terça-feira, 31 de agosto de 2010

1. VENCER PRECONCEITOS



Instruções importantes sobre o uso de antidepressivos

Ao iniciar um tratamento médico, com uso de medicamento para tratar de depressão e ansiedade, é fundamental que o paciente tenha confiança em seu médico, profissional que funciona como um ponto de apoio e de referência para esclarecimento de dúvidas ou discussão das várias etapas do tratamento.
Os antidepressivos são medicamentos cada vez mais usados e se mostram muito eficientes nos casos de síndromes depressivas e ansiosas.
São muitos os preconceitos e erros de informação quanto ao uso desta medicação: “faz mal, causa dependência, modifica as pessoas, não é necessário”.
A indicação de um antidepressivo se baseia em critérios científicos internacionais que partem da constatação de acometimento em nível biológico nos quadros de depressão e ansiedade. Portanto, siga as instruções de seu médico.

domingo, 29 de agosto de 2010

O prazer de envelhecer e morrer


A cada dia, manchas senis vão decorando o dorso de minha mão, como estrelas que vão surgindo no início da noite. O sorriso sendo emolduradas por bem desenhadas rugas, alegres e expressivas. Um vinco insiste em descer a cada lado do nariz em direção aos lábios. A pele vai lentamente se descolando dos músculos como se divorciasse de sua elasticidade. O sono piora e mais pareço um vaqueiro que às 4h da manhã já não cabe na cama.

E dia a dia, mês a mês, vou devolvendo a natureza, aquilo que não é meu: células, proteínas, carbonos, nitrogênios, enfim a matéria! Lenta e continuamente me despeço da juventude, do vigor, das ilusões e sonhos impossíveis. Não há mais lugar para arroubos, impulsividades, revoltas juvenis. Pouco a pouco sou dominado pela moderação, pela compreensão profunda do que vai na minha mente, coração e alma. Observo o mundo que me cerca, munido de curiosidade, sabedoria. Pouca coisa me surpreende, quase nada me incomoda, uma serenidade me acalma mesmo diante dos absurdos que abalam o mundo.

Procuro entender a tecnologia como instrumento e facilitação do cotidiano, mas sem dependência, deslumbramento ou dependência. Continuo anotando em papéis e arquivando, algo que não pega "vírus" nem é alvo de "hackers". Continuo sonhando, construindo sonhos e já consigo morar dentro de alguns deles. Ainda batalho, luto, mas me permito o descanso.

A energia da fé e a energia mental continuam firmemente aumentando, na mesma proporção que minha vitalidade e físico vão decrescendo em direção ao fim. Continuarei todos os dias buscando evoluir ate o "dia" que deixar a vida: um acidente fatal, um infarto fulminante, um câncer devastador - nada me aterroriza. Espero a morte, assim como um passageiro aguarda um trem ou um avião. Um dia chegamos, num outro partimos.

"Morrer é tão natural quanto nascer"...
"Nu viestes a esta vida, tão nu quanto viestes sairás dela, e pelo teu trabalho nada que fizestes louvarás em tuas mãos. Isto é vaidade e vento que sopra"... Como nos ensina Eclesiastes. A vida é meramente um estágio, onde presos em quatro dimensões, a consciência mora num corpo material fadado a ser extinto, após inúteis vaidades, raivas, ódios, ciúmes, ressentimentos, invejas, apegos, medos, angústias e em menor proporção, a alegria, o amor, o carinho, fé, confiança, lealdade e humildade.

Morrerei, espero, serenamente! Afinal, nada nem ninguém me prende à vida material.
Amo, sou amado, sei que poucos têm antipatia, raiva, ódios de mim, mas a recíproca não é verdadeira: o perdão mora em meu coração!

Peço perdão aos que possa ter ofendido. Não sou candidato a nada, nunca fui, nunca serei. Apenas busco com minhas palestras, livros, no exercício da medicina, ser um instrumento de inteligência divina e superiores. Busco CRER e SABER! Alio minha FÉ, ao estudo científico.
Creio que há eternidade e reencontro de almas (ou "consciências não-materiais", se quiserem), daqueles que se amaram na vida terrena. E sei que há "inferno" para os que se viciaram, corromperam, traficaram, assassinaram, se apegaram a uma ilusão absoluta que é a vida terrestre e material.

No mais, cada um busque um sentido de viver, envelhecer, morrer, ser eterno!!!

Coluna Eduardo Andrade Aquino para o Jornal Super Notícias (Belo Horizonte-MG) publicada no dia 29/08/2010.

sábado, 28 de agosto de 2010

5. Antidepressivos

Continuação do capítulo XIV
“Medicação” – Mitos e Realidade (Psicofármacos).


Por ser o grupo mais importante, vamos nos aprofundar neste item.
Pede-se ler com atenção o que vai aqui sobre depressão evitar as bulas, que podem amedrontar e são de difícil compreensão.
Instruções importantes sobre o uso de antidepressivos

A depressão, síndrome ansiosa, não é uma “fossa” ou um “baixo astral” passageiro. Mais importante: não é um sinal de fraqueza de caráter ou uma condição que possa ser superada simplesmente pela força de vontade ou com “pensamento positivo”. Sem tratamento, os sintomas depressivos podem durar semanas, meses e anos, a exemplo do que ocorre nos quadros de ansiedade. O tratamento adequado faz com que estas síndromes tenham um prognóstico altamente favorável, mas é fundamental que seja conduzido por um médico e que conte com a participação do paciente.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

4. Sal Estabilizador de Humor – carbonato de lítio

Continuação Capítulo XIV

“Medicação” – Mitos e realidade (psicofármacos)


Inicialmente lançado como diurético, percebeu-se que o sal de lítio é um importante estabilizador e preventivo das fases maníacas e depressivas nos pacientes com desordem afetivo bipolar ou esquizo-afetivos.
Deve-se medir o teor de lítio em exames de sangue para saber se está em nível terapêutico.
O controle das funções tireoidianas é importante, pois o uso pode acarretar hipotireodismo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

3. ANTICONVULSIVANTES (antiepiléticos)



Neste grupo encontram-se as medicações usadas para combater as crises convulsivas (parciais, grande mal, ausência e outras), corrigindo a transmissão elétrica do cérebro. Existe um grupo antigo ou clássico: Hidantal, Gardenal, além de outros, os híbridos (de origem benzodiazepínicas), Rivotril e os de última geração: Tegretol, Deparkine.
Uma grande novidade é que os remédios deste grupo não tem contribuído apenas para melhorar as crises epiléticas e as “disritmias” – nome impróprio, mas muito conhecido entre os leigos. Eles têm sido usados no combate de outros problemas. Exemplos: Rivotril (clonazepan) cada vez mais usado para combater a síndrome do pânico e as fobias; Tegretol, Depakene: empregados como moduladores (equilibradores) de humor nos pacientes com desordem afetiva bipolar (humor instável e flutuante) bem como nos pacientes esquizo-afetivos.

Continuação Capítulo XIV
“Medicação” – Mitos e realidade (psicofármacos)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

1.ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS (calmantes e indutores do sono) e NEUROLÉPTICOS

1. ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS (calmantes e indutores do sono)
Trata-se do grupo mais difundido. A substância básica é chamada de benzodiazepina, que deu origem ao Diazepan, Valium, Diempax e seus derivados. Por seu forte efeito sobre a ansiedade, desde os anos 60,70 tornaram-se muito populares. Mas geram fortes dependências e, embora combatam a ansiedade, quimicamente são depressores do S.N.C.. Devem ser usados com cautela, moderação e retirados com supervisão médica. Os mais conhecidos são: Lexotan, Olcadil, Lorax, Kiatrium, Dalmadorm, Rhypnol, Nitrenpax, Sonebon;


2. NEUROLÉPTICOS (tranqüilizantes maiores, antipsicóticos)
Trata-se de medicação usada principalmente nos pacientes portadores de esquizofrenia e desordem afetiva bipolar, nas fases de mania, e drogados em surto. Atuam sobre a dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensopercepção.
São fortemente sedantes e usados em agitação psicomotora severa. Mas podem dar um forte quadro de impregnação, que parece com o quadro de Parkinson (lentidão motora, movimentos involuntários, tremor, excesso de saliva, marchar no mesmo lugar, inquietude, aparência de robô, falta de emoções). Os mais conhecidos são: Haldol, Amplictil, Orap, Neozine.

Ultimamente o prognóstico de esquizofrenia, que era muito reservado, tem melhorado bastante pelo lançamento da segunda geração de antipsicóticos, sem tantos efeitos colaterais (Ziprexa, Risperdal, etc..).

Continuação Capítulo XIV
“Medicação” – Mitos e realidade (psicofármacos)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Capítulo XIV:“Medicação” Mitos e realidade (psicofármacos)


Sempre foi delicado abordar o uso da medicação em psiquiatria. Isso se explica pelo pesado histórico dos procedimentos psiquiátricos em hospitais. Já houve de tudo. Eletrochoque, insulinoterapia e até lobotomia cerebral (extirpar uma parte do cérebro). Usava-se antipsicóticos imoderadamente, o que deixava os pacientes sedados e impregnados, semelhantes a robôs. Surgiu, então, o estigma das “colônias de loucos”, como ficou conhecido o Juqueri em São Paulo e as instituições de Barbacena, Minas Gerais.
Graças a Deus, houve grande evolução nos últimos quarenta anos, notadamente a partir dos anos 80, com medicações e métodos terapêuticos cada vez mais seguros e científicos.
Entretanto, a polêmica ainda persiste, principalmente por ser uma área onde atuam diversos profissionais, das mais variadas formações. Há psicólogos, terapeutas ocupacionais, terapeutas alternativos e muitos religiosos. Sendo assim, é importante frisar que toda medicação, seja ela homeopática, alopática, fitoterápica, provém dos mesmos elementos da natureza (carbono, lítio, nitrogênio, e outros).
Cabe aquele que prescreve ser “um bom alquimista”. Digo ainda que tudo no universo depende de bom senso e equilíbrio.
Assim tenhamos uma visão menos radical e preconceituosa. A medicação que atua sobre o cérebro ou sistema nervoso central (SHC) são basicamente de cinco grupos...


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Capítulo XIII:Os “Ajudadores” ou Relação Cura/Curadores

Nem sempre existe uma afinidade entre aqueles que buscam ajuda e os que se propõem ajudar. Na minha experiência de médico, vejo que não existe método, linha de atuação, regras ou exames objetivos que sejam 100% eficazes ou infalíveis. Ao contrário, nenhuma postura médica/psicoterapêutica/religiosa pode garantir eficácia para todos os que buscam esses “ajudadores”. Cada pessoa responde de forma única e individual aos métodos científicos e às técnicas de ajuda.
Na relação com o médico, terapeuta ou curador, o ser humano em sofrimento depende de inúmeras e surpreendentes variáveis na busca pela cura. São condições básicas para o êxito a empatia, a confiança e a fé. Mas há outros ângulos que devem ser observados. Deve haver uma boa comunicação entre as partes, além de coerência, disciplina e vontade de melhorar. Muita responsabilidade, humildade e perseverança para atravessar as fases difíceis, principalmente a fase de adaptação aos remédios ou períodos normais de recaídas durante o tratamento.
Nenhum curador é milagroso ou infalível. Nunca se pode esperar que pessoas tão diferentes em temperamento, cultura, família ou raça obtenham resultados semelhantes. Assim, opiniões do tipo “se eu fosse você, faria assim ou assado” não são oportunas e podem comprometer o processo de cura.
Cada pessoa responde a um tratamento ou a um profissional de forma única. Cada um dos pacientes é único e, como tal, tem seu ritmo próprio, sua forma individual de reagir à medicação, à abordagem psicoterapêutica, à aliança e relação médico/paciente.
Aprendi também que existem pessoas com grande capacidade de cura e não são profissionais de saúde: curam com palavras, presença, oração, carisma.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Capítulo XII :Como sair do sofrimento físico/psíquico/espiritual



Voltamos a lembrar neste capítulo, que a dor na alma (depressão), síndromes da “pensação” doentia (estresse, fobias, pânico, desordens obsessivas-compulsivas), dependência de drogas e outras alterações comportamentais constituem oportunidade única para uma revisão existencial. Eis o motivo de estar sempre alertando meus clientes de que a doença, bem como a medicação, pode ser a pior ou a melhor coisa do mundo. Depende do ângulo de observação ou do grau de maturidade de cada indivíduo.
É preciso compreender que sintomas, lesões e disfunções são, na verdade, um alerta da mente, do corpo e da alma de que não estamos bem-adaptados, satisfeitos, plenos e equilibrados em nossas relações, familiar, profissional, social ou espiritual.
Por isso, gosto de dizer a mim mesmo e aos que me procuram: “Bem-Vindos! Procurem fazer do sofrimento a matéria-prima para um Novo tempo. Amadureçam. Procurem evoluir. Busquem os sonhos, a qualidade de vida. Busquem o tempo de ter prazer e a alegria, que são os maiores combustíveis da existência humana. Não queiram mudar o mundo, as pessoas. Parem de reclamar de tudo e de todos e busquem mudar a única coisa passível de mudança real: nós mesmos e nossa maneira de pensar, sentir e agir. Vamos ter a melhor fase da vida depois de tanta tristeza, estresse e erros na percepção do mundo”.
Mas vale o aviso: depressão, fobias, pânicos e quaisquer outros transtornos da mente, em geral, não constituem “frescura” , “piti” ou fraqueza de caráter. Busque ajuda com profissionais competentes, que “entrem no seu barco” e o ajudam a sair dessa tempestade, desse furacão de queixas, problemas e dificuldades. Chegar à terra firme, encontrar soluções exige maturidade e uma nova visão de si e dos demais.
Quando isso acontecer, você será brindado com uma sensação permanente de bem-estar, equilíbrio e alegria de viver. Tudo valeu a pena, ainda que vida seja uma sucessão ininterrupta de desafios numa busca constante de aprendizado, adaptação e aperfeiçoamento.
Diante da polêmica em torno do sofrimento físico e/ou psíquico vale considerar alguns pontos:
• Erram os médicos que são radicalmente organicistas – buscando apenas no plano biológico a razão de todos os males espirituais. Falta-lhes a visão psicológica, afetiva e espiritual.
• Erram aqueles psicólogos, psiquiatras, terapeutas que tentam explicar tudo baseados em aspectos puramente psicológicos, ambientais, familiares, relacionais ou sociais. Falta-lhes a visão neurocientífica, que é essencial para se entender tais sofrimentos.
Quando é identificado um fator objetivo, um quadro depressivo ou ansioso ligado a uma disfunção biológica, é fundamental interferir cientificamente, pois nem sempre basta o incentivo de familiares e amigos ou a força de vontade de quem sofre desses males. Ou seja, se a depressão ou ansiedade está ligada a alguma alteração nos neurotransmissores cerebrais, na serotonina, dopamina, noradrenalina ou, é preciso, sim, lançar mão de exames, medicação ou ecologia humana.
Nesse caso existe um “erro de funcionamento” que deve ser diagnosticado e tratado. Porém, sendo um problema mais subjetivo, como luto, perda financeira ou separação, muitas vezes o apoio psicoterapêutico é suficiente.
Não existe nem boa nem má experiência. Toda e qualquer experiência existe para ser aprendida e servirá como base de amadurecimento e evolução. E, como diria Gandhi:
“Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos, a consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora, lembraria os erros que adoram cometidos para que não se repetissem, a capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você o respeito aqui que é indispensável: além do pão, do trabalho, além do trabalho, a ação e, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída”.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

8º Grupo – Retardo Mental - 9º e 10º Grupo

Capítulo XI
Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.


Que vai desde leve a profundo (F70-F79)

9º Grupo – Transtornos do desenvolvimento psicológico
Vai desde o transtorno da fala, linguagem e habilidade escolar, até ao autismo típico e atípico. (F80-F89)

10º Grupo – Transtornos emocionais e de comportamento com início na infância e adolescência (F-90-F-99)

Principais exemplos:

10.1 Hiperatividade: Crianças inteligentes mas que não conseguem concentrar-se ou prestar atenção, pois são superagitadas, dispersivas, incapazes de parar ou ficar sossegadas. Estão em constante movimento e não podem manter a atenção num só objeto ou assunto para desespero da família e da escola.

10.2 –Conduta: Postura de oposição e desafio. Não se socializam, estão sempre “aprontando”.
10.3 – Emocionais: Fobias (medos doentios) e ansiedade patológica. Exemplo: não suportam separar-se da mãe; rivalidade entre irmãs, ciúmes, invejas ...

10.4 – Social. Mutismo eletivo (calados para certas pessoas ou situações) falta ou excesso de inibição, além de outros.

10.5 – Tiques: motor (gestos repetitivos) ou vocais (repetições de expressão ou palavras).

10.6 – Emocionais-comportamentais (fisiológicos):
. Enurese (não controlar urina à noite ou de dia).
. Ecoprese (não controlar as fezes)
. Alimentação (pica – perversão do apetite ou do paladar); comer coisas estranhas - terra, fezes, secreções.
. Agressividade: sem sentido.
. Gagueira (fala desordenada).

O amor: esse raro e desejado sentimento, em vias de extinção



Não me arrisco a defini-lo. Afinal, desde que aprendemos que a fala é a única forma de tentar traduzir nossas emoções, desejos, raciocínio, grandes poetas, romancistas, filósofos, tentam nos explicar o que é o amor! E se eu perguntar a cada um dos que se dispõem a gastar alguns de seus preciosos minutos lendo esta coluna, tenho convicção, ninguém conseguirá usar as mesmas palavras ou conceitos para compreender o mais nobre, divino e desejado sentimento que cabe em tão poucas letras: A-M-O-R!
Então, quando assistia a um filme belíssimo, clássico, que denuncia o fim do cavalheirismo, romantismo e sensibilidade masculina e faz uma homenagem aos raríssimos homens, que são realmente capazes de encantar as mulheres sempre carentes e céticas, que alegam que tal "espécime" não existe mais; me deparei com uma das mais belas descrição de tal sentimento: "Qual a única resposta para as quatro perguntas que todo ser humano deve se fazer em algum momento de sua existência: 1) Do que é feito o espírito? 2) O que dá sentido à vida? 3) Pelo que vale a pena a viver? 4) Pelo que vale a pena a morrer? Eis a única resposta: O Amor!!!"
Carentes, infelizes, insatisfeitos, carregados de queixas, angústias, robotizados pelo trabalho insano, casamentos conflitivos, famílias divididas. Embriagados, anestesiados pelas drogas e mesmo que não sejamos conscientes das nossas procuras, nossos desejos somos um bando de humanos vagando sem rumo, mas sempre esperançosos e sonhadores de que numa dessas "esquinas da vida", pudéssemos ser acolhidos, surpreendidos pelo ombro amigo, o abraço eterno, o colo confortável, o "cafuné da alma" que só o amor pode nos brindar!
Ser amado e amar, incondicionalmente, generosamente, desinteressadamente. Sem pré-condições, sem exigências, sem contrapartidas. Apenas experimentar o êxtase indescritível, a serenidade absoluta, a paz de espírito que tudo pode, tudo crê, tudo acalma. Um estado de espírito que transcende qualquer efeito que nos assalta no cotidiano, contaminando nossas emoções. E dá-lhes raiva, ódio, ressentimento, inveja, ciúme, agressividade... Tão mais comuns, tão mais animalescos, tão mais disponíveis nos lares, no trabalho, nas ruas. Enquanto isso, um pulsar rítmico, um carinho gratuito, uma energia divina cisma em resistir ao "mundo cão" e com a sutileza de um olhar, a magia de mãos que se tocam, um meigo sorriso que emoldura o brilho de um olhar expressivo e então somos envolvidos pelo amor!
Abra seu coração, liberte sua alma, relaxe sua mente: o amor é contagioso, até epidêmico, para os que são puros, altruístas, generosos, compreensivos. Basta se libertar dos estereótipos, das máscaras sociais, da vaidade mundana, do apego à estética, ao poder, à matéria.
Mas concordo quando todos queixam de que não encontram o amor em nada e em ninguém! Ele se esconde exatamente onde nunca nos dispomos a procurá-lo: dentro de nós mesmos!!! E, se libertado, expande em todas as direções! Acredite...
Faça contato pelo blog www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e também no Twitter: www.twitter.com/eduardoaaquino ou jornalsupernotícias.com.br (Coluna Eduardo Aquino).

Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia – Belo Horizonte – MG publicada no dia 15/08/2010.

sábado, 14 de agosto de 2010

7º GRUPO – TRANSTORNO DE PERSONALIDADE E DE COMPORTAMENTO EM ADULTOS (F-60-F69)

Neste item, vale frisar que personalidade – temperamento ou natureza – são características inatas. já nascem com as pessoas. Por isso, psicoterapias ou medicamentos não surtem o efeito desejado e os resultados de uma abordagem médica, farmacológica, ou psicoterapêutica têm suas limitações.
Exemplos mais comuns:

7.1Paranóia (sentir-se perseguido).
7.2 Sociopatia: postura marginal. Não seguem normas nem leis, “aprontam a vida inteira” na escola, na família, na sociedade; ineducáveis, frios, não sentem culpa e lesam qualquer pessoa, até os próprios familiares.
7.3 Impulsivo (até a agressividade).
7.4 Dependente.
7.5 Evitadores: fogem de qualquer contato com outros
7.6 Jogadores compulsivos (jogos de azar), cleptomaníacos (roubo), piromaníacos (incendiadores)...
7.7 Transtornos sexuais (fetichismo, exibicionismo, sadoma-soquismo, pedofilia ...).
7.8 Opção sexual: (homossexualismo, bissexualidade, etc.).
7.9 Simulação de doenças, entre outros expedientes em proveito próprio, como afastamento do trabalho.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

6.2 – Disfunção de sono: insônia, hipersônica

(exagero), temor noturno, pesadelos, alteração das fases do sono.

6.3 – Disfunção da sexualidade: vai desde a falta de apetite sexual (ausência de libido) à aversão/antipatia, à falta de orgasmo, à ejaculação precoce, até ao excesso de apetite (impulsividade), vaginismo (dor genital no ato sexual).

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

6º Grupo – Síndromes comportamentais associadas a perturbações fisiológicas e fatores físicos (F060-F69)

Livro Eduardo Aquino: Labirintos do Corpo e da Alma

Destacam-se aqui os itens:

6.1 - Transtornos alimentares: Cada vez mais comuns, principalmente entre crianças e jovens.
6.1.1 - Anorexia nervosa: grave quadro de aversão a alimentos (comuns após regimes severos), ausência de apetite e de prazer ao alimentar-se e grande perda de peso e delírio estético-corporal (acham sempre que ainda necessitam emagrecer). É uma síndrome séria, que pode levar à morte por inanição.

6.1.2 - Bulimia nervosa: alimentam-se com sentimento de culpa e forçam o vômito para eliminar calorias ingeridas;

6.1.3 – Hiperfagia (obesidade ansiosa): alimentação exagerada, desproporcional, compulsiva, associada a um alto grau de ansiedade;

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

5.5.2 Hiperatividade/Vigília e perscrutação

5.5.2 Hiperatividade
• Fôlego curto ou sensação de asfixia;
• Palpitação ou aceleração do ritmo cardíaco;
• Sudorese ou mãos frias e úmidas;
• Boca Seca;
• Vertigem ou sensação de cabeça leve;
• Náusea, diarréia ou desconforto abdominal
• Ondas de calor ou calafrios;
• Micção freqüente
• Dificuldade de deglutir ou “nó na garganta”.

5.5.3 Vigília e perscrutação
• Sentir-se incitado ou impaciente;
• Resposta de sobressalto exagerado;
• Dificuldade de concentração ou mente em branco por causa da ansiedade;
• Irritabilidade;
• Dificuldade em adormecer ou permanecer dormindo.

Livro Eduardo Aquino: Labirintos do Corpo e da Alma
Continuação Capítulo XI – Resumo das principais alterações psíquicas (metais) e comportamentais. 5º Grupo – Transtorno Neurótico
(ou ansiedade ligados aos estresse e somatoforme – com repercussão na parte física).

domingo, 8 de agosto de 2010

Pais e professores: vamos dar um basta à ditadura de filhos e adultos!



Todos os limites foram ultrapassados, já não há bom senso nem estatutos de criança e dos adolescentes que funcionem. E, seja justo, ninguém aguenta mais conviver com o egoísmo, o narcisismo, a indiferença de crianças e adolescentes (e sendo ainda mais coerente, também os adultos jovens - "adultescentes").
Estamos vivendo uma época de contrastes e diferenças extremamente conflitivos - valores, éticas, moral de uma geração bate de frente com a geração mais nova. Cada vez a afetividade, a admiração mútua, a comunicação, o viver no mesmo ambiente, a transmissão de valores, sabedoria, a experiência fundamental que os mais velhos transferiam para os mais novos, fenômeno que sempre ocorreu até as duas últimas décadas, simplesmente desapareceram.
De repente, uma geração (chamada de "Y") de nascidos nas décadas de 80 e 90 foi criada por "babás eletrônicas", ninada por telas, amamentada por celulares, recreando com games violentos e pueris e viciados em tecnologia, exibindo seu narcisismo em redes sociais, infantilizados na "fofocoterapia" inútil e nos orkuts, facebooks, usando de forma covarde, virtual e à distância os multimeios para "detonar" a intimidade, a privacidade de seus desafetos.
E os "youtubes" da vida, ora ridicularizando, ora infantilizando, ora criando "ídolos" que, como foram "criados" do nada e ficaram famosos à velocidade da luz, da mesma forma desapareceram tal como cometas da fama irreal. Sim "BBB", a busca de fama, de destaque, de divulgação, mas sem conteúdo e competência, são fadados a ter "voo de galinha". E atualmente a nudez de adolescentes se exibindo 24 horas por dia em "strip-tease" e até "filmes pornôs" ao vivo, basta clicar?!?
Resultado disso: banalização do sexo, das drogas, da violência, da absoluta falta de educação, de valores e ideais.
E nós adultos?! Sem saber por onde começar, desajeitados para entender essas tecnologias que a cada dia são mais disponíveis, com novidades que não acompanham: Ipod, Iphone, Ipad e haja "I" alguma coisa. Mas compramos o que eles querem, fechados no quarto, escravos de telas, preguiçosos, chatos, irritados, exigentes. Outros desaparecem e se amontoam em lan houses, longe da "encheção de saco" dos adultos.
Chega!!! Basta!!! Não admitam gritos de filhos, palavrões de alunos, ameaças e chantagens! Vamos assumir o comando, como sempre aconteceu na natureza: adultos têm obrigação de impor limites; de dizer "não!!!"; impor punições (e não me refiro a espancar ou humilhar), que é tirar os "prazeres" dos filhos (ficar sete dias sem games, não pagar e tirar celulares, proibir "baladas" e assim por diante).
É inadmissível sermos tão passivos, "preocupados" excessivamente com eles, escravos de suas chantagens, jogos de pena, dó, opressão, culpas do tipo "não pedi para nascer" ou "é sua obrigação me sustentar". Não, não e não! Cada ser humano faz sua própria história, é autor de seu enredo, é artesão do seu mundo. Pais e educadores não são culpados nem responsáveis pelo sucesso ou fracasso de alunos ou filhos!!! São apenas companheiros de viagem.
Chega de fraqueza, omissão, medo de filhos e alunos "terroristas, sabotadores, sádicos, torturadores, insolentes, ditadores". Quem dita as regras, as normas, as leis somos nós!!! Se quiserem o mundo de preguiça, exigência e sem limites que estudem, trabalhem ganhem a própria "grana" e tenham seu próprio espaço para morar, aprontar e ver como é duro viver de forma digna e honesta!
E agora a "lei que proíbe palmadas pedagógicas". É o fim do bom senso, das leis naturais como o Estado, a Justiça, os políticos querem interferir até em nossas casas e na nossa privacidade?!? Que eles tratem é de melhorar a saúde, a educação, a moradia e a segurança, pois, para isso pagamos pesados impostos! Chega, mãos à obra.
Vamos criar um movimento "Pais e professores Unidos para um mundo de paz, serenidade, prazer, sabedoria".
Faça contato pelo www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e no www.twitter.com/eduardoaaquino.
Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia publicada no dia 08/08/2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

5.5. Distúrbio de ansiedade generalizada/Tensão Motora

Ansiedade e preocupação improcedentes ou excessivas (espera apreensiva) acerca de duas ou mais circunstâncias de vida. Por exemplo: preocupação sobre possível infortúnio do filho (que não está em perigo), e preocupação injustificada sobre finanças, por um período aproximado de seis meses, durante os quais a pessoa se aborreceu a maior parte dos dias desnecessariamente por causa destes assuntos.
Ao menos seis dos seguintes sintomas estão presentes no ansioso:

5.5.1 Tensão motora
• Tremor, abalos ou sensação de balanço;
• Tensão, dores ou edemaciamento musculares;
• Inquietação
• Fadiga fácil.

Livro: Labirintos do Corpo e da Alma
Continuação do Capítulo XI
Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

5.4.2 Compulsão

5º Grupo – Transtorno Neurótico
(ou ansiedade ligados ao estresse e somatoforme – com repercussão na parte física).
Comportamentos ritualistas repetitivos, propositados e intencionais, desempenhados em resposta a uma obsessão. Exemplo: mania de lavar as mãos com freqüência, checar portas e janelas, rituais no vestir, na postura.
Tal comportamento tem a finalidade de neutralizar ou prevenir desconforto em alguma situação difícil. Contudo, ou a atividade não está conectada de forma apropriada com o que está sendo planejado para neutralizar ou prevenir, ou ela é nitidamente excessiva ou desnecessária. Na maioria dos casos, a pessoa reconhece que seu comportamento é excessivo ou irracional.
As obsessões ou compulsões causam sofrimento acentuado, são consumidoras de tempo (ocupam mais de uma hora por dia), ou interferem significativamente na rotina normal do indivíduo, no seu desempenho ocupacional, ou nas atividades ou relações sociais com os outros.

Livro: Labirintos do Corpo e da Alma
Continuação do Capítulo XI
Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O que deve fazer uma garota de 14 anos que namora escondido e tem medo de contar aos pais?


Sempre que existe falta de confiança e medo da repreensão e de não ser compreendido, é sinal de que a relação tem de ser revista. O namoro escondido é uma falha tanto dos filhos quanto dos pais. Dos filhos, por estarem traindo a confiança dos pais, e destes, por não estarem sabendo lidar bem com a autoridade.
Uma sugestão para resolver problema é que a garota tente contar aos pais como se fosse algo que estivesse acontecendo com uma colega, e verificar a reação deles. Outra sugestão é contar com a ajuda de uma pessoa ligada tanto à garota quanto aos pais, no sentido de ir sensibilizando-os para um fato tão natural e inevitável quanto é o namoro.

domingo, 1 de agosto de 2010

A paixão, o vício, o amor (raro, mas possível)



Passando numa banca de revistas me deparo com uma revista super interessante cujo título era o Amor, e como a ciência o explicava. Sempre fico com o pé atrás com tais reportagens, muitas vezes ocas e imprecisas. Mas minha surpresa foi altamente positiva a ponto de hoje distribuir xerox para todos os que se confundem e sofrem nas relações cada vez mais doentias entre homens e mulheres, de todas as idades, em meio a ciúmes doentios, dependências afetivas severas.

Vejamos alguns tópicos:

1- Homens são atraídos pelos traços físicos e estéticos das mulheres, enquanto estas são atraídas mais pela capacidade dos homens de gerar boa parte e protegê-los.

2- A atração gera modificações bioquímicas no cérebro e o sexo ao aumentar a produção da dopamina, a mesma que aumenta no consumo das drogas como a cocaína. E isso gera a paixão, condição extrema afetiva, altamente viciante, perigosa, pois ao criar dependência, abstinência e tolerância, modifica doentiamente o comportamento, com perda crítica da realidade, prejudica o desempenho profissional, estudantil, a vida familiar e social do "apaixonado" que fica monotemático, "enlouquecido" pelo seu objetivo de paixão, resultando num severo quadro de dependência afetiva, onde o apaixonado fica delirante de ciúmes, obsessivo, violento, paranoico, controlador, possessivo. Veja nos jornais diariamente, o aumento assustador dos crimes passionais, vinganças contra "ex", sequestros etc.

3- Quando a paixão termina (pode durar dias, meses e no máximo sete anos), ou resulta em indiferença, ou em aversão (antipatia), ou amor, algo bem mais morno, menos sexual e voluptuoso, e sim um sentimento gradual, sereno, calcado em quatro bases: admiração mútua, respeito, lealdade, afinidade.

4- O amor faz o cérebro aumentar a produção de occitocina, um hormônio que antes se achava que era útil na expulsão do feto e incentivo a amamentação, e hoje intimamente ligado ao amor. Tanto assim que ao borrifar occitocina na narina de homens e mulheres, estes se tornam mais generosos, menos egoístas e mais solidários.

Pois é meus amigos, num mundo em que cada vez mais e mais nós "animalizamos" e o sexo ficou banal, instintivo, descartável, "apaixonados" perdem a cabeça e se empobrecem afetivamente somos cada vez mais "adolescentes" afetivamente falando, carentes, instáveis infelizes nos namoros, casamentos, "viciados no outro", temendo ficar só. E sonhando o amor, fantasiando esse amor, desejoso desse amor!

Por onde começar? Que tal dentro de si mesmo... O resto é consequência. Nada pior que ter seu humor, sua mente, sua vida dependente de alguém! Ninguém pode ser "oxigênio" do outro, ninguém pertence a ninguém, a não ser a si mesmo! Por isso, pergunto: vale a pena ser escravizado na "gaiola do outro" ou é preferível ter o próprio ninho afetivo bater asas juntos e ser feliz?

Coluna eduardo Andrade Aquino para o Jornal Super Notícias(Belo Horizonte – MG) publicada no dia 01/08/2010.