Todos os limites foram ultrapassados, já não há bom senso nem estatutos de criança e dos adolescentes que funcionem. E, seja justo, ninguém aguenta mais conviver com o egoísmo, o narcisismo, a indiferença de crianças e adolescentes (e sendo ainda mais coerente, também os adultos jovens - "adultescentes").
Estamos vivendo uma época de contrastes e diferenças extremamente conflitivos - valores, éticas, moral de uma geração bate de frente com a geração mais nova. Cada vez a afetividade, a admiração mútua, a comunicação, o viver no mesmo ambiente, a transmissão de valores, sabedoria, a experiência fundamental que os mais velhos transferiam para os mais novos, fenômeno que sempre ocorreu até as duas últimas décadas, simplesmente desapareceram.
De repente, uma geração (chamada de "Y") de nascidos nas décadas de 80 e 90 foi criada por "babás eletrônicas", ninada por telas, amamentada por celulares, recreando com games violentos e pueris e viciados em tecnologia, exibindo seu narcisismo em redes sociais, infantilizados na "fofocoterapia" inútil e nos orkuts, facebooks, usando de forma covarde, virtual e à distância os multimeios para "detonar" a intimidade, a privacidade de seus desafetos.
E os "youtubes" da vida, ora ridicularizando, ora infantilizando, ora criando "ídolos" que, como foram "criados" do nada e ficaram famosos à velocidade da luz, da mesma forma desapareceram tal como cometas da fama irreal. Sim "BBB", a busca de fama, de destaque, de divulgação, mas sem conteúdo e competência, são fadados a ter "voo de galinha". E atualmente a nudez de adolescentes se exibindo 24 horas por dia em "strip-tease" e até "filmes pornôs" ao vivo, basta clicar?!?
Resultado disso: banalização do sexo, das drogas, da violência, da absoluta falta de educação, de valores e ideais.
E nós adultos?! Sem saber por onde começar, desajeitados para entender essas tecnologias que a cada dia são mais disponíveis, com novidades que não acompanham: Ipod, Iphone, Ipad e haja "I" alguma coisa. Mas compramos o que eles querem, fechados no quarto, escravos de telas, preguiçosos, chatos, irritados, exigentes. Outros desaparecem e se amontoam em lan houses, longe da "encheção de saco" dos adultos.
Chega!!! Basta!!! Não admitam gritos de filhos, palavrões de alunos, ameaças e chantagens! Vamos assumir o comando, como sempre aconteceu na natureza: adultos têm obrigação de impor limites; de dizer "não!!!"; impor punições (e não me refiro a espancar ou humilhar), que é tirar os "prazeres" dos filhos (ficar sete dias sem games, não pagar e tirar celulares, proibir "baladas" e assim por diante).
É inadmissível sermos tão passivos, "preocupados" excessivamente com eles, escravos de suas chantagens, jogos de pena, dó, opressão, culpas do tipo "não pedi para nascer" ou "é sua obrigação me sustentar". Não, não e não! Cada ser humano faz sua própria história, é autor de seu enredo, é artesão do seu mundo. Pais e educadores não são culpados nem responsáveis pelo sucesso ou fracasso de alunos ou filhos!!! São apenas companheiros de viagem.
Chega de fraqueza, omissão, medo de filhos e alunos "terroristas, sabotadores, sádicos, torturadores, insolentes, ditadores". Quem dita as regras, as normas, as leis somos nós!!! Se quiserem o mundo de preguiça, exigência e sem limites que estudem, trabalhem ganhem a própria "grana" e tenham seu próprio espaço para morar, aprontar e ver como é duro viver de forma digna e honesta!
E agora a "lei que proíbe palmadas pedagógicas". É o fim do bom senso, das leis naturais como o Estado, a Justiça, os políticos querem interferir até em nossas casas e na nossa privacidade?!? Que eles tratem é de melhorar a saúde, a educação, a moradia e a segurança, pois, para isso pagamos pesados impostos! Chega, mãos à obra.
Vamos criar um movimento "Pais e professores Unidos para um mundo de paz, serenidade, prazer, sabedoria".
Faça contato pelo www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e no www.twitter.com/eduardoaaquino.
Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia publicada no dia 08/08/2010
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