Não me arrisco a defini-lo. Afinal, desde que aprendemos que a fala é a única forma de tentar traduzir nossas emoções, desejos, raciocínio, grandes poetas, romancistas, filósofos, tentam nos explicar o que é o amor! E se eu perguntar a cada um dos que se dispõem a gastar alguns de seus preciosos minutos lendo esta coluna, tenho convicção, ninguém conseguirá usar as mesmas palavras ou conceitos para compreender o mais nobre, divino e desejado sentimento que cabe em tão poucas letras: A-M-O-R!
Então, quando assistia a um filme belíssimo, clássico, que denuncia o fim do cavalheirismo, romantismo e sensibilidade masculina e faz uma homenagem aos raríssimos homens, que são realmente capazes de encantar as mulheres sempre carentes e céticas, que alegam que tal "espécime" não existe mais; me deparei com uma das mais belas descrição de tal sentimento: "Qual a única resposta para as quatro perguntas que todo ser humano deve se fazer em algum momento de sua existência: 1) Do que é feito o espírito? 2) O que dá sentido à vida? 3) Pelo que vale a pena a viver? 4) Pelo que vale a pena a morrer? Eis a única resposta: O Amor!!!"
Carentes, infelizes, insatisfeitos, carregados de queixas, angústias, robotizados pelo trabalho insano, casamentos conflitivos, famílias divididas. Embriagados, anestesiados pelas drogas e mesmo que não sejamos conscientes das nossas procuras, nossos desejos somos um bando de humanos vagando sem rumo, mas sempre esperançosos e sonhadores de que numa dessas "esquinas da vida", pudéssemos ser acolhidos, surpreendidos pelo ombro amigo, o abraço eterno, o colo confortável, o "cafuné da alma" que só o amor pode nos brindar!
Ser amado e amar, incondicionalmente, generosamente, desinteressadamente. Sem pré-condições, sem exigências, sem contrapartidas. Apenas experimentar o êxtase indescritível, a serenidade absoluta, a paz de espírito que tudo pode, tudo crê, tudo acalma. Um estado de espírito que transcende qualquer efeito que nos assalta no cotidiano, contaminando nossas emoções. E dá-lhes raiva, ódio, ressentimento, inveja, ciúme, agressividade... Tão mais comuns, tão mais animalescos, tão mais disponíveis nos lares, no trabalho, nas ruas. Enquanto isso, um pulsar rítmico, um carinho gratuito, uma energia divina cisma em resistir ao "mundo cão" e com a sutileza de um olhar, a magia de mãos que se tocam, um meigo sorriso que emoldura o brilho de um olhar expressivo e então somos envolvidos pelo amor!
Abra seu coração, liberte sua alma, relaxe sua mente: o amor é contagioso, até epidêmico, para os que são puros, altruístas, generosos, compreensivos. Basta se libertar dos estereótipos, das máscaras sociais, da vaidade mundana, do apego à estética, ao poder, à matéria.
Mas concordo quando todos queixam de que não encontram o amor em nada e em ninguém! Ele se esconde exatamente onde nunca nos dispomos a procurá-lo: dentro de nós mesmos!!! E, se libertado, expande em todas as direções! Acredite...
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Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia – Belo Horizonte – MG publicada no dia 15/08/2010.
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