare seu tratamento com o de ninguém.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

1. VENCER PRECONCEITOS



Instruções importantes sobre o uso de antidepressivos

Ao iniciar um tratamento médico, com uso de medicamento para tratar de depressão e ansiedade, é fundamental que o paciente tenha confiança em seu médico, profissional que funciona como um ponto de apoio e de referência para esclarecimento de dúvidas ou discussão das várias etapas do tratamento.
Os antidepressivos são medicamentos cada vez mais usados e se mostram muito eficientes nos casos de síndromes depressivas e ansiosas.
São muitos os preconceitos e erros de informação quanto ao uso desta medicação: “faz mal, causa dependência, modifica as pessoas, não é necessário”.
A indicação de um antidepressivo se baseia em critérios científicos internacionais que partem da constatação de acometimento em nível biológico nos quadros de depressão e ansiedade. Portanto, siga as instruções de seu médico.

domingo, 29 de agosto de 2010

O prazer de envelhecer e morrer


A cada dia, manchas senis vão decorando o dorso de minha mão, como estrelas que vão surgindo no início da noite. O sorriso sendo emolduradas por bem desenhadas rugas, alegres e expressivas. Um vinco insiste em descer a cada lado do nariz em direção aos lábios. A pele vai lentamente se descolando dos músculos como se divorciasse de sua elasticidade. O sono piora e mais pareço um vaqueiro que às 4h da manhã já não cabe na cama.

E dia a dia, mês a mês, vou devolvendo a natureza, aquilo que não é meu: células, proteínas, carbonos, nitrogênios, enfim a matéria! Lenta e continuamente me despeço da juventude, do vigor, das ilusões e sonhos impossíveis. Não há mais lugar para arroubos, impulsividades, revoltas juvenis. Pouco a pouco sou dominado pela moderação, pela compreensão profunda do que vai na minha mente, coração e alma. Observo o mundo que me cerca, munido de curiosidade, sabedoria. Pouca coisa me surpreende, quase nada me incomoda, uma serenidade me acalma mesmo diante dos absurdos que abalam o mundo.

Procuro entender a tecnologia como instrumento e facilitação do cotidiano, mas sem dependência, deslumbramento ou dependência. Continuo anotando em papéis e arquivando, algo que não pega "vírus" nem é alvo de "hackers". Continuo sonhando, construindo sonhos e já consigo morar dentro de alguns deles. Ainda batalho, luto, mas me permito o descanso.

A energia da fé e a energia mental continuam firmemente aumentando, na mesma proporção que minha vitalidade e físico vão decrescendo em direção ao fim. Continuarei todos os dias buscando evoluir ate o "dia" que deixar a vida: um acidente fatal, um infarto fulminante, um câncer devastador - nada me aterroriza. Espero a morte, assim como um passageiro aguarda um trem ou um avião. Um dia chegamos, num outro partimos.

"Morrer é tão natural quanto nascer"...
"Nu viestes a esta vida, tão nu quanto viestes sairás dela, e pelo teu trabalho nada que fizestes louvarás em tuas mãos. Isto é vaidade e vento que sopra"... Como nos ensina Eclesiastes. A vida é meramente um estágio, onde presos em quatro dimensões, a consciência mora num corpo material fadado a ser extinto, após inúteis vaidades, raivas, ódios, ciúmes, ressentimentos, invejas, apegos, medos, angústias e em menor proporção, a alegria, o amor, o carinho, fé, confiança, lealdade e humildade.

Morrerei, espero, serenamente! Afinal, nada nem ninguém me prende à vida material.
Amo, sou amado, sei que poucos têm antipatia, raiva, ódios de mim, mas a recíproca não é verdadeira: o perdão mora em meu coração!

Peço perdão aos que possa ter ofendido. Não sou candidato a nada, nunca fui, nunca serei. Apenas busco com minhas palestras, livros, no exercício da medicina, ser um instrumento de inteligência divina e superiores. Busco CRER e SABER! Alio minha FÉ, ao estudo científico.
Creio que há eternidade e reencontro de almas (ou "consciências não-materiais", se quiserem), daqueles que se amaram na vida terrena. E sei que há "inferno" para os que se viciaram, corromperam, traficaram, assassinaram, se apegaram a uma ilusão absoluta que é a vida terrestre e material.

No mais, cada um busque um sentido de viver, envelhecer, morrer, ser eterno!!!

Coluna Eduardo Andrade Aquino para o Jornal Super Notícias (Belo Horizonte-MG) publicada no dia 29/08/2010.

sábado, 28 de agosto de 2010

5. Antidepressivos

Continuação do capítulo XIV
“Medicação” – Mitos e Realidade (Psicofármacos).


Por ser o grupo mais importante, vamos nos aprofundar neste item.
Pede-se ler com atenção o que vai aqui sobre depressão evitar as bulas, que podem amedrontar e são de difícil compreensão.
Instruções importantes sobre o uso de antidepressivos

A depressão, síndrome ansiosa, não é uma “fossa” ou um “baixo astral” passageiro. Mais importante: não é um sinal de fraqueza de caráter ou uma condição que possa ser superada simplesmente pela força de vontade ou com “pensamento positivo”. Sem tratamento, os sintomas depressivos podem durar semanas, meses e anos, a exemplo do que ocorre nos quadros de ansiedade. O tratamento adequado faz com que estas síndromes tenham um prognóstico altamente favorável, mas é fundamental que seja conduzido por um médico e que conte com a participação do paciente.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

4. Sal Estabilizador de Humor – carbonato de lítio

Continuação Capítulo XIV

“Medicação” – Mitos e realidade (psicofármacos)


Inicialmente lançado como diurético, percebeu-se que o sal de lítio é um importante estabilizador e preventivo das fases maníacas e depressivas nos pacientes com desordem afetivo bipolar ou esquizo-afetivos.
Deve-se medir o teor de lítio em exames de sangue para saber se está em nível terapêutico.
O controle das funções tireoidianas é importante, pois o uso pode acarretar hipotireodismo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

3. ANTICONVULSIVANTES (antiepiléticos)



Neste grupo encontram-se as medicações usadas para combater as crises convulsivas (parciais, grande mal, ausência e outras), corrigindo a transmissão elétrica do cérebro. Existe um grupo antigo ou clássico: Hidantal, Gardenal, além de outros, os híbridos (de origem benzodiazepínicas), Rivotril e os de última geração: Tegretol, Deparkine.
Uma grande novidade é que os remédios deste grupo não tem contribuído apenas para melhorar as crises epiléticas e as “disritmias” – nome impróprio, mas muito conhecido entre os leigos. Eles têm sido usados no combate de outros problemas. Exemplos: Rivotril (clonazepan) cada vez mais usado para combater a síndrome do pânico e as fobias; Tegretol, Depakene: empregados como moduladores (equilibradores) de humor nos pacientes com desordem afetiva bipolar (humor instável e flutuante) bem como nos pacientes esquizo-afetivos.

Continuação Capítulo XIV
“Medicação” – Mitos e realidade (psicofármacos)