sábado, 19 de dezembro de 2009

CAPÍTULO VI : ALGUNS PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA PROPOR REGRAS E ESTABELECER LIMITES


Livro Eduardo Aquino: Manual do Educador Terapêutico.

O processo de educar, pressupõe investir energia, tempo, disposição por parte do educador seja ele pai ou professor ou responsáveis adultos. Tudo começa quando se estabelece por parte do educador um conjunto de regras, normas, leis, responsabilidades e deveres. É a fase DA COMBINAÇÃO. Combinar significa determinar em conjunto tais atribuições, e simultaneamente estabelecer formas de gratificação, recompensa que o cumprimento das metas significará. É o famoso “REFORÇO POSITIVO” que vai desde o elogio público e privado até premiações pelos bons resultados obtidos. Muitas vezes pais e educadores esquecem de elogiar e só sabem “detonar” ou xingar e apontar erros, falhas. Já o descumprimento das regras, normas e objetivos, aí sim, gera a imposição do castigo ou punição para que os jovens tenham um parâmetro claro de suas possibilidades e limites. É BOM FRISAR QUE PUNIR NÃO SIGNIFICA FORMAS DE VIOLÊNCIA FÍSICA OU PROVOCAR DOR E SIM RETIRAR DO PUNIDO, FORMAS DE PRAZER, PRIVAR SATISFAÇÃO E FONTES DE ALEGRIA (ex. impedindo por 7 dias uso de Internet ou impedindo saídas ou festas por 30 dias entre outros).

Nunca se deve voltar atrás após imposto uma punição. Pai e Mãe devem respeitar formas próprias de punir e castigar mesmo que discordem, e tal discordância deve ser discutida longe da criança. Jogos de pena, dó, culpa, chantagens emocionais não devem contaminar a punição.

Não se deve punir com ações que não são praticáveis (ex.: se não for bem na escola não viaja de férias”! Sabendo que não deixará para traz uma criança de 9 anos por exemplo).
NÃO GRITAR! Tom alto, além de ineficiente cria uma “adaptação” que faz com que os decibéis a mais não sejam eficientes e cria um ambiente péssimo e estressante. Linguagem não verbal ou seja, atitudes têm muito mais eficiência, ex. conduzir uma criança até o local do castigo, explicando o porque dessa punição.
Agir e não ameaçar. Afinal, ameaças não cumpridas significam perda de credibilidade e respeito por parte das crianças e adolescentes. Onde falta crédito, falta confiança, respeito e cumprimento de regras.
Após punição, explicar aos filhos/alunos como é ruim ter que agir assim, mas toda vez que houver transgressão ás regras tal fato se repetirá. Pedir um beijo ou abraço ao final do castigo, mostra que tal gesto é um ato de amor e necessidade e não uma forma de desgostar.
NUNCA ESQUECER: FILHOS/ALUNOS sempre testam limites, querem e reinvidicam ter prazer o tempo todo, manipulam e em excesso. É o papel deles. Aos educadores cabe a firmeza, a coerência o papel de frustrá-los. Estabelecer limites, ser justos e não abandonar os princípios e normas combinadas previamente e que tem que ser respeitadas sob risco de perder o comando da situação.

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