terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Livro Eduardo Aquino: Manual do Educador Terapêutico.
3- A ALMA E A ENERGIA DA FÉ:
Já penetramos em três dimensões da existência humana: o corpo – o seu mais nobre órgão -, o cérebro e a mente, que é a sede do psiquismo. Falta a quarta dimensão da vida: a alma.
Assunto polêmico, uma vez que grande parte dos cientistas tem uma visão cética e ateísta, prendendo-se sempre à lógica, à razão e à visão matemática e física de todos os fenômenos. Quem sabe se Deus na sua infinita sabedoria e bondade, não se faz traduzir em números e leis físicas para acolher os cientistas que negam a dimensão divina da existência? E devo confessar que na minha busca cientifica acabei encontrando Deus cada vez mais, no que sou bem amparado por Einstein – o maior cientista de todos os tempos – que disse certa vez: “A ciência sem fé é incompleta, a fé sem ciência é obscura“.
Por isso, tenho convicção de que essas quatro vertentes da vida são integradas, interdependentes e fundamentais para a manutenção da saúde física, mental e espiritual.
Cérebro – destacado do corpo por ser o grande computador biológico da vida –mente-corpo-alma, numa perfeita integração, nunca se separam na vida material.
A alma, partícula da luz de Deus em cada um de nós, nosso “CPF espiritual“, é de natureza transcendente, alimentada o tempo todo por uma fonte de energia divina: a fé.
Hoje, mesmo cientistas céticos reconhecem que algumas “curas inexplicáveis“ são obtidas por pacientes que tem fé. E até processos objetivos, como recuperação pós-operatória, são mais eficientes em pessoas de verdadeira fé. E não interessa a origem dela, católica, evangélica, muçulmana, judaica, budista, espírita. A energia da fé é universal, contudo, seu modo de se expressar depende da cultura ou da região de cada povo. Mas seu objetivo final é a busca de Deus. Eu que sou um católico ecumênico, sei que cada religião busca um caminho para chegar até o Divino. Cristo, para os cristãos: Maomé, para os muçulmanos; Moisés, para os judeus; Buda, para os orientais, e assim em todas as religiões. Mas vale uma observação importante para os céticos: pelo efeito placebo, ou seja, de absoluta fé na ciência, 20 a 30% dos pacientes de qualquer parte do mundo melhoram ou se curam usando medicação sem efeito. É uma experiência comprovada em trabalhos de pesquisa de novos lançamentos.
Trabalhos científicos modernos que monitoram a função cerebral demonstraram que após procedimentos ligados à fé(rituais, encontros com pastores ou padres, relaxamentos pós- meditação e outros) havia impressionante modificação elétrica e química no cérebro.
O outro aspecto, a amplitude da dimensão da fé , é que os que realmente se entregam e confiam, desarmam o vicio da pensação, que é díspar da energia mental das tribulações, nas preocupações, no temor das perdas, nas nossas posturas bobas, vaidosas, atentos somente ao nosso status, medo das criticas alheias, temerosas de tudo. Falta, para a verdadeira fé, certeza do eterno, o entendimento de cada percalço, cada sofrimento nada mais é que o caminho em direção á Deus.
Assim sendo, o grande sinônimo de um ser humano saudável é aquele que consegue uma situação de equilíbrio, harmonia nesse dinâmico universo polidimensional: corpo-cérebro-mente-alma em constante mutação, troca de informações, influências recíprocas e interdependência, que faz do ser humano, um elemento divino, um ser inigualável.
Podemos concluir que todos esses elementos e processos existem para que cada um de nós busque o estagio máximo da vida terrena: um estado de serenidade que denominamos paz de espírito!!!
No sentido inverso, doença (bio-psíquica-social-espiritual) seria a desestruturação dessa harmonia corpo, cérebro, mente e alma. – seja por lesões, traumas, problemas genéticos, desgastes psíquicos, emocionais e relacionais, infecções por agentes externos (bactérias, vírus) , fome, falta de saneamento básico e outros fatores. O certo é que toda doença física e/ou psíquica, nada mais é que a perda de equilíbrio entre as quatro dimensões.

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