sábado, 31 de julho de 2010

5.4.1. Obsessão

5.4. Distúrbio obsessivo – compulsivo


Idéias, pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que são vivenciados, ao menos inicialmente, como invasivos e sem sentido. Por exemplo, os impulsos repetidos de um pai para matar o filho querido; pensamentos de blasfêmias de uma pessoa religiosa; idéia de ter provocado um acidente; idéias mágicas, entre outras fantasias. O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos e impulsos ou neutralizá-los com outros pensamentos.Reconhece que as obsessões são produto de sua própria mente, não impostos de fora.
Há crítica, mas não consegue impedir a idéia obsessiva, que é vivida com culpa, ansiedade, insegurança e dúvidas. Enfim , um grande conflito entre idéias mágicas (obsessivas) e idéias lógicas ou reais.

Fobia Simples

Capítulo XI
Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais - continuação


Medo persistente de um estímulo circunscrito (objeto ou situação), que é o medo de ter um ataque de pânico, humilhação e embaraço em certas situações sociais. Exemplo: fobia de animais, fobia de sangue, claustrofobia (fobia de lugares fechados), acrofobia (fobia de lugares altos), fobia de viajar de avião... O restante do quadro é como o descrito no quadro de fobia social.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

5.2 – Fobia social

Capítulo XI – Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.
As principais alterações psíquicas e comportamentais.


Medo persistente de situações sociais em que a pessoa seja exposta a possível fiscalização pelos outros, temendo cometer gafes ou comportar-se de forma humilhante ou embaraçosa. Os exemplos incluem:
• Ser incapaz de continuar a falar ao se apresentar em público;
• Engasgar com alimento quando come diante dos outros;
• Ser incapaz de urinar em banheiro público;
• Tremer as mãos, quando escreve em presença de outros;
• Dizer coisas tolas ou não ser capaz de responder aos interlocutores em situações sociais.
A situação fóbica é evitada ou tolerada com intensa ansiedade.
A exposição a estímulo fóbico específico quase invariavelmente provoca resposta imediata de ansiedade.
O comportamento de fugir e evitar interfere no funcionamento ocupacional ou nas atividades sociais mais comuns e nas relações com outras pessoas, e há sofrimento acentuado do indivíduo sem convívio social.
A pessoas reconhece que seu medo é excessivo e irracional, sendo incapaz, entretanto, de modificar seu comportamento.

domingo, 25 de julho de 2010

“A boca diz aquilo que o coração anda cheio"

A frase entre aspas é de Jesus Cristo, e passados mais de 2.000 anos, nunca foi tão atual.
Vivemos um dos piores períodos da história, no que diz respeito ao relacionamento entre os seres humanos: filhos gritam, xingam e até agridem os pais e avós, intoxicados pelo álcool, maconha, crack e outras drogas que criam uma falsa sensação de alegria e paz de espírito ilusórios. Que na verdade estão demenciando, destruindo a vida e mudando o caráter daqueles que acham lindo as baladas a embriaguez, a consciência alterada aos 12, 15, 20, 30 anos, mas que serão os desdentados, dementes, sem afeto, sem amor, sem dignidade aos 40, 50, 60 anos.
Lixos humanos, em delegacias, penitenciárias ou mortos feito "almas penadas". Nas escolas não é diferente: os nossos antigos, queridos e respeitados professores, de quem guardávamos boas lembranças, até das broncas e notas baixas, a quem chamávamos de "mestres", hoje são seres deprimidos, angustiados, medrosos, robotizados, vítimas de alunos desrespeitosos, sem limite, violentos, "quase inimigos" dos educadores e adultos.
Mas e em casa, na família, no trabalho? A mesma coisa! Casais separam-se por absoluta imaturidade, frustrações não aceitas, briga infantil de "egos" pueris. E os filhos, quando frequentam a casa do pai e mãe, em geral, com outros membros (enteados, padrastos, madrastas) se formam "mísseis" que detonam uma e outra casa, e os "filhos-bombas" são usados para destruir carreiras, caráter. Vítimas de pais separados são "estraçalhados" pelo ódio e maldade humana, e se tornam os "problemáticos", maus alunos e usuários de bebidas e drogas sem admiração pela figura materna e/ou paterna. E no trabalho? "Fofocoterapias" arrasam, Orkuts, Facebooks, Twitter, Msn e outros instrumentos da covardia virtual, espalham "boatos malévolos", e assim, más conversações e opressão, se misturam a inveja, ciúme, puxa-saquismo, ódios e ressentimentos vão envenenando o ar. E assim contaminando todo o ambiente de trabalho, todos são vítimas do "peso" que vão criando baixa produtividade, afastamentos médicos, e até aversão, detonando a carreira profissional e história pessoal.
É... Cristo como sempre nos ensinou e doutrinou de forma sábia e atemporal: "A boca fala daquilo que o coração anda cheio". Quando a humanidade caminha para a maior epidemia de depressão, estresse, fobias, ansiedades generalizadas, uso generalizado de bebidas e drogas, gangues e violência multiplicando-se a sociedade moderna, tecnológica, mas troglodita e animalesca que criamos.
E Cristo na eternidade nos observando e refletindo: cadê o perdão, a misericórdia, a compreensão, o "amor aos outros, como a ti mesmo"?
Fim dos tempos?
Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia (Belo Horizonte – MG) publicada dia 25/07/2010.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

5.1.1. Subtipo de distúrbio de pânico ato descontrolado

Capítulo XI
Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

5º Grupo – Transtorno Neurótico (ou ansiedade ligados ao estresse e somatoforme – com repercussão na parte física).


Medo de estar em lugares ou situações de onde é difícil sair ou nas quais a ajuda pode não estar disponível, no caso de um ataque de pânico. Como resultado desse medo, a pessoa ou restringe sua locomoção ou precisa de uma companhia quando sai de casa, ou senão tolera situações de agorofobia, apesar da intensa ansiedade.
Situações comuns de agorafobia incluem: estar sozinho fora de casa, estar numa multidão, permanecer numa fila, estar numa ponte e viajar de ônibus, trem ou automóvel. Pode haver casos de agorafobia sem história de distúrbio de pânico.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

5º GRUPO – TRANSTORNO NEURÓTICO

Capítulo XI
Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

(Ou de ansiedade ligados ao estresse e somatoforme – com repercussão na parte física)


5.1. – Distúrbios de pânico
Durante um dos “ataques”, que ocorrem de forma inesperada, sem situações correlatas e tendem a se repetir, devem estar presentes pelo menos quatro dos seguintes sintomas:
• Falta de ar ou sensação de asfixia;
• Vertigem, sentimentos de instabilidade ou sensação de desmaio;
• Palpitação ou ritmo cardíaco acelerado;
• Tremor ou abalos;
• Sudorese;
• Sufocamento;
• Náusea e desconforto abdominal;
• Sensação de estranheza em relação a si e a o ambiente;
• Anestesia ou formigamentos;
• Ondas de calor ou calafrios;
• Dor ou desconforto no peito;
• Medo de morrer;
• Medo de enlouquecer ou de cometer ato descontrolado.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Continuação do 4º Grupo – Transtornos do Humor

Capítulo XI – Resumo das Principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

4.3. Ciclotimia (transtorno persistente do humor): “8 ou 80” – um dia se sente o máximo, produtivo, eufórico; no outro, apático, triste, desanimado.

4.4. Mania: Sempre excitados, euforia doentia, gastos exagerados e acima de sua capacidade financeira; falantes, repetitivos. Têm idéias de grandeza, excesso de sexualidade; raciocínio rápido, baixa de juízo crítico da realidade; megalomania, idéias religiosas exarcebadas (contatos divinos, experiências místicas: são os visionários excêntricos), confusão mental; disposição física exuberante; hiperatividade física e mental. Não sentem sono ou cansaço, querem fazer muita coisa ao mesmo tempo. São acelerados, agitados e têm delírio de grandeza e de poder, além de irritados e agressivos.

4.5. Transtornos afetivos bipolares: Na verdade, os bipolares alteram fases mensais ou anuais, com características extremas (humor flutuante, altos e baixos), onde ora prevalece um profundo quadro depressivo, ora um profundo quadro maníaco.
Para uns, pode haver diversas fases depressivas, que é o mais comum; e, raramente, algumas maníacas. Ou ainda diversas fases maníacas e algumas depressivas. Há também aqueles que apresentam fase maníaca e depressiva se alternando ritmicamente.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

4.2. Distimia (transtorno persistente do humor): síndrome do mau humor.

4º Grupo – Transtorno do Humor (F30-F39 – Transtornos Afetivos)
Capítulo XI – Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

É o eterno mal-humorado, irritado, reclamador, nervoso, que só vê o ruim, só fala do negativo. Humor depressivo ou irritável, pelo menos, por dois anos. Nunca o paciente passa mais de dois meses sem estes sintomas e muito mais dias com os transtornos do que sem eles.
• Apetite diminuído ou hiperfagia;
• Insônia ou hipersonia
• Baixa energia ou fadiga
• Baixo auto-estima;
• Concentração diminuída ou dificuldade de tomar decisões;
• Sentimento de desesperança.

domingo, 18 de julho de 2010

A terrível epidemia da depressão, pânico, fobias, ansiedades generalizadas...

Vira e mexe, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte: estamos cada vez mais próximos de uma falência efetiva global! Os transtornos de comportamento, distúrbios psíquicos e adição a drogas caminham para se tornar o maior problema de saúde do mundo!
Globalizamos a tristeza, os medos, a preocupação sem fim, a síndrome do pensamento disparado, que nos impede de ter acesso ao relaxamento, à alegria, ao prazer de viver. "Mortos-vivos" que, na sua linguagem cotidiana, repetimos de forma banal, expressões que nem percebemos:
-"Doutor, eu morro de medo de...."
-"E morro de preocupação com..."
-"Eu morro de tristeza com meus filhos..."
Enfim morre-se de algo terrível a cada segundo já que pela física quântica aplicada ao psiquismo humano "pensar equivale a uma realidade" para o cérebro. Afinal, este é um mero computador (hardware) que processa as três energias psíquicas: pensamentos, emoções e pulsões.
Softwares" que rodamos no cérebro. Ora, como este não sabe distinguir entre imaginação, sonhos ou realidade (o exemplo clássico é de um adolescente que consegue o orgasmo, ora se masturbando, ora tendo um sonho erótico, ora efetivamente transando com uma colega), chegamos assim ao "inferno mental": sofremos por antecipação nos angustiando com ideias negativistas, vendo um mundo-cão, devorando as notícias terríveis do caso Bruno, dos Nardoni e as atrocidades diárias que nos fazem negativistas, medrosos, descrentes com os nossos semelhantes!
Não vivemos, apenas sobrevivemos a mais um dia, mais um ano. E tudo isso, em meio a tecnologias avançadas com celulares que só faltam falar, TV’s de plasma, internet a nos viciar, games psicóticos, "fofocoterapias" graves nos Orkuts, Msn, Twitters e outras tecnofilias. Quanto mais sofisticados eletronicamente, mais falidos afetivamente!
Ninguém tem tempo de relaxar, ser feliz, olhar a lua, ver o dia nascer, fazer cafuné em quem ama, ser leal, dar e receber afeto, compreender o semelhante , respeitá-lo.
Abuso de bebida, de drogas, corrupção financeira, sexo promíscuo, suicídio, separações conjugais, dificuldades crescentes nas relações interpessoais em casa, no trabalho ou escola, na vida social...
E pensar que Deus nos criou para o prazer, alegria, serenidade para sonhar e ter paz de espírito!
Aonde nos perdemos deste caminho?!

Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia (Belo Horizonte - MG) publicada no dia 18/07/2010.

sábado, 17 de julho de 2010

4º Grupo – Transtorno do Humor (F30-F39 – Transtornos Afetivos)

Capítulo XI – Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

Devido à importância e ao aumento cada vez mais significativo das depressões, vamos nos deter mais neste grupo.

Distúrbios de depressão maior

É o distúrbio em que o humor muda de seu estado normal para um de intensa tristeza, medo, insegurança, irritação, ausência de interesse ou prazer. E, ainda, perda ou ganho de peso, falta ou excesso de apetite, insônia ou hipersônia, agitação ou lentificação psicomotora; fadiga ou perda de energia; sentimento de desvalia ou de culpa excessiva ou inadequada; perda da habilidade de pensar ou concentrar-se; indecisão, pensamentos recorrentes de morte.

4.1. Existem diversos tipos de transtornos afetivo:

A – Recorrentes: Vêm e voltam de época em época, dependendo de problemas externos: perdas, pressão ambiental ou não.

B – Quadros leves, moderados ou graves quanto à intensidade dos sintomas
C – Com ou sem sintomas físicos: Os mais comuns: dor no corpo, tonteiras, dor de cabeça, coração disparado, falta de ar; dor no pescoço, costas e pernas; azia, gastrite, colite nervosa, tremura, náuseas e vômitos; perda ou ganho de peso; insônia ou excesso de sono; pressão lábil (altas ou quebras súbitas); hipoglicemia, desmaios, entre outros.

D- Com sintomas psicóticos: delírio de ruína (acha que vai falir, não vai dar conta no futuro), ciúme doentio, mania de perseguição, e outros mais.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Capítulo XI - 3º GRUPO – ESQUIZOFRENIA

Capítulo XI - Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

3º GRUPO – ESQUIZOFRENIA
(F20-F29 – Esquizofrenia, transtornos esquizotípico e delirante)

Transtornos graves onde existe grande comprometimento do psiquismo, com profundas distorções do pensamento e da percepção da realidade, além de uma relação afetiva estranha, inadequada ou embotada. A pessoa começa a agir de forma pouco convencional e a dizer coisas que não fazem sentido. Apresenta idéias de perseguição, alucinações, vê coisas, ouve conversas e tende a se retrair e isolar.
É o prognóstico (expectativa) mais reservado das doenças mentais, mas, graças a antipsicóticos de última geração e ao avanço das neurociências, têm-se verificado muitos progressos, melhorando acentuadamente a qualidade de vida do esquizofrênico e de sua família.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

F10-F19 – TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO DECORRENTES DO USO DE SUBSTÂNCIA PSICOATIVA (CONSIDERADA DROGA).

2º GRUPO – ABUSO DE DROGAS
Capítulo XI – continuação: Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

F10 – Decorrentes do uso de álcool;
F11 – Decorrentes do uso de opióides;
F12 – Decorrentes do uso de Carnabinóides;
F13 – Decorrentes do uso de sedativos ou hipnóticos;
F14 – Decorrentes do uso de cocaína;
F15 – Decorrentes do uso de outros estimulantes, incluindo cafeína;
F16 – Decorrentes do uso de alucinógenos;
F17 – Decorrentes do uso de tabaco;
F18 – Decorrentes do uso de solventes voláteis;
F19 – Decorrentes do uso de múltiplas drogas e uso de outras substâncias psicoativas.

terça-feira, 13 de julho de 2010

2º GRUPO – ABUSO DE DROGAS

Capítulo XI – continuação: Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

(F10-F19 – TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO DECORRENTES DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS)

Droga é toda substância que, ao circular no sangue com sua química específica, acaba desencadeando alterações psíquicas e físicas graves, que podem variar de um estado de desinibição e euforia até ao de agressividade intensa, perda do juízo de realidade, alucinações, delírios, coma ou morte.
Principais características das drogas:

A mais nítida é a dependência, que leva a pessoa a sentir uma série de sintomas físicos e psíquicos na sua ausência – a chamada crise de abstinência. E a tolerância, ou seja, com o passar do tempo é necessário aumentar a quantidade, a freqüência, ou usar drogas mais pesadas para sentir os efeitos desejados (e indesejados).
Observem que o cigarro e a cafeína não são considerados drogas.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Os problemas do caráter

Homens oscilam entre o jeito padre e gângster de ser. Mulheres variam de madres e prostitutas. Afinal, quem somos? Está aí o caso Bruno que não me deixa mentir. A linha que separa o ídolo do marginal é tão frágil quanto a que separa o amor do ódio, o lado santo do diabólico, o jeito passivo do agressivo, e assim será.

Somos fruto de gerações ancestrais e pensando que temos dois pais, quatro avós, oito bisavós, dezesseis trisavós e nessa progressão geométrica, assim sendo inevitavelmente, além das características físicas que o projeto Genoma provou que herdamos - belezas, feiúras, calvícies, alcoolismo, diabetes, entre outras possibilidades de ser saudável, carregar doenças genéticas familiares (evidente que o meio ambiente se soma às tendências hereditárias) - o certo é que herdamos também, características comportamentais, de personalidade, neuroses, fobias, depressão. Hoje, convicto, digo que um dia, nossa "porção energia" (notadamente a mente com suas energias psíquicas do pensar, sentir, agir e a alma com sua energia de fé) serão detectáveis e aí, inevitavelmente, viajaremos pelo tempo e espaço. Serão feitas por todo ser humano em busca de si mesmo, resgatando histórias de ancestrais (regressão a vidas passadas - RVP, ou seriam as outras encarnações - como prega o espiritismo, ou ainda os outros karmas, como defendem os budistas e hindus, ou simplesmente por pesquisas de biologia molecular, ou de psiquiatria transpessoal, ou um fenômeno que explicaria todas as teorias acima com viés cientifico - as memórias ontogenéticas - onto vem do grego "origem" e genética que se refere aos genes) ou explicações para comportamentos estranhos como medo de escuro, de altura, a timidez extrema a promiscuidade sexual, a tendência à marginalidade, corrupção, as vocações para música, medicina, magistratura, visão pacifica ou psicopática, e todas as características comportamentais de relacionamento interpessoal, de generosidade ou maldade da alma e mente humana e se meu tataravô fosse um sádico fazendeiro que maltratava escravos? E se minha trisavó, fosse uma santa que passando por todo tipo de sofrimentos, penúrias e ainda assim fosse pessoa doce, afetiva, com fé e bondade inigualáveis?

Teria eu, na minha alma, tendências para ser alguém maravilhoso, ou um mau caráter, corrupto, sádico? E tendo esse horizonte existencial, que vai da luz mais divina até a mais escura das trevas, teria o arbítrio só meu, de usar minha inteligência, sensibilidade, habilidades tanto para agir e assim construir um novo mundo, novo tempo para meus filhos, netos, tataranetos (mesmo que eu não usufrua deste novo tempo) ou reagiria e assim destruiria minha existência, com atitudes de ganância, desonestidade, corrupção, promiscuidade, uso de bebidas e drogas?
De uma coisa, vocês leitores e amigos podem ter certeza, após 30 anos lidando com milhares de pacientes, conhecendo pessoas, lugares, países e religiões: esse nosso plano material não é lugar para amadores. Aqui, céu, inferno e purgatório convivem lado a lado. Almas penadas, gente vendendo a alma para o diabo e pessoas absolutamente generosas, carismáticas e cidadãs ajudando e se doando para os mais necessitados, carentes, doentes e infelizes. Se o espírito é o CNPJ divino, nossa alma pessoal é o CPF.

Portanto, escreva sua história, seja artesão do seu mundo, tome seu arbítrio em busca da luz (muitos os chamados, poucos os escolhidos) ou mergulhe nas trevas onde o sexo, o dinheiro fácil, o poder ilusório, o apego a bens materiais e às pessoas, a bebida e droga, vão rapidamente conduzindo: ídolos, políticos, falsos líderes, e profetas em direção à ampla porta e largo caminho que conduz à perdição. É isso o tal do livre-arbítrio. Caminhe.
Coluna Dr.Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícias (Belo Horizonte – MG) publicada no dia 11/07/2010.

sábado, 10 de julho de 2010

Capítulo XI - 1º Grupo – Quadros Demenciais

Capítulo XI – Resumo das principais alterações psíquicas (Mentais) e Comportamentais

Vamos conhecer, por grupos, as principais alterações psíquicas e comportamentais.

(F00-F09 – Transtornos mentais orgânicos, incluindo os sintomáticos)

São mais conhecidos como “esclerose” e seria um envelhecimento patológico ou senilidade, em contraste com um envelhecimento saudável ou senescência.
Hoje, os quadros senis mais comuns são chamados de ALZHEIMER e se caracterizam, basicamente, por perda progressiva das funções nobres, psíquicas e motoras, notadamente memória recente, desorientação no tempo e espaço, e progressiva dependência para tarefas simples, alimentar-se, controlar fezes e urina... A expectativa de prognóstico ainda é sombria, mas muita coisa tem sido estudada para diminuir o impacto dessa doença em nível pessoal, familiar e social.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

RESUMO DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES PSÍQUICAS (MENTAIS) E COMPORTAMENTAIS

CAPÍTULO XI - CONTINUAÇÃO

Nota: Os comentários a seguir foram baseados no CID.10 (Código Internacional de Doenças) da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Os códigos à esquerda de cada descrição correspondem à transcrição integral do CID-10

TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO
F00-F09 Transtornos mentais orgânicos, incluindo os sintomáticos
F10-F19 Transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substância
psicoativa
F20-F29 Esquizofrenia, transtornos esquizotípico e delirante
F30-F39 Transtornos do humor (afetivos)
F40-F49 Transtornos neuróticos, relacionados ao estresse e somatoformas
F50-F59 Síndromes comportamentais associadas a perturbações fisiológicas e a fatores físicos
F60-F69 Transtornos de personalidade e de comportamento em adultos
F70-F79 Retardo Mental
F80-F89 Transtornos do desenvolvimento psicológico
F90-F99 Transtornos emocionais e de comportamento com início que, usualmente, ocorre na infância e na adolescência.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Capítulo XI:Resumo das principais alterações psíquicas (Mentais) e Comportamentais

Neste capítulo busco partilhar com meus leitores a descrição e a classificação das alterações comportamentais.
Sei, por experiência própria, que há grande curiosidade – e grande desinformação – em relação ao comportamento humano. Para isso, contribui imensamente o crescente aparecimento de doenças mentais. Isto me fez refletir que este livro, embora seja escrito em linguagem simples e acessível, pode interessar também aos muitos profissionais de saúde que, de forma direta ou indireta, lidam diariamente com a mente humana. Assim, optei por usar o Código Internacional, citando as alterações e comentando e descrevendo as mais importantes e prevalentes.
É a parte mais técnica do livro e sugiro aos “impressionáveis” uma leitura mais rápida. Outro detalhe que já tive a oportunidade de perceber é uma “identificação” com os quadros descritos. Então, para evitar um autodiagnóstico alarmante, vale lembrar que todos nós temos medo, ansiedade, angústia e outros sentimentos e emoções que podem se confundir com os quadros descritos. Cabe ao profissional da área de saúde mental – e somente a ele – “separar o joio do trigo”.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Capítulo X - Continuação: Correlações entre Corpo/Cérebro/Mente

Também não podemos ser radicais ou ingênuos e achar que “tudo é psicológico”. Cabe ao bom profissional distinguir entre um problema de natureza orgânica ou física e uma queixa de fundo emocional ou psíquica.
No entanto, cada vez mais a OMS (Organização Mundial de Saúde) adverte: Não se deve ter uma postura de valorizar muito os sintomas, pedindo exames excessivos e prescrevendo sintomáticos – remédios para sintomas. É preciso investigar o ser humano que faz a queixa. Em outras palavras, mais importante do que a queixa “meu coração está disparando” é buscar conhecer a história, o perfil psicológico, as relações familiares e sociais do “dono do coração que anda disparando”. Talvez assim melhorem as relações curador/paciente e seja resgatado o papel humanístico e terapêutico dos médicos, psicólogos, religiosos, enfermeiros, dentistas, pedagogos.
Somos um mosaico genético, com boas e más heranças, virtudes e defeitos e temos que sobreviver em meio às diferentes estruturas familiares. Viemos de diferentes ambientes – família, país, cidade, bairro, rua. Somos parte de uma diversidade de ambientes sociais, políticos e econômicos, sofrendo constantes pressões profissionais e financeiras. Carregamos também em nossa bagagem as heranças étnicas ou raciais que, às vezes, determinam maior predisposição para doenças físicas ou psíquicas. E ainda temos de suportar o peso das nossas resoluções pessoais, o conjunto de decisões e ações que tomamos durante a existência e as conseqüências dessas escolhas sobre o nosso estilo de vida.
Assim, imagine o trabalho imenso do cérebro, do corpo e da mente, tentando nos dar equilíbrio e paz interior. Principalmente nos dias atuais, em que as mudanças ocorrem com uma rapidez vertiginosa e somos bombardeados por informações via satélite e via Internet o tempo todo. Não é à toa que estamos tão adoecidos, insatisfeitos e desequilibrados.
Esquematicamente, poderíamos dizer que o corpo reage errado (originando sintomas) a uma hiperativação cerebral (excesso de estímulos que ele tem que processar) a partir do excesso de atividade mental (síndrome da pensação) – principalmente diante do medo, culpa raiva, ansiedade, angústia, insegurança que invadem a mente, típicos de uma pessoa não serena e relaxada, sem uma fé e entrega espiritual. Ou ao contrário: A alma, via fé, abranda e acalma a mente que, relaxada, não sobrecarrega o corpo e as funções deste em constante equilíbrio.

Ausência da verdadeira fé > Mente congestionada (“pensação”) > Cérebro sobrecarregado (hiperativo) > Sintomas físicos (corpo sem saúde).

segunda-feira, 5 de julho de 2010

CAPÍTULO X:CORRELAÇÕES ENTRE CORPO/CÉREBRO/MENTE

Os avanços e a sofisticação da medicina fizeram surgir exames complementares capazes de dar acesso a detalhes de áreas do corpo humano que nunca haviam sido investigados. Surgiram as tomografias computadorizadas, ecografias, ultra-som, ressonância magnética, tomografia por emissão de pósitros (antimatéria) e ainda outros. Mas essa mesma sofisticação praticamente atropelou o raciocínio clínico., intuitivo, subjetivo do profissional médico, que passou de diagnosticador para analista de exames e se tornou totalmente dependente deles na sua prática cotidiana.
Bilhões de dólares são gastos desnecessariamente na busca obsessiva por diagnósticos que possam explicar as queixas crescentes da população, o que aumenta o custo com despesas médicas para o Estado, as empresas e os cidadãos. O mesmo estudo estima que nunca houve tantas queixas físicas e psíquicas para tantos exames normais, trazendo uma grande insatisfação do paciente em relação ao médico.
Será que investigamos exaustivamente células, órgãos, sistemas físicos, enfim o corpo, e temos dificuldade de investigar a mente e a alma? Será que estamos complicando o que é simples? De tão preocupados com quadros complicados e raros, parece que perdemos a competência e a humildade para diagnosticar quadros comuns. E são justamente eles que andam atrapalhando a existência de uma humanidade demasiado rápida, estressada, angustiada, insegura, embora deslumbrada com os avanços tecnológicos e com o conforto produzido pelas máquinas.
• ¾ dos quadros de tonteira, labirintite, vertigem, desequilíbrio, são de fundo emocional. Também doenças afetivas como ansiedade, depressão e outros distúrbios psíquicos.
• 60% dos quadros diagnosticados como hipertensão arterial são, na verdade, pressão lábil (pressão que oscila à dor no peito e têm fundo psicogênico. O mesmo se aplica à dor no peito (pseudo-angina), colite nervosa, taquicardia, falta de ar, dor de cabeça, problemas alérgicos e dermatológicos.

domingo, 4 de julho de 2010

Geração perdida Y


Quem me acompanha neste espaço aos domingos (me emociona muito ao saber que são milhares de amigos e leitores e não só de Minas, graças exatamente ao site do O Tempo e Super Notícia), sabe que em outros artigos abordei o tema internet (nada contra a rede). Os multimeios: celulares, computadores, laptops e outros, podem ser uma arma terrível, mortal, doentia, como pode ser a "salvação" para quem faz o uso correto da internet como instrumento que alavanca o mundo seja no comércio, na indústria, agronegócio, prestação de serviço, ambiente escolar e de trabalho.
Mas como sempre advogo: Deus não criou adjetivos e sim substantivos! "Eis o Sol" e não adianta o ser humano chamá-lo de "bom sol" ou de "desgraça de sol", caso ele falte, a planta não cresce, e se ele for demasiado mata a planta! Ou energia atômica: se virar bomba mata 800.000 japoneses, se for combustível na usina de Angra dos Reis, ilumina 4 milhões de cariocas! Assim acontece com a internet se for instrumento de agilizar as comunicações humanas é um "bálsamo". Viciou, criou dependência, mudou o caráter das pessoas é uma droga! Daí meu choque ao assistir ao documentário, sugiro que acessem o GNT.doc "Geração Internet". Vou resumir:
1 - Tecnofilia: vício grave onde crianças, pré-adolescentes, adolescentes e até adultos se tornam dependentes se ficam mais de 2 horas por dia diante de telas e desenvolvem uma abstinência grave ao se "desconectarem" ou serem privados dos eletrônicos. E desenvolvem tolerância. O que ocorre também no alcoolismo, cocaína, maconha, crack e similares. As substancias químicas cerebrais que se alteraram são as mesmas: serotonina, dopamina, noradrenalina.
2- Cyberbullying: não bastasse ao bullying (apelidos depreciativos, insultos, perseguições a vítimas e excluídos em escolas e turmas) agora usa-se Orkut, Myspace, Facebook com severas ofensas, difamações com imenso prejuízo para as escolas, empresas, comunidades e até cidades pequenas onde "fofocoterapias irreais" e graves, traições conjugais, depreciação profissional, falsos roubos, homossexualidades forjadas por mentirosos virtuais e acobertados pela covardia do "anonimato virtual". Uma ingenuidade! Pois hoje há polícia, Justiça e leis severas para crimes virtuais. Lembrem-se "marginais virtuais", na internet não existe nem privacidade. Cuidado meninas que fazem strip virtuais: nenhum esconderijo é possível!
3- "Predadores virtuais": literalmente são caçadores de vítimas, em geral, belas meninas ou jovens homossexuais ou crianças indefesas com pedófilos sutis. O predador vai asfixiando suas vítimas com calúnias, montagens de fotos, photoshop, assédio sexual grave baseado em fatos virtuais depreciativos que "espalha" nas redes sócias.
4- Cyberstripper: jovens meninas, meninos novos de 7 a 16 anos em média, ao se apaixonar por um namorado virtual ou após consumo de bebidas ou drogas, usam as webcam, para se despir, masturbar, simular ato sexual. Em pouco tempo são expostos e humilhados nos "You-Tubes da vida". Prejuízo para o resto da vida (na escola, faculdades, futuros trabalhos), pois sempre terá sua intimidade violada e sujeita a censura pública.
5- Marginalidade em rede: adolescentes combinam brigas, espancamentos e ações psicopáticas. No documentário centenas de alunos de um colégio de alta classe, combinam de ir a um show de música e beber o máximo que pudessem para embriagar, tudo filmado para ir para You-Tube resultado: três hospitais de Manhatan (em Nova York) interditados para atender comas alcoólicos enquanto doentes graves em emergências. O resultado é a morte por falta de leitos e profissionais de saúde devido a sobrecarga de atendimento aos jovens bêbados e drogados. O trem suburbano que os levaram de volta ao seu rico bairro, todo vomitado, depredado e isso sendo enviado ao vivo pela internet!
6- Suicidas virtuais: jovens infelizes, depressivos, com pais complicados, vítimas de bullying ou ameaças de agressões reais em escolas, criam comunidades que ensinam a se matar de forma "light", sem dor, sem culpa!
Então, pais e professores, vocês sabiam sobre isso? Filho trancado no quarto e alunos com laptops fingindo fazer as tarefas, mas em namoros, sexos e outras promiscuidades, que num leve toque no teclado "desaparece" e volta a tela ingênua ou educacional.

Na próxima semana: O que fazer?
Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícias publicada no dia 04/07/2010.

sábado, 3 de julho de 2010

CAPÍTULO IX: DOENÇAS: SOFRIMENTO FÍSICO, MENTAL E ESPIRITUAL




Já entendemos que equilíbrio é sinônimo de saúde e que paz de espírito é o estágio mais elevado que o ser humano pode alcançar quando corpo, cérebro, mente e alma entram em perfeita harmonia e integração.
Podemos deduzir que o inverso disso é a doença, que pode surgir de duas formas: pelo processo original ou adquirido. No primeiro caso, processo original, temos as doenças familiares genéticas e congênitas (por má formação durante o desenvolvimento fetal). No processo adquirido estão as doenças infecciosas: traumatismos por acidentes, intoxicações por álcool, drogas, cigarro ou por outros agentes externos e problemas ambientais – poluição, exposição a alterações climáticas, radiação. Essas são as doenças que acometem o corpo e o cérebro, a vertente física e material daquelas quatro dimensões.
Além delas, existe a vertente mental, as doenças psíquicas, que estão se tornando cada vez mais freqüentes e sinalizam não só a desarmonia cérebro/mente (psiquismo), como a relação corpo/alma.
Por isso, o sofrimento psíquico é atualmente a maior fonte de sintomas físicos e mentais que não têm sido facilmente diagnosticados por médicos, psicólogos, psicoterapeutas ou qualquer profissional que se propõe ouvir e tratar pessoas com doenças físicas, psíquicas ou espirituais. Isso porque, pela nossa formação humana e social, ainda não conseguimos universalizar a visão do ser humano e ter conhecimentos mínimos de suas quatro dimensões.
O médico clínico e os especialistas pesquisam o corpo com exames sofisticados. O neurologista e o neurocientista estudam profundamente o cérebro. Os psiquiatras e psicólogos buscam, com métodos diversos e muita teoria – freudiana, lacaniana, organicista, junguianos, além de outras – abordar a estrutura psíquica e mental. Finalmente, tendo como instrumento a fé, os religiosos (padres, pastores médiuns, místicos) tentam ligar o aspecto terreno e material à dimensão da espiritualidade, buscando entender os sofrimentos do ser humano.
Chegamos à conclusão de que, embora quase sempre bem-intencionados, “os curadores” têm sido malsucedidos, exatamente porque se tornaram muito especializados na sua área de atuação. E, como costuma acontecer com os mais radicais, prepotentes e dogmáticos, cada um crê só naquilo que aprendeu em sua formação. Precisamos, pois, somar nossos conhecimentos sobre o corpo, cérebro, mente e alma para podermos melhorar não só nossa capacidade para os diagnósticos, como também o tratamento e a prevenção das doenças físicas, psíquicas ou espirituais.
Doença é desarmonia, ausência de equilíbrio, falta de relaxamento e, assim, incapacidade de sentir prazer. Acometido por desprazer (que vai desde dores físicas até sofrimento mental) o doente sobrevive com muita dificuldade a cada dia, arrastando sua existência penosa e sofrida. Caberia a quem se propõe atuar na área de saúde prevenir, manter e preservar a saúde e não dar jeito nos sintomas, camuflando o desequilíbrio corpo/cérebro/mente/alma. Sintomas são “vitrines” de uma “loja” em desarmonia. Penetrar a essência, eis o desafio.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Capítulo VIII: SAÚDE: UMA NOVA VISÃO

Como vimos nos capítulos anteriores, estas quatro facetas do ser humano são tão intimamente ligadas e evoluem de forma tão una que, a partir do que estamos vendo, não se admite mais uma visão cartesiana (em separado) da existência humana. Por isso se introduz um conceito para definir o que seja saúde. É o estado de equilíbrio e plenitude entre corpo/cérebro/mente/alma que, funcionando harmoniosamente, busca adaptação constante nas relações entre o ser humano e seu meio ambiente, resultando numa sensação de paz de espírito e bem-estar.
Fácil? Não! E ai está o desafio que Deus nos dá a cada dia de nossa vida: buscar equilíbrio, mesmo tendo que enfrentar, a todo momento, mudanças internas (sintomas físicos), sofrimento mental (pensamentos ansiosos, sentimentos de tristeza e desesperança) e conviver com um mundo exterior sempre em transformação e em conflito: guerras, crises econômicas, excesso de informações catastróficas, mudanças climáticas, doenças ou morte de familiares, insegurança e violência urbana e outros problemas.
Mas eis a vida e a história na marcha evolutiva da civilização, cheia de percalços e conflitos, todos na busca pela sobrevivência. Infelizmente, ainda somos uma espécie contraditória, que não sabe usar o pensamento e a inteligência para a paz, a cooperação, a justiça, a verdade, e, principalmente, para o amor!
Resgatar a saúde é renovar nossas posturas. Nesse aspecto, bem-vindas as doenças do corpo e da alma, que nos propõem a humildade de podermos renascer das falhas e das imperfeições para uma vida nova e saudável.
Outro aspecto fundamental é recordar que fora anomalias genéticas ou congênitas (desordens na fase uterina) todos nascemos para a alegria e prazer. Mas os descaminhos, seja por influência familiar, cultural, religiosa, social, nos fazem perder a saúde. A vida artificial, o meio ambiente desfavorável, o impacto da rapidez tecnológica, o bombardeio de informações, a competitividade, o temor de não sobreviver a tanta pressão, mas principalmente os erros da forma de pensar sobre a vida – erros conceituais – acabam por interferir no nosso corpo, cérebro, mente e alma, nos roubando a saúde ao impedir a serenidade, a paz de espírito, o equilíbrio nas nossas relações internas e com o mundo exterior.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Capítulo VII: As duas dimensões energéticas: A Mente e a Alma

Anteriormente foi dito que as duas dimensões materiais – corpo e cérebro – são, por definição, finitas. Sujeitas ao desgaste do tempo envelhecem e morrem. Somos materialmente transitórios e a experiência da vida terrena é o espaço e tempo situados entre o nascimento e a morte biológica. Mas o que dizer das dimensões transcendentes, a energia mental e a energia da fé? Sendo energia, “nunca morrem”, ao contrário, se eternizam. Penso que toda a evolução da vida na Terra visa, cada vez mais, alimentar as dimensões energéticas, como se o grande objetivo fosse um constante incremento da CONSCIÊNCIA! A consciência é fruto da experiência mental, do acúmulo de sensações e da percepção. É o “dar-se conta” de tudo quanto existe no universo e – quem sabe? - até além dele. A mais recente teoria científica da física – A Teoria das Supercordas – pressupõe inúmeras dimensões e universos paralelos.
O acesso a consciências periféricas através de diversos métodos (drogas, meditação, regressão a vidas passadas e outros) demonstra o quanto ainda engatinhamos na compreensão do nosso potencial mental e espiritual. Estamos ainda no início da grande caminhada, cercados de mistérios e desorientados pela visão cartesiana da vida. Esta forma de enxergar o mundo, separando corpo-alma, matéria-energia, nos torna frágeis e vulneráveis. Atormentados por dogmas, culpas e ódios, não conseguimos corrigir injustiças seculares como fome, guerra e diferenças sociais gritantes. Estamos mais para bárbaros que para fraternos seres divinos.
Ai se fecha a visão do uno: a nossa matéria (vida biológica do corpo e do cérebro) é a base formadora e propulsora na nossa existência energética (vida mental e espiritual). É essa fusão que gera a consciência, a conexão de tudo o que existe. E, revelando o DEUS MAIOR, permite alcançar o grande objetivo de um vivente: chegar à consciência superior.