Já entendemos que equilíbrio é sinônimo de saúde e que paz de espírito é o estágio mais elevado que o ser humano pode alcançar quando corpo, cérebro, mente e alma entram em perfeita harmonia e integração.
Podemos deduzir que o inverso disso é a doença, que pode surgir de duas formas: pelo processo original ou adquirido. No primeiro caso, processo original, temos as doenças familiares genéticas e congênitas (por má formação durante o desenvolvimento fetal). No processo adquirido estão as doenças infecciosas: traumatismos por acidentes, intoxicações por álcool, drogas, cigarro ou por outros agentes externos e problemas ambientais – poluição, exposição a alterações climáticas, radiação. Essas são as doenças que acometem o corpo e o cérebro, a vertente física e material daquelas quatro dimensões.
Além delas, existe a vertente mental, as doenças psíquicas, que estão se tornando cada vez mais freqüentes e sinalizam não só a desarmonia cérebro/mente (psiquismo), como a relação corpo/alma.
Por isso, o sofrimento psíquico é atualmente a maior fonte de sintomas físicos e mentais que não têm sido facilmente diagnosticados por médicos, psicólogos, psicoterapeutas ou qualquer profissional que se propõe ouvir e tratar pessoas com doenças físicas, psíquicas ou espirituais. Isso porque, pela nossa formação humana e social, ainda não conseguimos universalizar a visão do ser humano e ter conhecimentos mínimos de suas quatro dimensões.
O médico clínico e os especialistas pesquisam o corpo com exames sofisticados. O neurologista e o neurocientista estudam profundamente o cérebro. Os psiquiatras e psicólogos buscam, com métodos diversos e muita teoria – freudiana, lacaniana, organicista, junguianos, além de outras – abordar a estrutura psíquica e mental. Finalmente, tendo como instrumento a fé, os religiosos (padres, pastores médiuns, místicos) tentam ligar o aspecto terreno e material à dimensão da espiritualidade, buscando entender os sofrimentos do ser humano.
Chegamos à conclusão de que, embora quase sempre bem-intencionados, “os curadores” têm sido malsucedidos, exatamente porque se tornaram muito especializados na sua área de atuação. E, como costuma acontecer com os mais radicais, prepotentes e dogmáticos, cada um crê só naquilo que aprendeu em sua formação. Precisamos, pois, somar nossos conhecimentos sobre o corpo, cérebro, mente e alma para podermos melhorar não só nossa capacidade para os diagnósticos, como também o tratamento e a prevenção das doenças físicas, psíquicas ou espirituais.
Doença é desarmonia, ausência de equilíbrio, falta de relaxamento e, assim, incapacidade de sentir prazer. Acometido por desprazer (que vai desde dores físicas até sofrimento mental) o doente sobrevive com muita dificuldade a cada dia, arrastando sua existência penosa e sofrida. Caberia a quem se propõe atuar na área de saúde prevenir, manter e preservar a saúde e não dar jeito nos sintomas, camuflando o desequilíbrio corpo/cérebro/mente/alma. Sintomas são “vitrines” de uma “loja” em desarmonia. Penetrar a essência, eis o desafio.
muito bom, vc conseguiu em algumas palavras resumir a forma como enxergo hj a saúde x doença e a importância de nós enquanto profissionais estarmos mais atentos ao ser humano como um todo!
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