quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

SOBRE TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL

- Teste com milhares de mulheres nos EUA e China, que durariam 5 anos tiveram que ser interrompido com 3 anos de acompanhamento pois aumentou de forma alarmante:
1) Varizes profundas, tromboses
2) Embolia pulmonar e cerebral
3) A incidência de câncer de mama e ovários
4) Alta incidência de depressão, fobias e pânicos, entre outros.

Hoje tenho aconselhado:
1) 2 gramas de vitamina C e 400 mg Vitamina E após o café da manhã;
2) Primoris (da Herbarium) cp, Cps. Ao dia
3) Verotina S 90/MG 1 cp. Semanal (ex. todo sábado) para parte psíquica, stress, alterações do humor). É inevitável o que os antigos chamavam “época de passagem” (menopausa na fase de adaptação do corpo – “fogacho” vermelhidão, sudorese e outros sintomas) que após ajuste hormonal da hipófise desaparecem naturalmente.

COMO ENFRENTAR O EMPREGO ENFRENTANDO A PARANÓIA DO DESEMPREGO




Não há como escapar: o emprego formal, tal qual conhecemos neste século, está acabando. Mas calma, não há previsão de volta à escravidão! Pode parecer pessimismo, mas ao contrário. Quando acabar o emprego, a aposentadoria e essas coisas que nem deveriam ter sido inventadas – pois desviaram dons e talentos, e assim, músicos foram transformados em engenheiros, agricultores em advogados, comerciantes em médicos, etc.. – teremos um novo tempo com outros valores e seremos prestadores de serviços mútuos, cada um fazendo o que gosta, dentro de seu dom. Enquanto isso, busque a melhora do humor, um despertar da alegria de se relacionar e fuja dos programas de qualidade total e reengenharia! Invista no prazer, na natureza, saia da “Síndrome da falta de tempo”, volte a ser criança junto aos seus filhos e, se vier a perder o emprego, recupere o sentido da vida e use a criatividade como “ferramenta de trabalho”.


quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Aposentar-se sem aposentar –se da vida



Quem sabe quando a aposentadoria foi inventada?
Uma vez respondida essa pergunta, cabe a todos nós trabalhadores – funcionários ou autônomos – refletirmos sobre o nosso futuro não apenas na “busca da segurança” (que cá entre nós, é meramente uma ilusão ou figura retórica), mas principalmente, na nossa trajetória existencial.
Afinal, o que buscamos na vida? Onde queremos chegar? Qual a recompensa que merecemos após batalhar dia-a-dia por uma sobrevivência pessoal, familiar, social?
Pensemos, reflitamos ... A que conclusão chegaremos?
É hora de sentir, mais que pensar. Resgatar emoções perdidas, renovar a alma, ter a coragem de mudar o senso comum. Essa rotina “estudo- trabalho – constituir e promover a família - aposentar” está com seus dias contados. O capitalismo, o apego à matéria, a globalização, a qualidade total, o “estado –social” que dá toda a “segurança ao cidadão”, enfim, esse século XXI está mais que acabando, está falindo! E com ele as instituições, as “verdades”, os dogmas, os estigmas, etc.. E, principalmente, o modus vivendi que nos seduziu: o conforto, a tecnologia, a modernidade, a máquina que artificialmente nos traria o mundo ideal (ar condicionado, carro, TV, robôs industriais e daí por diante ...). Mas, amigos, a qualidade de vida nesse mundo urbano e agitado é melhor que a de nossos avós?
Somos felizes? Realizados?
Aposentar-se de uma vida ativa, produtiva é privar-se de um valor que é simultaneamente insubstituível, eterno e fundamental: a sabedoria. Algo tão raro quanto imprescindível nos dias de hoje. Quanta perda ao aposentar-se: a experiência (que se torna inativa), o status, o respeito, mas principalmente, a auto-estima. É o fim-da-picada. Literalmente!

Mas já começa a surgir luz nesse horizonte: grandes empresas chamando de volta os “aposentados sábios” em detrimento dos “yuppies jovens pedantes”. Bom sinal!

Por fim, não se esqueçam: quando jovens, sonhamos. Adultos, construímos tais sonhos. E, um dia, já idosos, brindados com a paz e a serenidade próprias dessa fase da vida, moraremos dentro dos sonhos, não só do usufruto merecido e digno, mas no papel de experientes conselheiros e sábios.
Da vida, nunca se aposente, afinal dela somos eternos aprendizes.


P.S.:Faça contato pelo blog www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e também no Twitter: www.twitter.com/eduardoaaquino.Aos que quiserem ser .... parceiros, peço que leiam meu livro: Bem Vindo a Vida, lançado pela Editora Sextante, sublinando conceitos que julgarem relevantes. Este é o livro básico que em forma de romance, apresento minha visão do mundo.Pode se obtido internet (submarino.com, americanas.com, leitura.com, etc..).

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O QUE É SER EFICIENTE? E DEFICIENTE?



Sempre que tenho a oportunidade e o privilégio, em palestras ou através dos livros que escrevo ou no atendimento em consultório, de estar em contato e partilhar vivências com deficientes físicos e seus familiares, especialmente os pais, me vem à mente este questionamento:

O que é ser deficiente?
O que é ser eficiente?


Busco ligar a ciência e a fé, assim, tenho uma visão bem mais otimista e ampla sobre o ser humano portador de algum tipo de deficiência, seja física ou psíquica.

Costumo, para espanto de muitos pais, dizer que é uma grande dádiva conviver com seres que, apesar de deficientes no plano físico e/ou psíquico, trazem dentro de si uma alma que veio até nós para nos ensinar e amadurecer. Um exemplo disso é o do portador da Síndrome de Dawn que, limitado em seu Q.I. e raciocínio lógico e abstrato, na verdade é um pós-graduado no tão citado atualmente Q.E., ou inteligência emocional. Os portadores dessa Síndrome são seres alegres, positivistas, afetivos e extremamente carinhosos, além de terem um compromisso inapelável com a verdade na sua forma mais simples e pura. Em outras palavras: são deficientes no plano intelectual e extremamente eficientes no plano afetivo.

Esse mesmo exemplo serviria para os cegos, para os surdos que, mesmo privados de sensações tão nobres e, ao mesmo tempo, tão desprezadas pelas pessoas “normais”, desenvolvem uma tal sensibilidade e uma percepção tão grande com seus outros sentidos, que são capazes de ver o toque das mãos e ouvir com a sua observação visual do mundo.
Enquanto isso, nós, “normais” ou eficientes intelectualmente, estamos tão falidos no plano afetivo que a depressão, as fobias, a Síndrome do Pânico, as síndromes ansiosas, o stress, o suicídio se tornaram epidêmicos mundialmente, a ponto de estarmos sujeitos a essa dor na alma que são síndrome depressivas e ansiosas.

Portanto, vale a pena perguntar o que é deficiência e o que é eficiência este mundo tão conturbado, tão tecnológico e confortável, mas falido nas relações humanas.
É por isso que sempre procuro dizer aos pais e familiares dos deficientes”: antes de maldizerem ou lamentarem o “azar” de terem gerado ou partilhado a vida com essas pessoas, agradeçam a Deus pelo privilégio de conviver com seres e almas tão especiais.

Faça contato pelo blog www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e também no Twitter: www.twitter.com/eduardoaaquino.Aos que quiserem ser .... parceiros, peço que leiam meu livro: Bem Vindo a Vida, lançado pela Editora Sextante, sublinando conceitos que julgarem relevantes. Este é o livro básico que em forma de romance, apresento minha visão do mundo.Pode se obtido internet (submarino.com, americanas.com, leitura.com, etc..).

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

SHOPPINGMANIA




No mundo atual, cheio de “correrias” e apavoramento, stress, grandes cidades, muita insatisfação nas relações humanas e de trabalho, tem-se notado o surgimento das “ansiedades modernas”, das quais 4 se destacam:

1 – Vício no trabalho (workholic);
2 – Distúrbios alimentares (anorexia nervosa, bulimia, obesidade ansiosa);
3 – Vício em aparelhos e recursos eletrônicos, como computadores, internet, vídeo game (tecnofilia);
4 – Shoppingmania.

Este último se caracteriza pelo comprar compulsivo, irracional e abusivo. Em geral, se dá baseado em algum tipo de frustração ou angústia, ou seja, é um mecanismo compensatório do aumento do grau de insatisfação das pessoas com seu mundo interno e externo.
Após o ato compulsivo da compra, é muito comum escutar relatos de culpa e depressão geradas pela consciência de que a compra foi desnecessária e acima da capacidade de comprometimento financeiro.

Estes quadros têm aumentado na mesma proporção do excesso de estímulos (como shoppings centers – verdadeiros templos do consumo - , propagandas maciças na mídia) e têm suscitado severos conflitos familiares, profissionais e até econômicos. Tanto assim, que hoje a inadimplência em supermercados, lojas de departamento e comércio em geral tem representado um grande problema.
A shoppingmania é passível de tratamento e está ligada a alterações do sistema de emoções no cérebro, especialmente a um neurotransmissor cerebral, a serotonina .

domingo, 27 de dezembro de 2009

TERCEIRA IDADE: UMA NOVA VISÃO, BASEADA NO AVANÇO NEUROCIENTÍFICO E NOVAS BASES HUMANÍSTICAS



Desde seus primórdios, a humanidade tem no envelhecer e no morrer as suas mais angustiantes expectativas.

A velhice e a proximidade do fim existencial têm povoado de preconceitos, mitos e problemas as culturas, religiões, sociedade, família e política, e só recentemente isso tem sido revertido, através de uma visão mais humanística e cientifica.

Quando pensamos na 3ª idade, três questões surgem:
A primeira questão: o que é ser velho? Um adolescente que se perde no desvario das drogas e violência, ou um idoso que aos 90 anos dá a público uma obra-prima da literatura, das artes plásticas ou da música? Velho é algo que não tem valor, que é descartável, que não é produtivo. Já o idoso é aquele que enfrentou bonança e tempestades, sobreviveu às intempéries e quer nos dá como herança sua experiência e sabedoria.

Assim sendo, em determinadas sociedades, principalmente as mais antigas e sapientes, os idosos têm papel crucial junto à família e à sociedade: são os conselheiros e sábios. Em contrapartida, em nosso mundo ocidental, veloz, tecnológico, cibernético e baseado na produção, os idosos passaram a ser considerados dispensáveis, e mais, desvalorizados como imensa massa de aposentados, a gastar verbas previdenciárias e médicas. Foram condenados a ser “aposentados” não só do trabalho, mas da vida, em seu calvário de uma existência ociosa, solitária e vazia.

Segunda questão: a vida é qualidade ou quantidade? Segundo a Sociedade Britânica de Geriatria, o importante não é acrescentar anos à vida de uma pessoa e sim dar mais vida aos anos dessa pessoa. O que se observa é que, graças aos avanços da ciência, vivemos cada vez mais: na Europa Nórdica, a expectativa de vida já ultrapassa os 85 anos. Mas, paradoxalmente, é crescente o número de auto-extermínio na 3ª idade. Eis o contra-senso: o tempo de vida não é o mais importante, necessário é resgatar a dignidade, a qualidade de vida e o respeito a nosso futuro, pois inevitavelmente haveremos de adquirir idade e um dia nos confrontaremos com a morte.

A última questão: por que as demências (ou “esclerose”) têm sido tão comuns entre os idosos? As neurociências avançaram no sentido de pesquisar o cérebro e o que chama a atenção é a alta incidência das demências, principalmente o “mal de Alzheimer” ou demência senil precoce. Isto se dá por diversos fatores, mas é importante destacar que a qualidade de vida das 2 primeiras idades é fundamental para se entender a 3ª idade.

Numa sociedade cada vez mais veloz, estressante, violenta e seletiva que vem desgastando o cérebro, afora a poluição, o mundo artificial, etc.., a depressão e o nível tensional têm atingido níveis insuportáveis. Chegamos ao fim do século numa das maiores crises da humanidade: crise urbana, política, social, econômica, religiosa, mas principalmente crise do indivíduo, que tem uma vida confortável, moderna, tecnológica, mais infeliz! E o cérebro é movido a prazer!

Soluções? A busca do prazer, o resgate do humanismo e a troca do vício de um mundo individualista, com excesso de informação e de máquinas, por um mundo em que as pessoas voltem a se relacionar. É preciso valorizar a sabedoria, tão típica do idoso, como instrumento de entender o universo que nos cerca. O idoso reassume, com o fim da aposentadoria do viver, seu papel de sábio e conselheiro. Precisamos de fórmulas mágicas ou do elixir da juventude para prolongar a vida? Nada disso: apenas resgatar o que a natureza sempre nos ofertou. Veja as dicas abaixo e agradeça sempre a Deus por fazer da vida uma dádiva e uma busca de nós mesmos!

sábado, 26 de dezembro de 2009

3 - Alimentação

3 – ALIMENTAÇÃO
Influências e correlação do rendimento escolar
e aspectos comportamentais

A estreita relação não é difícil de ser estabelecida por questões tão básicas e vitais como os relatos de desnutrição grave e retardo psicomotor, que dizima milhões de crianças e adultos nas regiões pobres da Europa., Ásia, América Latina. É bem conhecida, a importância fundamental das proteínas na plasticidade e funcionamento celular das células neuronais que determinam as funções intelectuais emocionais e a força de vontade que regem nosso potencial mental. Assim, de 0 a 2 anos a ausência de dieta rica em proteína, determinará um despovoamento neuronal e falhas na rede de conexão entre os neurônios, de característica irreversível. Bem como é de conhecimento de qualquer educador que a merenda escolar é de suma importância na motivação e rendimento dos alunos. Mas vamos comentar outros aspectos importantes no cotidiano;
1. Alimentos que contém cafeína: A cafeína já é considerada droga pelo CID.
10 (Código internacional de doenças), por ser substância psico-estimulante e o uso leva a quadro de:

. Irritação;
. Agressividade;
. Hiperatividade;
. Insônia inicial (dificuldade de dormir), e superficialização do sono
- acorda cansado;
. Stress, abstinência, depressão (rebote dependência)
O consumo de cafeína tem se acentuado enormemente nos tempos atuais, exatamente por sua ação “ativadora”, que compensa o desânimo e desvitalização de crianças e adolescentes – com vida ociosa ou voltada para máquinas como TV, vídeo, internet. A cafeína é encontrada no:
. Café;
. Refrigerantes em geral (principalmente tipo cola e diet);
. Chá mate preto;
. Chocolate;
. Energéticos: tipo Red Bull e outros.

2. Alimentos “energizantes”: Outros alimentos vêm sendo usados por jovens nas suas “baladas” de fins de semana, para dar “ânimo e aumentar rendimento”. Guaraná em pó ou líquido, ginseng, catuaba em associação ou especificamente. Ainda que “naturais” eles excitam, interferem no sono, na irritabilidade e agressividade.
3. Chocolate: vamos abrir um espaço próprio do chocolate – já citado por conter cafeína – por ser atualmente um vício cada vez mais estudado e empregando-se inclusive a expressão chocólatra para descrever o vício. Sem dúvida é o sabor universalmente que dá mais prazer, mas algumas das gorduras do cacau têm propriedades canabióides – ou seja, ativa receptores semelhantes ao da maconha, o que explica sua popularidade, seu consumo acaba sendo voraz com dependência e abstinência.
4. O consumo de folhas verdes: outra briga dos pais é para os filhos comerem verduras, legumes e frutas. A verdade é que as folhas verdes são essenciais para o humor humano, pois são ricas em tryptonano substância que permite a fabricação da serotonina, neurotransmissor que regula o stress e as emoções.Também presente na banana e outros alimentos naturais. O certo é que nas últimas décadas houve mudança radical nos nossos hábitos e costumes que trouxeram um impacto negativo para o comportamento e relacionamento humano.
5. É essencial observar se o aluno do turno da manhã alimentou-se antes de entrar para a sala. Seja por problemas econômicos ou hábito, há estreita relação entre sonolência, dificuldade de concentração, baixo-rendimento naqueles que ficam muito tempo em jejum (a noite inteira mais a manhã). Existem escolas que fornecem café da manhã e relatam de melhora importante no aprendizado. No turno da tarde, uma alimentação exagerada e pesada (gordura, carne, fritura), pode gerar a “sonolência pós-prandial”, pois a digestão requer desvio da circulação sanguínea com prejuízo do cérebro que fica menos ativado. No turno noturno a má alimentação igualmente compromete o rendimento.
6. Outros itens de ecologia humana importantes - Orientações para prevenção do stress e depressão:
A)Mudando os hábitos e o ritmo de vida

. Exercício físico diário ( do tipo aeróbico, que aumenta a freqüência cardiorrespiratória): Ideal – caminhada, natação ou ciclismo ao andar, por uma hora. Os exercícios físicos diários aumentam a produção de beta-endorfina e encefalina;

. Sono ideal: Horário máximo para dormir – 22 horas. A parte mais nobre do sono acontece entre as 23 horas e 3 horas da manhã. Horário máximo para acordar – 6 horas. Após esse horário, aumenta o sono REM, que é o sono dos sonhos – desvitalizador e depressivo. Não dormir durante o dia ou nos finais de semana, sono que, ao invés de descansar, cansa. Evitar atividades ou trabalho de turno (semana noite, semana tarde, semana manhã).

. Uma hora antes de dormir, evitar atividades excitantes (esportes, TV, telefonemas, discussões). Dar preferência ás atividades relaxantes (música, leitura amena)
.Á noite, quanto mais escuro e silencioso o ambiente, melhor o sono. Mas, logo pela manhã, a claridade é essencial.
. Exposição á luz solar no início da manha ou final da tarde: Promove aumento da produção de melatonina, substância reguladora do ciclo sono/vigília e do humor.
. Repouso de quarenta minutos após o almoço: para quebrar o ciclo bifásico sono/vigília.
. Banho: morno a frio pela manhã, promovendo melhoria no despertar pelo choque térmico. Quente á noite, pois provoca vasodilatação, ajudando a relaxar e facilitando a conciliação do sono.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O RESGATE DAS COISAS SIMPLES DA VIDA



Coluna Eduardo Aquino para a Revista "Dieta Já".


O mundo virou de pernas para o ar! Literalmente. Quem tem dinheiro e comida está passando fome, pois quer emagrecer. Quem é magro e quer comer passa fome, pois não tem dinheiro para comprar comida. Chegamos ao fim dos tempos: as controvérsias se aproximam perigosamente e os paradoxos já não causam tanto espanto: quer ir rápido? Evite o carro – preso em intermináveis congestionamentos – e vá a pé, é mais rápido. Ficou doente, cuidado com os hospitais, ou sua gripe vira infecção hospitalar e te mata em dois tempos. E por aí vai ... e mal.
Quanto a comer, algo extremamente natural há mais de 400 milhões de anos, atualmente virou um drama. Aliás, sendo mais preciso, virou doença, das mais graves e, nesse pós-Freud, uma das principais neuroses modernas: comer ou ser bonito, eis a questão!
Entre anoréxicas (magrelas e obsessivas, com verdadeiro ‘HORROOOR!” a alimentos, um extremo da aversão e da vaidade doentia), obesas ansiosas (quanto mais insatisfeitas, mais compulsivas, e dá-lhe bombom Sonho de Valsa) e bulímicas ( o pecado, a culpa e o ritual do vômito de alívio), lá vamos nós complicando a simplicidade da natureza. Aliás, os únicos mamíferos que têm problemas quanto a sexo, alimentação e sono somos nós. Você já viu algum macaco ter problema de insônia? Elefanta ficar grávida antes da hora? Ou girafa com problema de obesidade?
E que complicação foi Deus nos ter dado a habilidade de pensar! Só dificultamos as coisas e criamos um mundo todo complicado.
Mas voltemos à “vaca-fria”: por que as desordens alimentares (anorexia nervosa, bulimia e obesidade ansiosa) se tornaram epidêmicas? Primeiro recordemos que padrão de beleza é coisa de época: nos séculos XVI, XVII e XVIII, as rechonchudas faziam um sucesso tremendo. Ô época boa, hein!? Comia-se às toneladas, lípide e celulite pra todo lado, e ainda posava nua pra qualquer pintor famoso. Ai, ai, talvez em vidas passadas .....

Mas veio, em pleno século XX, lá pelos anos 60, uma tal de manequim inglesa. Twig? Cadavérica. E foi um sucesso. Ponto para as esquálidas e magrelas com seus ossinhos aparecendo. Começou a neurose. Mas, pior 20 anos depois, as Madonnas acrescentaram músculos e contornos esculpidos. Ai foi o fim: fome, suor e ... lágrimas! Mas o império da indústria alimentícia contra-ataca: bombardeio de mídia, os alimentos são embelezados, adocicados, uma legião de sedutoras tortas, mousses, sorvetes, cremes nos invade por todos os lados. Há invasão domiciliar com freezer, geladeiras, microondas.
Ora congelados, ora fumegantes, mas principalmente rápidos fast-food, e até que achamos gostoso um Big Mac e uma pizza Hut. Eu me rendo, eu me rendo!
Mas ainda há esperança: nas academias, no programa Malhação, da Rede Globo, e nas novelas subseqüentes, um exército de resistência, músculos reluzentes, carinhas de anjo ... E a tudo assistimos ansiosamente, comendo pipoca, tomando coca-cola, comendo Diamante Negro e sonhando ser como eles, seres de outro mundo, platinados, e que venceram a inglória batalha contra carboidratos e lipídios, usando apenas sua ração hiperprotéica.

“- Acorda filha, é segunda-feira!” E lá vem o dia mundial de começar o regime, e também, do mau humor, de “matar” o serviço e curtir a ressaca de culpa do fim de semana, pelo abuso geral e irrestrito.
Não desanime, a receita é simples: faça como qualquer animal irracional – durma com a noite, acorde com o dia, exercite na busca de caça (para nós tem forma de papel-moeda), ame e seja amado, respeite as leis naturais.
Quanto a comer, experimente mastigar calmamente e sentir o sabor que coloca na boca. Sabia que a mastigação eficiente e as papilas gustativas, responsáveis pelo paladar, são inibidores naturais do centro da fome no cérebro e inibem o apetite? Procure dar uma pausa entre o 1º e 2º prato. Cinco minutinhos, e acaba aquela compulsão. Afinal, tudo na natureza é rítmico. E nós, nessa arritmia toda! Saciar é ato de satisfazer-se calma e serenamente, sentindo prazer em cada ato de viver. Sinta – e isso significa usar o cinco sentidos em tudo que fizer (olhe, ouça, cheire, toque, deguste), seja caminhar apreciando a Natureza, transar com a pessoa amada, comer a desejada refeição.
Eis a melhor receita para se viver bem num mundo que se complicou tanto: ser simples, natural e sábio.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

2 – ENDORFINAS NATURAIS



LIVRO EDUARDO AQUINO: MANUAL DO EDUCADOR TERAPÊUTICO.


A importância do exercício físico no aprendizado
e comportamento

Outro item que estamos destacando nesse capítulo sobre ecologia humana, se lastreia na importância de atividades físicas e esportivas, no rendimento escolar e no comportamento de todo ser humano notadamente as crianças e jovens.

Hoje é certo, que muitos dos estímulos e apelos do mundo moderno e eletrônico são muitos danosos para o cérebro e mente humano – o bombardeio de informações negativistas das Tvs, músicas com forte apelo erótico e agressivo, computador,, internet com conteúdos graves, promíscuos, vícios em games e jogos eletrônicos. E não há como escola, pais, terapeutas, evitarem o contato e influência destes. Mas, curiosamente, aquelas crianças e jovens que são incentivados a práticas esportivas, educação ambiental, dança, atividades culturais, acabam se tornando imunes e até indiferentes ao malefício do mau uso de uma tecnologia altamente sedutora.

Pesquisas científicas da década de setenta, do século passado já mostravam que trabalhadores que tinham, por questão profissional, elevada carga de exercício aeróbico (lixeiro, carteiro, operário de construção civil, vaqueiros, entre outros), bem como atletas profissionais, produziam substâncias químicas cerebrais que os neurocientistas chamam de ENDORFINAS, cuja fórmula era extremamente semelhantes á morfina – ópio que vem da papoula e usada como anestésico, estimulante, melhoria da concentração, percepção, vigor físico, e é considerada droga, embora de uso também medicinal. Daí a surpresa : nosso cérebro produz substâncias opióides naturais – exemplo: beta-endorfina, encefalinas com importante atuação anti-stress, melhora da concentração, memória, humor, dor física, aprendizado, vitalidade, reguladora do sono entre outros.
Fez-se um estudo entre grupos de alunos de 10 a 14 anos: um grupo tinha todos os dias uma carga de exercícios aeróbicos (que fazem aumentar a freqüência cardíaca e respiratória): natação, ciclismo, caminhadas, corridas; durante seis meses, uma hora por dia, antes das aulas. Outro grupo, com atividades apenas escolar e sedentários (retirou todo o exercício e esportes). O resultado foi surpreendente: aumento do rendimento escolar que chegou a ser de 70% bem como melhoria comportamental – agressividade, ansiedade, hiperatividade, angústia e outros – significativa do grupo com atividade física em relação ao grupo controle. Por isso hoje, escolas públicas e privadas em países de 1º mundo adotaram a aula de educação física como fundamental no currículo diário.


quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

ECOLOGIA HUMANA

A natureza que ensina, resgata nossos ritmos e nos torna harmônicos, ao resgatar a simplicidade no nosso dia-a-dia.

Vamos refletir sobre uma das áreas mais interessantes do conhecimento humano e que será fundamental ao falar em saúde no terceiro milênio: a Ecologia Humana. Significa cuidar bem do meio ambiente interno, evitando a “poluição” causada por nossos maus hábitos e pela vida artificial e desgastante. Resgatar os ritmos e leis naturais – aquelas que devem nos reger, mas que o mundo tecnológico, moderno e rápido, nos roubou em nome do Conforto e da modernidade. Deu no que deu: o homem tecnológico é confortavelmente viciado em coisas artificiais e falsas. Está, por isso, sempre doente do corpo e da alma.
Hoje sabemos que há apenas um ser um ser que não obedece aos ritmos naturais: o ser humano. Nos “poluímos internamente” em , aparentemente, pequenos detalhes, que na verdade são grandes causadores de problemas físicos, psíquicos e comportamentais.

Um exemplo claro e inequívoco é na área que denominamos cronobiologia, uma das ciências afins á Ecologia Humana: cronos – de origem grega – significa tempo, bio – vida, logos – estudo, ou seja, o estudo entre vida e o tempo, um exemplo é o estudo sono – vigília determinando modificações no físico e no humor do ser humano. Vamos a algumas situações interessantes:

A arquitetura (ou fases) do sono obedece a critérios que estabeleceram o que cientificamente chamamos de Relógio Biológico, modulado por um hormônio chamado melatonina. Temos 5 fases do sono.

Fase 1/Fase 2 – Sono leve (captamos estímulos ambientais ruídos, luz, fatos, etc.).
Fase 3/Fase 4 – Sono profundo (há completo desligamento, nos tornamos mais vegetativos) é o sono que descansa e renova a energia vital).

Fase 5 – Sono REM (rapid eyes moviment – movimento rápido dos olhos) – é o sono de sonhar, importante regulador do humor, da vitalidade, além de fonte riquíssima e ainda pouco conhecida de elementos que povoam nossos arquivos de memória e informações herdados de nossos ancestrais (memória ontogenética). Tem sido objeto de pesquisa pelos psicólogos e psiquiatras transpessoais no processo chamado Regressão a Vidas Passadas, de religiões espiritualistas que crêem na reencarnação, ou ainda culturalmente os orientais (hindus, budistas) que defendem a visão KARMÁTICA do retorno. O certo é que fé e ciência começam a se aproximar e descrever fenômenos semelhantes.

Assim alterações da arquitetura do sono ocasionam diversos problemas como:
A) Insônia Inicial: dificuldade de conciliar o primeiro sono, típico do ansioso, estressado, o “pensador” compulsivo que não consegue relaxar e assim demora muito a dormir com ressaqueamento no dia seguinte.
B) Insônia terminal: acordar precocemente em plena madrugada (após 2,3,4 da manhã) e não conseguir voltar a dormir – característico dos quadros depressivos graves com intensa modificação do humor e em geral, o despertar é acompanhado de pensamentos negativistas, obsessivos, de ruína com grande sofrimento mental – Angústia matinal.
C) Insônia universal: Não consegue dormir a noite inteira. Típico dos quadros agitados (mania, esquizofrenia) ou de forte excitação (bebida, drogas, cafeína, atividade física intensa, emoções fortes, acontecimentos inesperados)
D) Sono interrompido: (“leve, picado”), diversos despertares e voltar a dormir. Típico de idosos, trabalhadores em turnos alternados, plantonistas noturnos, problemas de micção freqüente e outros.
E) Terror noturno: Pesadelo, vivências ruins, pânico noturno acompanhado de gritos e/ou choro, confusão, nível de consciência crepuscular (sonhando/desperto). Mais comum em crianças com distúrbios de comportamento/depressão, doentes com problemas neurológicos, estados febris delirantes, drogadição.
F) Movimentos involuntários pernas/braços: podem ocorrer nos quadros de epilepsia parcial, quem usa antidepressivos, distorção depressiva ansiosa, entre outros.
G) Sonambulismo: Atividade motora (sentar, andar, movimentar) feita de forma automática, sem consciência ou memória posterior. É importante pesquisar atividade elétrica e bioquímica cerebral como equivalentes epiléticos, depressão – ansiedade.
H) Apnéia noturna (Doença do ronco): Padrão de ronco típico, de alta sonoridade, progressivo, com interrupção (+ de 10 segundos) – apnéia – período em que não consegue respirar, há baixa de oxigênio e esse sofrimento “desperta” a pessoa (sem que haja percepção disso) que retoma a respiração e o padrão do ronco. Podem ocorrer dezenas ou centenas de apnéias e despertares durante a noite. É um problema grave e fatal em poucos casos. É de natureza obstrutiva (dificuldade de ventilação e passagem do ar) nas vias aéreas superiores. Exige cirurgia desobstrutiva ou uso de aparelho noturno. A obesidade é uma das causas mais comuns.
I) Narcolepsia: Após quadros de apnéia (que impede sono profundo 3-4) pode ocorrer uma sonolência abrupta, profunda e perigosa durante o dia. Causa importante de acidentes automobilísticos, por exemplo em caminhoneiros e motoristas que usam “rebites” excitantes para não dormir e modificam a arquitetura do sono.

Hoje, a criança e o jovem cometem uma série de “heresias” em matérias de relógio biológico com perda importante de potencial cognitivo (as funções nobres do intelecto, do afeto e força de vontade), como perda de memória, concentração, desvitalização, imitação, baixa condição de reter novos conhecimentos, piora do aprendizado, agressividade, depressão, e outras modificações comportamentais.

Assim pequenas regras, podem ser de imensa valia. Exemplos:
1. Sono ideal – horário máximo para dormir: 22 horas.
A parte mais nobre do sono acontece entre as 23:00 horas e 03:00 horas da manhã. Horário máximo para acordar: 06:00 horas. Após esse horário aumenta o sono REM, que é o sono dos sonhos, desvitalizador e depressivo.
2. Uma noite em claro – (festas, TV, computador, vídeo game) exige 7 dias, para ser reposto e restabelecido o fuso horário (equivale a uma viagem do Brasil ao Japão).
3. Duas noites seguidas em claro – (por exemplo, sexta e sábado), constituirão perda grave do relógio biológico, pois exigiria duas semanas para regular o fuso horário do relógio biológico (o que é impossível, já que os jovens saem todo fim de semana) e equivaleria a ir do Brasil para o Japão, e voltar para o Brasil na noite seguinte. Como resultado: sonolência diurna, insônia noturna, cansaço, apatia, imitação, preguiça, grave déficit de aprendizado.
4. Dormir até tarde – (9-10 da manhã) alunos que estudam á tarde, e após o almoço, os que estudam no turno da manhã. O sono diurno (inclusive nos finais de semana) não consegue reproduzir a arquitetura correta do padrão noturno e com isso não repõe cansaço, ao contrário “esgotam”, deixam o jovem apático, protelador, mal-humorado “geração cama” e com inversão do sono (dormem tarde, acordam tarde).
5. Ciclo circadiano – Embora exista um relógio biológico ontológico (que acompanha a humanidade desde os primeiros homens) temos ritmos individuais. Por exemplo: o matinal – madrugador rende muito pela manhã. O vespertino: “acende mais á tarde”. O notívago: “adora a noite”. E muitas vezes o humor oscila durante o dia. A isso chamamos ciclo circadiano.

A percepção e a caracterização dessas características podem determinar importante melhora de rendimento escolar (elaborativo) quando se ajusta o turno a esses padrões individuais.
Por fim, nunca devemos esquecer que embora tenha como principal função a adaptação física e psíquica do ser humano ao seu meio-ambiente, o cérebro adora pessoas harmoniosas e rítmicas, que o ajudem a regular atividades, hábitos – comer, dormir, trabalhar, ter lazer – e evitando que o cérebro, nosso computador biológico, tenha o “stress adaptativo”, enlouquecendo com a pessoa imprevisível, desafinada, caótica.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Devemos ficar com quem gosta da gente, ou devemos batalhar para ficar com quem a gente gosta?


Extraído do Livro Eduardo Aquino: O que os Jovens gostariam de saber e os Adultos têm dificuldade de responder

Esta é a velha polêmica. No gostar, é fundamental ser sincero. Devo ter fidelidade aos meus sentimentos. Temos de batalhar na vida pelas pessoas, pelo trabalho, por conviver com quem gostamos. No namoro, é preciso ter cuidado. Se não houver envolvimento, a relação fica desigual e pode não dar certo. Sempre tenho de optar pelo que gosto, desejo e quero, por uma questão de coerência e maturidade. Nem tudo na vida é fácil. A vida exige uma batalha contínua em direção ao prazer, à necessidade e às nossas possibilidades e conquistas. Mas, se desejo me relacionar com alguém e não existe correspondência, é fundamental saber lidar com a frustração, com os meus limites, minhas impossibilidades e, aí, buscar novas relações ou me contentar com uma relação apenas de companheirismo e amizade.

Como não magoar quem gosta de você, mas de quem você não gosta?

Ser sincero, ao não deixar o outro criar expectativas ou fantasias daquilo que não ocorrerá. E mostrar que a relação só é possível num nível de amizade e respeito, mas sem possibilidade de namoro ou comprometimento maior.

Quando namoramos e ficamos, quando e como falar com os pais?

Quando existe um bom nível de relacionamento e de respeito, deve-se sempre falar no início do namoro. Um bom diálogo e uma boa amizade entre pais e filhos evitaria essa história de namoro escondido. Pais preparados, que compreendem que os filhos devem ser seus amigos, são as pessoas mais adequadas para compreender, opinar e orientar os filhos quanto às questões de namoro, do amor, da paixão e da sexualidade.

O que você acha de namorar escondido dos 11 aos 14 anos?

Namorar escondido é um problema que envolve os jovens e os pais. Namoro escondido significa que não houve uma relação de confiança entre pais e filhos, o que é uma falha dos dois lados. Tudo o que é feito escondido, sem informação, faz com que o resultado seja sempre problemático. Os pais descobrem e se aborrecem, com razão, por não ter havido confiança. O namoro, assim, é mantido de forma tensa, como se fosse pecado, e dá sentimento de culpa.Cabe aos filhos e aos pais criar um espaço para que o namoro seja sempre discutido entre eles, para que os pais entendam a necessidade dos filhos de namorar. O que é escondido contamina e piora as relações.
O diálogo, a comunicação e a participação são saudáveis para as relações na família. O medo de conta aos pais significa que a relação passa pela opressão, pelo castigo. Temos de enfrentar tudo na vida, até o medo, assumindo posturas para o bom entendimento com os pais, pedindo um voto de confiança;

Voce acha que um namoro escondido compensa os riscos?

Para ter prazer na vida, é necessário o relaxamento, e, para isso, não podemos sentir culpa, ansiedade, insegurança ou medo. Quando namoramos escondido, a tensão é grande, por temermos ser descobertos. Acho isso muito desconfortável. Em minha opinião, não compensa os riscos.

O que fazer quando nos apaixonamos por alguém que já tenha namorado?

Essa situação é difícil. Quando a gente busca o objeto da paixão, a gente tem de correr riscos. Deve haver sinceridade nos sentimentos e nas relações humanas. É importante ser verdadeiro. É preciso também preparar-se para a frustração: se a pessoa por quem nos apaixonamos já tiver namorado (a) e gostar dele (a), devemos respeitá-la. É justo buscar o que queremos, mas essa busca tem de ter respeito.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

CAPÍTULO II



LIVRO EDUARDO AQUINO: XARÁ, O DOIDÃO: que começou na maconha e terminou no pó.


Fizeram uma reunião no bairro e convidaram todo o pessoal. Seria uma festa de arrasar. E lá foi o Xará com sua turma. Todos tinham um pouco de medo deles e, ao mesmo tempo, bastante atração! É engraçado como os adolescentes, em geral, adoram aqueles que lideram para o mal, para a rebeldia e para a bagunça. E no grupo havia também as pessoas mais ricas e bonitas, como o próprio Xará. Começaram a beber cedo.
- Ai, gente, vamos tomar umas antes de entrar?
- Vamos lá, cara! Vamos lá, galera!
Lá foram eles ... Sempre chegavam aprontando, e logo recendia o cheiro típico de maconha. E começavam as provocações.
- Eh, galera! Prepara, que a turma da fumaça chegouuuu!
Muita gente ficava chateada com eles. E nessa noite, maus presságios! O clima estava pesado, uma energia esquisita rondava o ambiente.
Na festa estava uma menina maravilhosa. Claudinha. Um encanto de pessoa! Boa estudante, bailarina, supersimpática e educada. Dificilmente ia a essas festas, porque muitos rapazes forçavam a barra e sempre acabava saindo briga. Mas as amigas insistiram tanto que ela acabou cedendo.
O ambiente, àquela altura, estava bom, quando de repente ouve-se um berro:
- Ai.... meninas .... segura que eu estou chegando.
E o Xará quis “dar de cima” da Claudinha. Logo ele, de quem ela conhecia a fama. Mas tentou ser elegante.

- Xará, por favor, estou com uns amigos meus e você não está bem, fica na sua, OK?
- Que cortada, Claudinha! Qual é?
- Você está muito esquisito, Xará! E, além do mais, não quero ficar com ninguém.
- Qual é, menina? Até hoje foi só você que não me deu bola. Frescura para cima de mim não, ta?
- Xará, por favor! Não quero confusa nem baixaria, compreende?
Na mesma hora saiu. Tentou ir para outra sala, mas Xará a puxou pelo braço.
- Espera lá, ninguém me larga assim não! Mais consideração, menina!
Nessa hora chegaram os amigos da moça.
- Ô Xará, não baixa o nível!
- Qual é, gente? Bando de leão-de-chácara?!!!
Ricardo, professor de Educação Física e dono da academia de ginástica do bairro, empurrou o Jofre, tentando afastar também os outros rapazes e defender a menina.
- Qual é, cara? Para de atrapalhar a festa dos outros! Não tá vendo que ela não está gostando do papo?
- E aí? Vai partir pra cima? Quer dar uma de “mocinho”?!
De repente, estourou a briga. Quando Jofre atacou, Ricardo lhe deu um soco que atingiu o nariz e o supercílio. O sangue espalhou-se pelo rosto e pelas roupas do Jofre.
A confusão se instalou e, sem que as pessoas percebessem, Xará puxou do bolso um soco-inglês, uma arma típica de gangues.
- Ai, Cara, ta querendo sangue, não é mesmo?
- Cuidado, Ricardo! Ele está com um soco-inglês na mão.
Foi quando a turma-do-deixa-disso entrou em cena. Com muito custo, conseguiram separá-los. Mas o Jofre prometeu ao Ricardo:
- Tudo bem, cara! Tá vendo esse sangue aqui? Vai ter revanche, ouviu? Não vai ficar assim não. Você não perde por esperar.
Ricardo tentou ficar calmo.
- Olhe, rapaz, eu não gosto de briga, mas você viu o que fez com a Claudinha?
- Não adianta desculpa. Tá marcado, hein, cara! Tá marcado!
Foi uma grande confusão. Os vizinhos ameaçaram chamar a polícia. Quando os adultos chegaram, em minutos a música parou e todos foram saindo. Mais uma vez o Jofre acabou com a festa de todo mundo.

domingo, 20 de dezembro de 2009

CAPÍTULO VII:EXERCENDO A AUTORIDADE EM SALA DE AULA OU EM CASA.



Livro Eduardo Aquino: Manual do Educador Terapêutico.

Autoridade é uma função que exige determinação, firmeza, bom senso, prudência. Isso porque todo bando de animais necessariamente segue uma liderança desde que este líder se mostre hábil, capaz de conduzir o coletivo a uma situação de segurança., bem-estar, confiança. Isto é algo natural e esperado, mas atualmente o exercício da autoridade passou a ser um desafio e um sacrifício para muitos educadores e pais, que vivem a sensação de perda do controle sobre crianças e jovens cada vez mais insubordinados e rebeldes que adoram desafiar a autoridade do adulto. Uma primeira observação é que jamais um adulto pode se permitir “nivelar” ao patamar de um comandado. Assim ao ser desafiado em Relação a uma ordem dada, não pode o adulto que exerce a autoridade, permitir tom de voz elevado, bate-boca, ou ser tratado como um “colega”. Se provocado, cabe manter-se firme, tranqüilo, reforçar o comando e instrução dada, evitar discussão paralela e na reincidência de ato de indisciplina providenciar a punição previamente combinada com toda a turma anteriormente. Nunca entrar em polêmicas individuais, palavras de “baixo calão”, “desafios pueris” ou particularidades.
Um grande aprendizado para os que têm a missão de ser autoridade é compreender o exercício dessa posição. Vamos a um exemplo:
Em sala de aula, logo no início das aulas, o educador estabelece com toda a turma, os parâmetros e regras que determinarão o bom andamento das aulas, as atitudes e comportamentos permitidos e desejáveis e aqueles que atrapalham a dinâmica da aula, o método pedagógico.
Esses conjuntos de normas entre professor e aluno norteiam o relacionamento respeitoso e saudável. Ultrapassado os limites, contrariada as normas, a punição se fará a partir da(o) educadora, e em consenso com toda a turma. Essa diluição de responsabilidade é altamente benéfica, demonstra segurança e capacidade de liderança compartilhada. Já um ambiente onde um adulto, ainda que tendo a função como educador e que tente de cima para baixo, impor a autoridade, se verá diante de posturas típicas de adolescentes que nessa fase, são contestadores, rebeldes, transgressores de normas como forma de entender seus limites, desafiando a autoridade como forma de impor-se aos colegas. A perda do respeito, as discussões em tom alto, o uso de palavrões, apelidos ofensivos, gritos e ameaças, bem como manifestação de fraqueza, como choro ou chantagens emocionais, constitui atitudes altamente indesejáveis a pais ou educadores, ao se deparar com a hostilidade e desafios que filhos e/ou alunos costumam “experimentar” o exercício da autoridade. Reação não constrói e sim a ação. Ao contrário de atitudes ora excessivamente agressivos ou demasiadamente passivos, o comportamento ideal, diante de discussões, momentos conturbados é o comportamento ASSERTIVO. Descrevemos este como a capacidade de ser firme, sem ser excessivo ou complacente, manter um tom grave mas sem gritos ou palavrões e ameaças, é quando mesmo diante de tensão ou estresse somos capazes de ponderar, justificando as razões mostrando o ponto-de-vista e bom senso para administrar controvérsias e contornar situações conflitivas. Tal comportamento requer maturidade, capacidade de transigir, flexibilizar, compreender – trocando de lado com o outro – e assim buscando comunicar-se, buscando pontos comuns, ambiente comunitário, fraterno. Uma boa analogia é o bambú, que mesmo não sendo tão forte quanto o carvalho, é capaz de se entortar tanto que diante da tempestade, enquanto o carvalho é arrancado, o bambú humildemente se inclina mas não se quebra, mantendo suas raízes e dominando seu espaço. Excesso de rigidez não é sinônimo de eficiência!

sábado, 19 de dezembro de 2009

CAPÍTULO VI : ALGUNS PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA PROPOR REGRAS E ESTABELECER LIMITES


Livro Eduardo Aquino: Manual do Educador Terapêutico.

O processo de educar, pressupõe investir energia, tempo, disposição por parte do educador seja ele pai ou professor ou responsáveis adultos. Tudo começa quando se estabelece por parte do educador um conjunto de regras, normas, leis, responsabilidades e deveres. É a fase DA COMBINAÇÃO. Combinar significa determinar em conjunto tais atribuições, e simultaneamente estabelecer formas de gratificação, recompensa que o cumprimento das metas significará. É o famoso “REFORÇO POSITIVO” que vai desde o elogio público e privado até premiações pelos bons resultados obtidos. Muitas vezes pais e educadores esquecem de elogiar e só sabem “detonar” ou xingar e apontar erros, falhas. Já o descumprimento das regras, normas e objetivos, aí sim, gera a imposição do castigo ou punição para que os jovens tenham um parâmetro claro de suas possibilidades e limites. É BOM FRISAR QUE PUNIR NÃO SIGNIFICA FORMAS DE VIOLÊNCIA FÍSICA OU PROVOCAR DOR E SIM RETIRAR DO PUNIDO, FORMAS DE PRAZER, PRIVAR SATISFAÇÃO E FONTES DE ALEGRIA (ex. impedindo por 7 dias uso de Internet ou impedindo saídas ou festas por 30 dias entre outros).

Nunca se deve voltar atrás após imposto uma punição. Pai e Mãe devem respeitar formas próprias de punir e castigar mesmo que discordem, e tal discordância deve ser discutida longe da criança. Jogos de pena, dó, culpa, chantagens emocionais não devem contaminar a punição.

Não se deve punir com ações que não são praticáveis (ex.: se não for bem na escola não viaja de férias”! Sabendo que não deixará para traz uma criança de 9 anos por exemplo).
NÃO GRITAR! Tom alto, além de ineficiente cria uma “adaptação” que faz com que os decibéis a mais não sejam eficientes e cria um ambiente péssimo e estressante. Linguagem não verbal ou seja, atitudes têm muito mais eficiência, ex. conduzir uma criança até o local do castigo, explicando o porque dessa punição.
Agir e não ameaçar. Afinal, ameaças não cumpridas significam perda de credibilidade e respeito por parte das crianças e adolescentes. Onde falta crédito, falta confiança, respeito e cumprimento de regras.
Após punição, explicar aos filhos/alunos como é ruim ter que agir assim, mas toda vez que houver transgressão ás regras tal fato se repetirá. Pedir um beijo ou abraço ao final do castigo, mostra que tal gesto é um ato de amor e necessidade e não uma forma de desgostar.
NUNCA ESQUECER: FILHOS/ALUNOS sempre testam limites, querem e reinvidicam ter prazer o tempo todo, manipulam e em excesso. É o papel deles. Aos educadores cabe a firmeza, a coerência o papel de frustrá-los. Estabelecer limites, ser justos e não abandonar os princípios e normas combinadas previamente e que tem que ser respeitadas sob risco de perder o comando da situação.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

NAMORAR, FICAR OU TER ROLO.



Livro: Eduardo A.Aquino: O que os Jovens gostariam, de saber e os Adultos têm dificuldade de responder.


Como se explica que casamentos antigos, sem amor, duravam a vida inteira?
Essas pessoas se privavam do amor? Elas eram necessariamente infelizes?

Anteriormente, por uma questão de preponderância de um pensamento católico, muito impositivo e predominante, e, ao mesmo tempo, por uma questão cultural e social, não havia muito espaço ou aceitação daquele casal que se separasse. Tal fato era sempre condenado e motivo de escândalo na comunidade. Portanto, isso fazia com que os casamentos tivessem uma duração sempre maior.

Quanto à pergunta sobre se essas pessoas se privavam do amor, inserida na pergunta principal, havia uma série de fatores que faziam com que esses casamentos se mantivessem. Evidentemente, a necessidade de se conviver junto gerava um respeito ou, quem sabe, até uma relação de amor maior, uma vez que havia uma postura mais definitiva do ponto de vista de manutenção dos casamentos. Todavia, também, sabemos que, inevitavelmente, um percentual de casamentos às vezes se mantinha meramente por uma necessidade, por uma ausência de possibilidades de rompimentos e por uma questão de aparência. Algumas pessoas tinham que se privar de amor, e outras, pelo próprio convívio, acabavam por se amar.

Outra parte da pergunta: elas eram necessariamente infelizes? Não. Num grande número de casamentos havia uma certa felicidade, porque, durante uma longa trajetória de convívio, no mínimo, havia também um grau de amizade, de companheirismo, uma necessidade de tocar, juntos, um processo existencial. Acho que havia uma proporção de pessoas felizes, que conseguiam, assim, um bom nível de relacionamento, como também havia um número de pessoas que eram infelizes, que eram obrigadas, literalmente, a passar a vida inteira dentro de uma estrutura não ideal e, muitas vezes, insatisfatória.

Você acha que o amor pode vir com o tempo?

Sim. Algumas vezes, nos relacionamentos, é necessário que a gente tenha tempo de conviver, que a gente passe apertos, sofra e tenha alegrias juntos. Assim, o amor poderá amadurecer, se sedimentar, e a união poderá se tornar mais duradoura. A experiência a dois é a necessidade de compartilhar determinadas situações que fazem com que haja o surgimento de uma relação de amor, pressupondo compreensão, respeito, afeto, cooperação...


NAMORAR, FICAR OU TER ROLO

O que é namorar? O eu é ficar?

Atualmente está na moda o “ficar”. As relações são descartáveis e imediatistas, então perdemos o conceito do que é namorar, que é escolher. Quando se escolhe alguém, renuncia-se a outras possibilidades. Namorar é sinal de maturidade em escolher, é saber tomar decisões, assumir que se gosta de alguém, mesmo sabendo haver tantas outras opções. A pessoa escolhida para estabelecer uma relação de afeto e crescer com a outra é uma só. Hoje em dia, observamos que quem só “fica” quer ter todos ao mesmo tempo e não tem ninguém, por não aprofundar nenhuma relação.
Uma das coisas que não invejo na juventude atual é essa história de “ficar” e de “ter rolo”. Notamos que essas pessoas que “ficam” ou que têm rolo”, não assumindo as relações e as outras pessoas, são ansiosas. Elas têm dificuldade de decidir, deixando-se levar pelo instinto, pela atração física, pela vontade de experimentar todo mundo, mas acabam ficando insatisfeitas e infelizes. O que noto, em minhas palestras para jovens, é que todos “ficam” por modismo, mas ninguém está satisfeito., Todos têm uma carência maior, que é um envolvimento mais profundo, com mais responsabilidade e mais espaço para dividir as boas e más questões da vida.
Na época em que eu era adolescente, tínhamos de batalhar muito para conquistar uma pessoa. Por isso, construíamos uma história e os envolvimentos eram mais profundos.
O namoro assim é mais saudável. Ao “ficar”, como na sociedade de consumo, se quer o que não se tem. Todo mundo fica com receio de ser descartável. Não concordo com o “ficar”, que causa ansiedade. Sou a favor das relações que se aprofundam, em que há respeito, confiança e envolvimento.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A PRECARIEDADE ATUAL DE IMPOR DISCIPLINA:

LIVRO EDUARDO AQUINO: MANUAL DO EDUCADOR TERAPEUTICO.

As queixas cada vez mais freqüentes de educadores e pais sobre os “abusos, a má-educação, o desrespeito das crianças e jovens com os adultos e a perda da autoridade destes” merece uma análise onde veremos os dois lados de uma mesma história:
PAIS E EDUCADORES: Vamos a algumas falas atuais. “Antes temíamos o olhar repressivo dos pais, hoje continuamos temendo o olhar repressivo dos filhos” ou ainda “Somos da época em ... que comíamos pé e pescoço de galinha para deixar peito e coxas para pais e idosos, hoje como pais, continuamos a comer pé e pescoço de galinha para deixar peito e coxas para filhos”, é lógico que isto está errado!!! Assim é importante mostrar que NÃO ESTAMOS EXERCENDO A AUTORIDADE, IMPONDO DISCIPLINA, SABENDO EDUCAR NOSSOS FILHOS E ALUNOS, DENTRO DE REGRAS, LEIS QUE SEJAM RESPEITADAS PELO MAIS JOVENS. A incrível falta de limites, transgressões a regras, ausência de punição eficiente, tempo para dialogar e conviver com filhos, a ausência de comunicação e intimidade entre pais-filhos, alunos-educadores, estão entre os principais fatores dessa epidemia de falta de respeito, autoridade, dos adultos em relação a crianças e adolescentes, filhos e alunos. Pais e educadores estressados, sem tempo, impacientes, filhos e alunos egocêntricos, indiferentes, viciados em eletrônicos, reinvidicantes, agressivos, autoritários, constitui infelizmente o atual panorama de ambientes familiares e escolares.

O que deveria ser algo natural, prazeroso um exercício natural de pais e educadores se tornou obrigação e dever que se arrasta num deserto de diálogo, na ausência de gratificação e satisfação no relacionamento distante, frio e conflituoso entre jovens e adultos nos tempos atuais. Estatísticas comprovam essa falência relacional: 1 em cada 6 pais arrependeu-se de ter filhos, 1 em 4 pais gostaria de ter menos filhos e 6 em cada 10 adultos solteiros simplesmente não tem pretensão de ter filhos!!! É uma triste constatação verificar que nós adultos estamos frustrados pela impotência e incapacidade de sermos educadores e responsáveis pela formação educacional, ética e moral dos nossos descendentes. Vale ainda uma observação da UNESCO: Em 200 anos corre-se o risco de termos a 1ª geração de jovens pior que a dos pais, por falta de transferência de sabedoria e ausência de diálogo entre pais e filhos “a geração perdida? Com o advento da tecnologia que vem mudando hábitos, conceitos, comportamentos, principalmente a partir dos anos 90, em especial com a popularização da internet e o surgimento de um quadro chamado “tenofilia” ou vício por eletrônicos (vídeo-games, celulares, internets, TVs a cabo e outras mídias) fomos surpreendidos por filhos/alunos que rapidamente assimilaram com impressionante agilidade, o mundo multi-meios enquanto pais e professores com mais dificuldade procuravam se adaptar ao bombardeio de informações num mundo globalizado, rápido, competitivo. Essa “superioridade tecnológica “de filhos e alunos em relação aos adultos, criou uma barreira de preconceitos e falta de admiração dos jovens em relação aos adultos – seres inferiores e desajeitados tecnologicamente falando. E assim a sabedoria, principal herança que uma geração transmite a outra, simplesmente deixou de ser transmitida. Falta diálogo, estímulo, motivação por parte dos jovens e uma submissão, temor, desajeitamento por parte de pais e educadores. Isso tem sido fatal para a estruturação de uma nova geração, que não tem referencia em pais e educadores e sim no conteúdo multi-meios que em grande parte é poluído por informações caóticas, negativistas, contraditórias, uma péssima influencia no geral. Com isso tem-se descrito a “TRIADE MALIGNA” ou seja o comportamento da atual geração é caracterizada por NARCISISMO, EGOCENTRISMO E INDIFERENÇA!!! O resultado são crianças adultizadas na sexualidade nas informações disponíveis, mas sem sabedoria, base estrutural para a vida, adolescentes vulgarizado em baladas, drogas, sexualidade banal, preguiça, sem iniciativas, dependentes com baixíssimo conhecimento geral e interesse pelos temas contemporâneos, “adutescentes” que designam adultos jovens infantilizados que moram com os pais até quase 30 anos, sem interesse em se auto-sustentar e construir uma nova estrutura familiar.

CONCLUSÃO:
É urgente uma modificação no comportamento do adulto (pais e educadores) para reassumir o comando e autoridade no trato com filhos e alunos no sentido de reverter o caos comportamental e a inversão de valores que cresce a civilização atual, com graves conseqüências e uma falência da ética, moral, e as relações interpessoais que assolam o mundo. A inexistência de limites, a falta de exemplo e referências positivas, a individualidade e materialismo que são marca do mundo globalizado, onde a espiritualidade, respeito, cidadania, fraternidade são valores pouco disseminados e exercidos, podem ser citados como fatores que justificam a crise de valores, a falta de humanismo, e principalmente altruísmo nos tempos modernos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

LIVRO EDUARDO AQUINO: XARÁ O DOIDÃO

Poderiam ser onde fossem a aula, você não faria o menor esforço para ser um bom aluno e uma pessoa responsável! Cada dia perde mais a credibilidade e poucas pessoas ainda confiam em você.
- Ah velho, vai encher o saco de outro!
- Isso não é jeito de falar, Jofre! Qualquer dia eu ...
E Jofre saía sem dar atenção ao que pai estava dizendo.
O Sr. Euclides balançava a cabeça desconsolado, cada vez mais abatido. O Jofre não tinha jeito. Tudo já tinha sido tentado. Enquanto toda a família dava duro, os irmãos estudavam e trabalhavam, ele estava sempe aprontando, reincidindo nos mesmos erros, mentindo, dando as mesmas desculpas e justificativas sem fundamento.
Ultimamente os pais estavam suspeitando que ele andava bebendo demais. Estava muito estranho e violento. Só chegava em casa de madrugada, falando coisas desconexas. Na verdade, ele estava é aprontando muito mais. Juntou-se à turminha da pesada que fumava maconha. Os vizinhos já tinham alertado a polícia que uma vez quase pegou a turma inteira. Mais foram avisados a tempo e sairam correndo.
Um dia, Xará bebeu demais e bateu em duas pessoas, numa crise de violência gratuita e injustificada. Chamaram a polícia, e o pai foi obrigado á levantar ás quatro da manhã e ir conversar com o delegado. E ainda teve que ouvir um sermão danado.
De volta, falou bravo:
- Meu filho, agora você ultrapassou todos os limites. Sou um funcionário público que nunca faltou um dia ao serviço e passa aperto, procurando dar a vocês o melhor! E você me faz passar por um constrangimento desse? Ora Jofre! Veja se toma jeito! Na próxima, deixo você ir para um reformatório, Febem, talvez! Não é justo que você seja uma gota de limão que talhe um litro de leite. Somos uma família digna que não merece passar por tantos vexames.
Mas de nada adiantou. Seu comportamento só piorava. Principalmente depois que começou a andar com a turma, só de filho-de-pai-rico com carro novo, sem carteira. Uma vez, o filho de um ricaço capotou o carro quando batia um pega. O Xará estava dentro e por um triz não morreu. O pai do rapaz mandou buscá-lo, e, no dia seguinte, deu-lhe outro carro zerinho! Era dinheiro demais e juízo de menos. E Xará metido com eles.
- Jofre, onde é que você está arrumando dinheiro para sair? – perguntou o sr .Euclides, que há muito cortara todas as mordomias, inclusive a mesada.
- Dinheiro? Eu só saio com gente rica, eles pagam tudo pra gente!
O pobre funcionário público ficou espantado. Aquele menino não parecia seu filho. Afinal, todos tiveram a mesma criação, só ele é que saira a “ovelha negra” da família.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A MENTE QUE NÃO PARA DE PENSAR: A doença da “pensação”, uma epidemia do mundo tecnológico.



Coluna Eduardo Aquino Jornal Super Notícia do dia 13/12/09.


“Pensação” foi palavra que criei para descrever um fenômeno que inicia nos anos 80, quando a tecnologia foi nos tornando vítimas de nós mesmos, bombardeado por fax, celulares, games, internet, TV a cabo, enfim acelerados por excesso de informações (sempre terríveis, angustiantes, apavorantes que nos fazem seres céticos, desesperançados quanto ao futuro). Um exemplo científico: um exame muito usado nos anos 60, 70, 80 era o Eletroencefalograma (E.E.G) que capta as atividades elétricas do cérebro, em busca de diagnósticos de epilepsia, ausência, e um quadro vago que chamávamos de “disritmia”.
Pois bem, o cérebro produz 4 tipos de atividades elétricas:

1 - Ondas lentas: que chamamos THETA E DELTA – em geral aparecem mais predominante à noite, em crianças jovens, usuários de drogas, depressão, demências.

2 - Onda Médias: chamada ALFA, que era a mais predominante até os anos 80!!! É uma atividade média (em termos de Hertz, unidade que mensura a atividade elétrica) que permitia a nós usarmos nossa mente-pensamentos, sentimentos e ações – mas com certo “relaxamento”

3 - Ondas rápidas: chamadas BETA,as mais rápidas, que são uma hiper atividade do cérebro, em resposta a excesso de preocupações, sofrimentos antecipatórios, pensamentos de ruína, estresse enfim a “Sindrome da Pensação”. Ex. se motoqueiro para no sinal pode ser assalto, se filho sair para a balada e for seqüestrado ou usar drogas, se filha engravidar, e se perder emprego...
A "Sindrome da Pensação" atinge a maioria das pessoas nessa nossa era tecnológica...

Faça contato pelo blog www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e também no Twitter: www.twitter.com/eduardoaaquino.

Aos que querem ser parceiros, peço que leiam meu livro "BEM VINDO A VIDA", lançado pelo Editora Sextante, sublinhando conceitos que julgarem relevantes. Este é o livro básico que em forma de romance, apresento minha visão do mundo.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Capítulo I




LIVRO EDUARDO AQUINO: XARÁ O DOIDÃO

Todo mundo que conhecia Xará, apelido que o Jofre ganhou por chamar a todos dessa forma, sempre comentava: esse cara é muito doidão!
Xará tinha dezessete anos e sempre foi um menino problema. Ruim nos estudos, já havia tomado três bombas e trocado diversas vezes de colégio. A todo lado que ia, era sinônimo de confusão.
No início, bem que fazia sucesso. Rapaz bonito, olhos e cabelos pretos, Ora amarrados em rabo-de-cavalo, ora jogados para o lado. Físico atraente, embora estivesse ultimamente muito magro. As meninas sempre o achavam o máximo! Teve muitas paqueras, namoradas, e “ficou” com dezenas de colegas. Mas, engraçado! Ninguém agüentava ficar muito tempo com ele. Namoradas ou colegas, depois de algum convívio, estranhavam seu comportamento, sua imaturidade, e iam-se afastando.
Os pais, o Sr. Euclides e D.Maria Jose, já não conseguiam mais dar conta dele. Levaram-no para fazer terapia com um psicólogo, mas nada adiantou.
A preocupação já era fazer com que os outros filhos não sofressem a má influência do irmão transviado.
Jofre era mesmo um tremendo aprontador. Na turma, muitas vezes, era quem sugeria as brincadeiras mais absurdas e sem graça:
- Ô gente! Vamos colocar este extintor de incêndio no carro, e sair jogando em todo mundo?
- Que isso, Xará? Brincadeira mais sem graça!
- Vai ser legal, o pessoal vai levar o maior sustão!
Não percebia o quanto era vazio e imaturo. Faltava-lhe autocrítica e bom senso. Por isso, tumultuava as reuniões e não era bem aceito em ambientes saudáveis.
Não tinha o verdadeiro espelho, que é o da percepção de sua própria alma. Acomodava-se, julgando-se “o bom”, e não fazia nenhum esforço para melhorar o comportamento ou aprimorar o caráter.
Um dia, o pai lhe disse:
- Na vida, meu filho, ou se estuda ou se trabalha! E há alguns que conciliam as duas atividades, como seus próprios irmãos. Não dá mais para você continuar desse jeito: já tomou três bombas nesta série e eu e sua mãe decidimos que não vamos mais pagar colégio para você no próximo ano!
- Que isso, velho! Já te falei, o pessoal lá no colégio pega no pé demais. Esse colégio está um saco! Quem agüenta ficar quatro ou cinco horas trancado numa sala de aula? Eu sei lá, tinha que existir escolas iguais ás da Grécia: todo mundo ao ar livre, entendeu? Cada um na sua.
- Filho, eu não quero saber de suas teorias! E aulas ao ar livre foi no tempo de Sócrates e Platão, que questionavam as pessoas e dialogavam com o povo nas praças públicas e nas ruas.


sábado, 12 de dezembro de 2009

CAPÍTULO V O PAPEL DOS PAIS E DOS FILHOS NA FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO E DE SEUS COMPORTAMENTOS:




LIVRO EDUARDO AQUINO: MANUAL DO EDUCADOR TERAPÊUTICO.


Nos últimos três capítulos, vimos que cada ser humano é resultante de um conjunto de fatores intrínsecos (DNA, aspectos congênitos durante a gestação, por exemplo) e de influências externas (meio-ambiente, caráter, família, religião, condições sócio-econômicas , raciais, entre outras). Assim não podem, os pais, familiares e educadores terem a pretensão de achar que com os instrumentos disponíveis (regras, normas, punições, jogos de relação entre outros) podemos garantir que teremos filhos saudáveis, comportados, bem sucedidos. A individualidade, comportamentos herdados geneticamente, o temperamento inato conferem aos indivíduos, características próprias, que transcendem o controle de educadores e pais. Ainda assim, é fundamental que adultos envolvidos no processo educacional, criem regras, leis e normas claras, combinadas com crianças, pré-adolescentes e adolescentes, que incluam gratificações e recompensas quando estes acertam ou são merecedores de elogios e também punições, quando os filhos ou alunos transgridem limites e burlam as regras e normas pré-estabelecidas.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

XARÁ O DOIDÃO




LIVRO EDUARDO AQUINO: XARÁ, O DOIDÃO.
APRESENTAÇÃO.


Muito se fala sobre drogas. Cada dia, surgem novas campanhas de prevenção e presenciamos defesas apaixonadas e intermináveis debates. Mas, por que, afinal, o mundo assiste a uma crescente invasão das drogas?
Estamos perdidos buscando um caminho que permita entender e prevenir essa tragédia.
Entre o prazer e o vício, a liberdade e a prisão, encontra-se um espaço onde sobram informações radicais e falta bom senso.
Este livro pretende transmitir um conhecimento através da história de Xará no mundo das drogas. Vamos perceber as diversas nuances que envolvem a família, os amigos e a sociedade numa luta inglória. E, no final, um apêndice traz as informações científicas, a classificação e ação das drogas sobre o usuário.
Tudo isso para lembrar que não precisamos depender de nenhum vício para alcançar o grande objetivo da vida: ser feliz, amar e ser amado.
Quanta discussão sobre drogas hoje em dia! Maconha faz menos mal que cigarro? Bebida e droga? Afinal, o que é droga e por que as pessoas consomem cada vez mais e mais? Esta é a estória de Jofrinho, o “Xará”, que se afundou no mundo das drogas.
Vamos acompanhar sua trajetória e, assim, entender o que as pessoas pensam, como a ciência vê o consumo de drogas e suas conseqüências para o usuário, a família, os amigos, a escola.
Vamos “viajar” com o Xará. Boas ou más viagens?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

CAPÍTULO IV:O CARÁTER: AS MODIFICAÇÕES QUE O MEIO-AMBIENTE NOSA IMPÕE




Livro Dr. Eduardo Aquino
MANUAL DO EDUCADOR TERAPÊUTICO



As modificações que o meio-ambiente nos impõe vão moldando o que o chamamos de caráter, como se houvesse uma argila inicial própria, chamada de personalidade ou temperamento e o caráter fosse a moldagem que se faz sobre essa estrutura original. Em outras palavras, poderíamos dizer que enquanto o temperamento é imutável, o caráter pode ser mudado por interferências externas, que incluem meio-ambiente, formação familiar , social, econômica, racial, credo, além de conjuntos de regras morais, éticas, que formam o caráter de todos nós. É pois algo adquirido, mutável, influenciável por fatores externos.

Sendo assim durante a vida, desde cedo vamos sendo moldados, adquirindo características, estruturando um conjunto de valores e referencias que nos faz aproximar de um conjunto de semelhantes e atividades que tem caráter similar ao nosso. Mas existem durante a vida, umas séries de situações que exercem forte pressão sobre nossa formação e aquisição de valores e podem provocar uma mudança de caráter. Exemplo: Um bom médico que teve carreira digna numa cidade do interior e resolve se candidatar a prefeito e ganha as eleições. Após algum tempo passa a aceitar propinas, começa a enriquecer através de corrupção, desvios de conduta e assim do médico nobre e digno, torna-se um político sem caráter, ética, moral, ladrão. Eis um .... exemplo de mudança de caráter, por convívio com um meio-ambiente nefasto, marginal, imoral, zético, contaminado pelos desvios de caráter, o deslumbre com o poder, a vaidade, a tentação do dinheiro fácil. Eis uma ilustração de mudança de caráter. No caso de jovens vê-se muito o caso de um adolescente com história favorável, bom estudante, filho com bom comportamento que atraído por uma turma “da pesada”, se envolve com drogas e passa a ter mudanças comportamentais, uma modificação de caráter com forma de vestir mudada, piora da escolaridade, agressividade com pais, mentiras, pequenos furtos para comprar drogas. Eis mais um exemplo da mudança de caráter. Com esses exemplos, chegamos á conclusão que somos seres que já nascem com uma estrutura física, psíquica, espiritual que chamamos personalidade ou temperamento, inata genética, sobre o qual vamos adquirindo uma formação familiar, cultural, religiosa, com Regras éticas, morais, sociais, fornecidas pela família, escola, meio-ambiente em que se vive e com isso vamos moldando nosso comportamento e adquirindo nosso CARÁTER, que pode se inclinar para bons ou maus valores, para uma vida digna, construtiva, direcionada para o bem, ou pode se voltar para ações marginais, destrutivas imorais, típicas de “mau-caráter”.
VALE AQUI UMA MÁXIMA:
PAIS E MÃES NUNCA DETERMINAM A TRAJETÓRIA E ENREDO EXISTENCIAL DE SEUS FILHOS. No máximo ajudam ou atrapalham. Cada um de nós é autor de seu enredo, sujeito de suas ações, artesão de seu próprio mundo ser bem ou mal sucedido na vida é competência ou incompetência de cada um de nós.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

CAPÍTULO III O TEMPERAMENTO OU PERSONALIDADE: A Natureza de cada um de nós.

Extraido do livro Eduardo Aquino: Manual do Educador Terapêutico.

Quem tem mais de um filho, já sabe disso: cada filho, mesmo fruto do mesmo pai e mesma mãe, tem um temperamento próprio e único. Às vezes dois irmãos podem ter jeito absolutamente oposto: um tímido, outro expansivo, um organizado, outro bagunceiro e assim por diante. Esta estrutura central que determina as características individuais é genética mesmo com traços comuns familiares. O termo temperamento em si já diz tudo: uns sem sal, outros apimentados, outros mais doces. Cada um com seu próprio “tempero”.
Assim cabe aos pais, aos adultos familiares e educadores irem identificando esses traços, decifrando os mistérios, o lado bom ou ruim de cada maneira de reagir a um estímulo (estudar, obedecer a uma ordem, aceitar um castigo por exemplo) as virtudes e defeitos que cada filho, aluno, neto carrega no seu interior, na sua natureza, sua personalidade. A maior ajuda de um educador é permitir que a criança ou adolescente aprenda a identificar-se, localize e tenha consciência de sua estrutura interna seus sentimentos, sua forma de agir de relacionar consigo e com o mundo á sua volta, de comunicar-se, os hábitos, os valores, o que o atrai e interessa no dia-a-dia. Já que ninguém pode mudar o temperamento de ninguém, saber lidar com o potencial ou limitação, as virtudes e defeitos que permitem atenuar o que há de ruim e valorizar os dons e talentos. Um exemplo: uma criança desorganizada mas altamente criativa, artística, deve aprender a reconhecer que a capacidade de organizar-se minimamente a auxilia a ganhar tempo, que perde procurando seu material, e isso ajuda a aumentar seu tempo para desenhar, pintar, criar. ESTIMULAR O LADO BOM, permite atenuar a tendência ruim que é ser bagunceiro.

ALGUNS TIPOS DE TEMPERAMENTOS MAIS COMUNS:

1) Tímidos:
2) Extrovertido:
3) Obsessivo:
4) Bagunceiro
5) Artístico
6) Empreendedor
7) Submisso
8) Medroso, Inseguro
9) Corajoso, destemido
10) Acomodado
11) Mau-Humorado
12) Carismático
13) Agressivo, Irritado
14) “Zen”, despojado
15) Agitado, inquieto
16) Imaturo
17) Angustiado, entristecido entre outros.

Reparem que cada uma destas características pode aparecer em determinadas situações do nosso dia-a-dia. Mas quando se fala em TEMPERAMENTO ou PERSONALIDADE é quando tais traços são muitos predominantes, é o pano-de-fundo, a essência existencial constante e que quase identificam tais pessoas a demarcam, como se fosse o eixo central de suas ações, emoções e pensamentos. Por isso é tão importante nos RECONHECER, isso ajuda a nossa TRAJETÓRIA existencial.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

DO AMOR AO ÓDIO: A relação entre casais cada vez mais extremada.

Reprodução da Coluna Eduardo Aquino Jornal Super Notícia do dia 06/12/2009.


Não é de hoje que desde o simples namoro, até morar juntos ou oficializar um casamento, passou a ser um gesto às escuras, histórias que podem variar de enredos dramáticos, a suspenses e mesmo casos de terror, nestas “novelas mexicanas” que vem se tornando o relacionamento entre homem e mulheres (de qualquer idade). Para os mais saudosos - em geral casais mais velhos – posso assegurar que ainda existem lindas histórias de amor, daquelas que quando um dos cônjuges, já idosos morre, em geral, seu par morre logo após, pois o amor era uma fusão de almas e na eternidade andarão de mãos dadas “pelos verdejantes caminhos do paraíso”.
Mas convenhamos, numa época que somos descartáveis, todo mundo fica, dorme com todo mundo, sem compromisso, intimidade ou pudor, vemos na mídia um grande retrocesso afetivo das relações afetivas: ciúmes doentios, paixões violentas, inseguranças, paranóias, traições, aventuras inconseqüentes de uma geração extremamente narcisista, que valoriza o físico, a estética, a riqueza e quer ter o máximo de prazer, “casos para compensar suas carências, solidão virtual, inseguranças, baixa-estima e insaciáveis desejos, sem o afeto que acalenta, acalma, transforma em AMOR – algo calmo, morno, saudável construído no dia-a-dia, na cumplicidade, na amizade, admiração mútua, na humildade do reconhecer erros, na afinidade das ações e buscas de sonhos em conjunto. AMAR é algo que só o ser humano evoluído, maduro e sábio atinge. Mas paixão (“dor” em latim) á animalesco, irracional, fogoso, impulsivo, fatal, uma perda do juízo crítico da realidade, uma “doença” de posse, ciúme, insegurança, paranóia, obssessividade e só faz mal ou termina em tragédias!
Portanto amigos, cuidado com a união quando a paixão é aguda!!! “Prender alguém” com promessa de “viver feliz para sempre” é incompatível com esse sentimento. E pior, PAIXÃO acaba em dias, meses, até 7 anos e sobra indiferença, aversão, ou antigamente dava até para virar AMOR!!! Algo cada vez mais raro e como tudo que é raro, de um valor inestimável!
Faça contato pelo blog:www.eduardoandadeaquino.blogspot.com e também no Twitter: www.twitter.com/eduardoaaquino. Aos que querem ser parceiros, peço que leiam meu livro “BEM VINDO A VIDA!, lançado pela Editora Sextante, sublinhando conceitos que julgarem relevantes. Este é o livro básico que em forma de romance, apresento minha visão do mundo.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Extraído do Livro Eduardo Aquino: O que os Jovens gostariam de saber e os Adultos têm dificuldade de responder


É NORMAL ESTARMOS APAIXONADOS POR MAIS DE UMA PESSOA AO MESMO TEMPO?

Depende muito da pessoa. Há quem possa apaixonar-se por diversas coisas, não apenas pessoas, ao mesmo tempo. Numa fase imatura, de estar conhecendo o mundo, de estar querendo experimentar tudo, de ser reconhecido, é maior a necessidade, o desejo de experimentar os sentimentos e afetos. Algumas pessoas, dependendo do temperamento, podem ter mais de um objeto de paixão. Outras, só conseguem apaixonar-se por uma coisa de cada vez, não conseguindo dispersar-se.

QUANDO O CASAL BRIGA MUITO, ISSO QUER DIZER QUE SE AMA MUITO?

Como dissemos, amor é compreensão, é paz de espírito e, por isso, não tem relação com brigas. Na paixão, as pessoas apaixonadas são muito obsessivas, e estão ligadas entre si a ponto de existirem ciúmes,vigilância e inseguranças, o que as leva ao desentendimento. As pessoas que se amam, por estarem seguras de seu sentimento, são compreensivas e tranqüilas; entre elas não há muito espaço para brigas, embora seja possível haver discordâncias, contrariedades e momentos tensos, que são sempre resolvidos num convívio sadio e amadurecido.

POR QUE AS PESSOAS SE TRAEM, MESMO SE GOSTANDO?

A traição depende do grau de maturidade e de harmonia na relação entre as pessoas. Existem relações complexas e satisfatórias em que esse fato não ocorre. Mas a traição acontece, muitas vezes, pela insatisfação. Outras vezes, trair é deixar-se levar pelo impulso, pelo instinto sexual. Nesse momento as pessoas podem confundir os sentimentos afetivos com a atração física.
Não se deixem trair pelo impulso e pelo desejo, quando tiverem uma boa relação afetiva! O amor de verdade supera essa fase de querer conquistar todo mundo, de querer ser o melhor. Quem ama não tem necessidade de trair, porque um já é o que outro deseja.

POR Q UE OS MENINOS QUASE NUNCA SE DECLARAM E TÊM DIFICULDADE DE DIZER “EU TE AMO?

Muitas vezes, por trás do “eu te amo”, há muitas coisas, como interesse, desejo, paixão. O “eu te amo” está muito desgastado. Qualquer tesão já leva as pessoas a dizerem isso. O amor é maior, é mais sábio e maduro.
É engraçado, o homem tem pouca preparação e educação para o afeto. Dizem que o homem não chora, não sente, e, por isso, os meninos são mais machistas e acham vergonhoso ficar falando sobre o que sentem. Nossa cultura, de fato, nega as relações de afeto dos homens, embora isso esteja mudando.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Extraído do Livro Eduardo Aquino: O que os Jovens gostariam de saber e os Adultos têm dificuldade de responder

O que é admiração? O Amor pode acompanhar a admiração?
A admiração é um sentimento de gostar, de perceber virtudes nas pessoas, as quais passam a ser especiais para a gente. Já o amor é uma relação contínua, não apenas de observação, como é o caso da admiração. Muitas vezes, a admiração é momentânea, embora possa transformar-se em paixão e até em amor. Admirar pode ser um primeiro passo para que se possa amar. São dois estágios diferentes. Quem admira observa as virtudes. O amor é a conseqüência e a motivação. Amar e admirar, portanto, podem também coabitar uma relação.

Como distinguir amizade do amor?

Realmente, são duas coisas distintas. Mas tanto a amizade quanto o amor pressupõem respeito e compreensão. A amizade vem como forma de dividir experiências, de completar nossa necessidade social, mas não tem como finalidade a relação amorosa. O amor faz com que as pessoas procurem estar juntas com um envolvimento afetivo muito maior, buscando partilhar o espaço físico, os momentos, a vida. Muitas vezes um amigo não pode compartilhar conosco todos os momentos, como acontece no casamento.

É importante frisar que no casamento a amizade é um componente essencial, e muitas vezes uma relação de amizade é tão forte que surge uma forma de amor. Em suma, o amor é um sentimento bem mais íntimo, profundo e elaborado.


O que fazer para que a pessoa amada perceba nosso amor por ela?

Não adianta amar para dentro, ter o sentimento e não demonstrá-lo Tudo o que sentimos deve ser colocado para fora e esclarecido. É gostoso ouvir e perceber o sentimento que o outro tem em relação a nós. É fundamental, dentro de uma relação de amor verdadeiro, haver diálogo, uma troca de informações. Não tem por que sentir vergonha ou ficar inibido ao falar de amor!

O que fazer quando temos vergonha de assumir que estamos gostando de alguém?

Quanto mais enfrento, maior minha capacidade para falar de meus sentimentos. Vergonha é não nos relacionarmos, não colocarmos para fora o que sentimos de mais nobre! Ficar envergonhado é ter sentimento inibido. Às vezes, a pessoa tem uma carga afetiva e não consegue repassá-la. Não conseguir manifestar o que sentimos é uma prisão. Só existe uma forma para externar os sentimentos: começar a assumi-los, em vez de fugir deles para evitar a vergonha, o medo, a inibição. Temos de preparar-nos para nos frustrar, ao dizer que gostamos de alguém, pois essa pessoa pode não estar na mesma sintonia.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Livro Dr. Eduardo Manual Educador Terapêutico.
CAPÍTULO III
O TEMPERAMENTO OU PERSONALIDADE: A Natureza de cada um de nós.

Quem tem mais de um filho, já sabe disso: cada filho, mesmo fruto do mesmo pai e mesma mãe, tem um temperamento próprio e único. Às vezes dois irmãos podem ter jeito absolutamente oposto: um tímido, outro expansivo, um organizado, outro bagunceiro e assim por diante. Esta estrutura central que determina as características individuais é genética mesmo com traços comuns familiares. O termo temperamento em si já diz tudo: uns sem sal, outros apimentados, outros mais doces. Cada um com seu próprio “tempero”.
Assim cabe aos pais, aos adultos familiares e educadores irem identificando esses traços, decifrando os mistérios, o lado bom ou ruim de cada maneira de reagir a um estímulo (estudar, obedecer a uma ordem, aceitar um castigo por exemplo) as virtudes e defeitos que cada filho, aluno, neto carrega no seu interior, na sua natureza, sua personalidade. A maior ajuda de um educador é permitir que a criança ou adolescente aprenda a identificar-se, localize e tenha consciência de sua estrutura interna seus sentimentos, sua forma de agir de relacionar consigo e com o mundo á sua volta, de comunicar-se, os hábitos, os valores, o que o atrai e interessa no dia-a-dia. Já que ninguém pode mudar o temperamento de ninguém, saber lidar com o potencial ou limitação, as virtudes e defeitos que permitem atenuar o que há de ruim e valorizar os dons e talentos. Um exemplo: uma criança desorganizada mas altamente criativa, artística, deve aprender a reconhecer que a capacidade de organizar-se minimamente a auxilia a ganhar tempo, que perde procurando seu material, e isso ajuda a aumentar seu tempo para desenhar, pintar, criar. ESTIMULAR O LADO BOM, permite atenuar a tendência ruim que é ser bagunceiro.

ALGUNS TIPOS DE TEMPERAMENTOS MAIS COMUNS:

1) Tímidos:
2) Extrovertido:
3) Obsessivo:
4) Bagunceiro
5) Artístico
6) Empreendedor
7) Submisso
8) Medroso, Inseguro
9) Corajoso, destemido
10) Acomodado
11) Mau-Humorado
12) Carismático
13) Agressivo, Irritado
14) “Zen”, despojado
15) Agitado, inquieto
16) Imaturo
17) Angustiado, entristecido entre outros.

Reparem que cada uma destas características pode aparecer em determinadas situações do nosso dia-a-dia. Mas quando se fala em TEMPERAMENTO ou PERSONALIDADE é quando tais traços são muitos predominantes, é o pano-de-fundo, a essência existencial constante e que quase identificam tais pessoas a demarcam, como se fosse o eixo central de suas ações, emoções e pensamentos. Por isso é tão importante nos RECONHECER, isso ajuda a nossa TRAJETÓRIA existencial.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Livro Eduardo Aquino: Manual do Educador Terapêutico
Eis o desafio, a tarefa e o objetivo maior do educador terapêutico. Espaço para êxitos, frustrações, tentativas, vitórias e derrotas que nos esperam nesse trilhar da vida.

Educadores, profissionais que atuam com psicologia, filosofia, medicina, devem atuar ativando as chamadas funções cognitivas que são 37 funções nobres do nosso psiquismo, como por exemplo memória, raciocínio lógico, atenção, abstração, afeto, entre outras. Nossos filhos, alunos, pacientes tem um potencial intelectual, afetivo e volitivo – força de vontade. O papel de pais e educadores é ESTIMULAR tal potencial. Enriquecer a parte sensorial afinal o mundo nos é apresentado pelos cinco sentidos. A visão, audição, olfato, tato e paladar nos faz PERCEBER(ou dar-se conta do estímulo). Assim quanto maior a capacidade de usar a SENSO-PERCEPÇÃO (estímulo que veio de uma sensação percebida) maior a capacidade de nossos filhos e alunos em compreender o mundo ao seu redor. A SENSO-PERCEPÇÃO é a porta de entrada para criar CONCEITOS, que á medida que são absorvidos pela mente de crianças e jovens, criam a CONSCIÊNCIA e isso é o que determina o seu COMPORTAMENTO diante do mundo. Essa base, esse horizonte existencial, quanto mais rico em estímulos que nós adultos formos capazes de propiciar e legar a eles, maior a capacidade dos filhos e alunos em experimentar o mundo, ora tentando e errando, ora tentando e acertando e assim preparados por nós para esse aprendizado constante, conduz ao CONHECIMENTO, acúmulo de valores, regras, respostas aos constantes estímulos que lhes proporcionamos ao transmitir-lhes nossa sabedoria, nosso afeto, nosso exemplo, alicerce de sua ética e moral.
FIXANDO: estímulo ……..> CAPTAÇÃO pelos 5 ÓRGÃOS DO SENTIDO ……>PERCEPÇÃO (dar-se conta de algo) …….>SENSO-PERCEPÇÃO ……> CONCEITO …….> CONSCIÊNCIA ……>COMPORTAMENTO em resposta ao estímulo.
Vamos a um exemplo: Um filho adolescente que tem bom diálogo com pais, boa formação moral, bons exemplos, lastreado em conversas (transmissão de sabedoria) recebe de um primo o convite para fumar maconha. Ao acessar sua base de dados e regras morais, éticas, a COGNIÇÃO (ou conhecimento) se manifesta e ele diz um sonoro “NÃO!” fruto do seu arbítrio, do seu caráter(algo construído) e sua personalidade ou temperamento (algo inato) assim se constrói a base comportamental de todos nós, seres humanos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Livro Eduardo Aquino: Manual do Educador Terapêutico.
CAPITULO II
A FORMAÇÃO DO CARÁTER E ESTRUTURA PSÍQUICA E MORAL DO SER HUMANO:
O que é inato, o que é Adquirido.

Eis uma questão que vem atravessando séculos e séculos e sendo geradora de discussões, controvérsia polêmicas, teses e obras nos meios filosóficos, médicos, científicos e de pesquisas, pedagógicos, sociológicos, literários e assim por diante.
O certo é que toda ciência investigativa do comportamento humano, ora pecou por análises fenomenológicas muito teóricas, explicativas, rígidas e dogmáticas, ora por uma visão organicista, cientifica, cartesiana.
Hoje a evolução da genética comprovou de forma inexorável a determinação oriunda das heranças genéticas, mas para frustração daqueles que querem que a lógica explique tudo e para alegria dos que percebem que a natureza guarda mistérios, sendo também energética subjetiva e caótica, embora simples e perfeita, o Projeto Genoma, ao mapear nosso DNA, chegou à conclusão de que temos no máximo “centenas de genes“ a mais que nossos primos distantes, que são os mamíferos. Isso reacendeu a discussão, mas equilibrou (sempre a palavra equilíbrio, mostra-se mais sensata) os mais radicais de um lado e de outro ao definir: “Somos resultantes de tendências genéticas e familiares pré determinadas que sofrem importantes e significativas modificações adquiridas pelo meio ambiente onde somos criados (região, clima, aspectos sócio econômicos, culturais e crenças familiares, religiosas, culturais, educacionais, ecológicas, fatores ligados á saúde, e outros), mas guiados por opções próprias e individuais a que denominamos livre arbítrio“.
Eis uma definição didática sem pretensão de aprofundar discussões acadêmicas dos que dominam essa área. O certo é que nos dão as bagagens (heranças genéticas), tentam explicar qual o melhor caminho e forma de caminhar (influências e aquisições ambientais – escola, família, religião e meio social, por exemplo), mas ainda assim eu sou o meu próprio guia e acabo indo aonde eu quero (arbítrio próprio) e o resto é a somatória de tudo isso, que me conduz a minha forma de pensar o mundo, sentir o mundo, agir o mundo. “Caminhante não há caminho. O caminho se faz, ao caminhar-se.“
Então, onde um educador, um terapeuta, pode (e deveria) atuar?
1- O que vem na bagagem genética já é determinado ( e olha que os geneticistas estão querendo “brincar de Deus”), portanto, nessa área pouco contribuímos.
2- O arbítrio, sendo individual e livre, pertence a cada um de nós, (também aqui teremos que respeitar o outro).
Aí está: no resto a instigante e hercúlea tarefa de enriquecer ao máximo, as aquisições ambientais através dos ícones: saúde, educação, cultura meio ambiente (bio e ecossistema), profissionalização estimulando assim a ampliação da percepção de mundo, universo, sentido existencial dos nossos filhos, alunos, pacientes, mas também todo e qualquer cidadão que possamos abordar, ensinar e ajudar com nossa formação.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Livro Eduardo Aquino: Manual do Educador Terapêutico.
3- A ALMA E A ENERGIA DA FÉ:
Já penetramos em três dimensões da existência humana: o corpo – o seu mais nobre órgão -, o cérebro e a mente, que é a sede do psiquismo. Falta a quarta dimensão da vida: a alma.
Assunto polêmico, uma vez que grande parte dos cientistas tem uma visão cética e ateísta, prendendo-se sempre à lógica, à razão e à visão matemática e física de todos os fenômenos. Quem sabe se Deus na sua infinita sabedoria e bondade, não se faz traduzir em números e leis físicas para acolher os cientistas que negam a dimensão divina da existência? E devo confessar que na minha busca cientifica acabei encontrando Deus cada vez mais, no que sou bem amparado por Einstein – o maior cientista de todos os tempos – que disse certa vez: “A ciência sem fé é incompleta, a fé sem ciência é obscura“.
Por isso, tenho convicção de que essas quatro vertentes da vida são integradas, interdependentes e fundamentais para a manutenção da saúde física, mental e espiritual.
Cérebro – destacado do corpo por ser o grande computador biológico da vida –mente-corpo-alma, numa perfeita integração, nunca se separam na vida material.
A alma, partícula da luz de Deus em cada um de nós, nosso “CPF espiritual“, é de natureza transcendente, alimentada o tempo todo por uma fonte de energia divina: a fé.
Hoje, mesmo cientistas céticos reconhecem que algumas “curas inexplicáveis“ são obtidas por pacientes que tem fé. E até processos objetivos, como recuperação pós-operatória, são mais eficientes em pessoas de verdadeira fé. E não interessa a origem dela, católica, evangélica, muçulmana, judaica, budista, espírita. A energia da fé é universal, contudo, seu modo de se expressar depende da cultura ou da região de cada povo. Mas seu objetivo final é a busca de Deus. Eu que sou um católico ecumênico, sei que cada religião busca um caminho para chegar até o Divino. Cristo, para os cristãos: Maomé, para os muçulmanos; Moisés, para os judeus; Buda, para os orientais, e assim em todas as religiões. Mas vale uma observação importante para os céticos: pelo efeito placebo, ou seja, de absoluta fé na ciência, 20 a 30% dos pacientes de qualquer parte do mundo melhoram ou se curam usando medicação sem efeito. É uma experiência comprovada em trabalhos de pesquisa de novos lançamentos.
Trabalhos científicos modernos que monitoram a função cerebral demonstraram que após procedimentos ligados à fé(rituais, encontros com pastores ou padres, relaxamentos pós- meditação e outros) havia impressionante modificação elétrica e química no cérebro.
O outro aspecto, a amplitude da dimensão da fé , é que os que realmente se entregam e confiam, desarmam o vicio da pensação, que é díspar da energia mental das tribulações, nas preocupações, no temor das perdas, nas nossas posturas bobas, vaidosas, atentos somente ao nosso status, medo das criticas alheias, temerosas de tudo. Falta, para a verdadeira fé, certeza do eterno, o entendimento de cada percalço, cada sofrimento nada mais é que o caminho em direção á Deus.
Assim sendo, o grande sinônimo de um ser humano saudável é aquele que consegue uma situação de equilíbrio, harmonia nesse dinâmico universo polidimensional: corpo-cérebro-mente-alma em constante mutação, troca de informações, influências recíprocas e interdependência, que faz do ser humano, um elemento divino, um ser inigualável.
Podemos concluir que todos esses elementos e processos existem para que cada um de nós busque o estagio máximo da vida terrena: um estado de serenidade que denominamos paz de espírito!!!
No sentido inverso, doença (bio-psíquica-social-espiritual) seria a desestruturação dessa harmonia corpo, cérebro, mente e alma. – seja por lesões, traumas, problemas genéticos, desgastes psíquicos, emocionais e relacionais, infecções por agentes externos (bactérias, vírus) , fome, falta de saneamento básico e outros fatores. O certo é que toda doença física e/ou psíquica, nada mais é que a perda de equilíbrio entre as quatro dimensões.