quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

2 – ENDORFINAS NATURAIS



LIVRO EDUARDO AQUINO: MANUAL DO EDUCADOR TERAPÊUTICO.


A importância do exercício físico no aprendizado
e comportamento

Outro item que estamos destacando nesse capítulo sobre ecologia humana, se lastreia na importância de atividades físicas e esportivas, no rendimento escolar e no comportamento de todo ser humano notadamente as crianças e jovens.

Hoje é certo, que muitos dos estímulos e apelos do mundo moderno e eletrônico são muitos danosos para o cérebro e mente humano – o bombardeio de informações negativistas das Tvs, músicas com forte apelo erótico e agressivo, computador,, internet com conteúdos graves, promíscuos, vícios em games e jogos eletrônicos. E não há como escola, pais, terapeutas, evitarem o contato e influência destes. Mas, curiosamente, aquelas crianças e jovens que são incentivados a práticas esportivas, educação ambiental, dança, atividades culturais, acabam se tornando imunes e até indiferentes ao malefício do mau uso de uma tecnologia altamente sedutora.

Pesquisas científicas da década de setenta, do século passado já mostravam que trabalhadores que tinham, por questão profissional, elevada carga de exercício aeróbico (lixeiro, carteiro, operário de construção civil, vaqueiros, entre outros), bem como atletas profissionais, produziam substâncias químicas cerebrais que os neurocientistas chamam de ENDORFINAS, cuja fórmula era extremamente semelhantes á morfina – ópio que vem da papoula e usada como anestésico, estimulante, melhoria da concentração, percepção, vigor físico, e é considerada droga, embora de uso também medicinal. Daí a surpresa : nosso cérebro produz substâncias opióides naturais – exemplo: beta-endorfina, encefalinas com importante atuação anti-stress, melhora da concentração, memória, humor, dor física, aprendizado, vitalidade, reguladora do sono entre outros.
Fez-se um estudo entre grupos de alunos de 10 a 14 anos: um grupo tinha todos os dias uma carga de exercícios aeróbicos (que fazem aumentar a freqüência cardíaca e respiratória): natação, ciclismo, caminhadas, corridas; durante seis meses, uma hora por dia, antes das aulas. Outro grupo, com atividades apenas escolar e sedentários (retirou todo o exercício e esportes). O resultado foi surpreendente: aumento do rendimento escolar que chegou a ser de 70% bem como melhoria comportamental – agressividade, ansiedade, hiperatividade, angústia e outros – significativa do grupo com atividade física em relação ao grupo controle. Por isso hoje, escolas públicas e privadas em países de 1º mundo adotaram a aula de educação física como fundamental no currículo diário.


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