Saúde pública: Uma fabrica de criar doenças
Que saudades da água com açúcar, do farmacêutico das pequenas cidades, dos raizeiros do interior, das benzedeiras e dos saudosos médicos de família. Afinal, eles davam conta de 80% das queixas de mal-estar, das febres, das parasitoses, dos ”ataques de nervosia”, má digestão, dores de cabeça e uma serie de sintomas e manifestações físicas, que uma boa acolhida, remédios caseiros resolviam ali mesmo. Mas com a modernidade, a urbanização, os meios de comunicação que no afã de informar, acabam por deixar alarmada uma população estressada, confusa com tanta noticia ruim, que ao primeiro sinal de febre, coração disparado, dor-de-cabeça, falta de ar, aperto no peito, tonteira, dor no corpo e daí por diante, logo sai em busca do posto de saúde, hospitais e serviços de urgência abarrotadas, com filas quilométricas. É o inicio da “doentização“ a fabricação de doenças!!!uma simples queixa do paciente, encontra um medico pouco colhedor, apressado desesperado ou desmotivado (dados de pesquisa mostram que 2/3 dos médicos saem da faculdade com dificuldades enormes para diagnósticos simples). Pede exame para cá, receitas para lá e...algo será dito: virose, colesterol alto, alteração da pressão arterial, e criou-se um doente. Agora irá sendo encaminhado para outras especialidades, fará exames mais complexos, filas e filas do posto para as unidades de pronto atendimento, de lá pra cá, ambulância entopem os hospitais e Santa Casa, e aquela historia, quem precisa realmente de atendimento padece e até morre na fila, enquanto os que nada de grave tinham, gritam, brigam pela demora e péssimo atendimento, enquanto funcionários sobrecarregados, exaustos, vão “tocando a boiada“.
Que pena! Quando as autoridades acordarão para o fato de que 70 a 80% dos casos seriam resolvidos em atenção primaria (postos de saúde), se ali houvesse profissionais de saúde bem treinados, motivados, capazes de separar o joio do trigo, pois como diriam os sábios médicos, hoje mortos ou em extinção, “em medicina o que é comum, é comuníssimo, o que é raro é raríssimo, nunca busquem o raríssimo no comuníssimo, pois isso representa exames demais, diagnostico de menos e pacientes insatisfeitos!” Alguns dados para se pensar:
1- 7 a 8 em cada 10 pacientes apresentam na verdade sintomas físicos que estão ligados a ansiedade, depressão, ou seja, são psicogênicos.
2- 92% das labirintites são emocionais;
3- 65% das pressões altas são labilidades de pressão (aumentam ou diminuem com estresse excessivo);
4- 85% de dores no peito, são quadros de angustia;
5- 90% das dores no peito, respondem a antidepressivos.
É isso aí: com a epidemia de estresse e falência do afeto humano, sintomas físicos são na maioria das vezes alarmes que disparam pois o cérebro emite S.O.S através do corpo.
Caso alguém da área de saúde deseje conhecer mais, mande email que envio mais trabalhos que buscam melhorar o atendimento ambulatorial em saúde publica.
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