Coluna Dr.Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia de Belo Horizonte – MG do dia 30/05/2010.
Caso 1:
Criança de classe média inicia aos 8 anos o uso de bebida escondido com colegas de turma, em tarde de "sexualidade virtual explicita" nos sites pornográficos da internet. Aos 9, já usava maconha, matava aulas e, após apanhar, xingar pais, virar noites na rua, fuma o "crack" pela primeira vez. Hoje, aos 11 anos, com a sétima internação em Centros de Reeducação, oito boletins de roubo, tentativa de homicídios (agressão grave ao avô - o único que ainda tentava ajudá-lo e impor limite) já é um "monstro" que assombra a pequena cidade que mora. Nada teme, nada se arrepende, nada respeita. Acabará matando ou morrendo!
Caso 2:
Menina de 15 anos, dois abortos provocados, o primeiro aos 11 anos, o segundo aos 13, prostitui-se desde os 10, e usa oito "pedras" por dia; pai apanha da filha, é atacado por gilete e o Conselho Tutelar a interna num "abrigo" onde ela pratica sexo grupal com oito menores abandonados e vicia todos eles, que se tornam sua "gangue".
Adianta prender filhos em casa?! Não!!! Adianta achar que bons colégios, convívio apenas com "priminhos", colegas de rua que cresceram juntos garante segurança?! Não!!! Todos nossos filhos terão acesso a qualquer droga!!! E não é mais o "pipoqueiro de frente ao colégio" ou a "balinha" que o adulto dá de graça. Chegará até a sua casa via "crianças, primos, parentes" que você nunca imaginaria! Pergunto aos adultos em geral: Vocês preparam seus filhos e alunos para dizer "NÃO!" à inevitável oferta de qualquer das drogas disponíveis: bebida, cigarro, maconha, cocaína, crack, LSD, ecstasy e outras? Quais os argumentos usar?
Afinal, droga, sexo, violência, morte, assassinatos, suicídios, viraram coisas tão banais que passou a ser rotina nos noticiários, jornais, rádios, internet. E sempre ocorre com o vizinho, o primo, "os outros". Até o dia que o "inferno" bater à sua porta! Não escolhe classe social, credo ou raça. É a "epidemia do mal", em que não adianta orar, ser do "bem", trabalhador, honesto. Nosso pecado é a omissão, o medo, a falta de autoridade e, principalmente, a ausência de diálogos entre os atuais adultos e jovens: duas gerações divorciadas, litigadas com uma cada vez mais graves e profunda "incompatibilidade de valores, ética, respeito, comunicação". Falta afeto, amor, admiração mútua. Jovens, adolescentes e crianças, não percebem o grande valor da sabedoria - que nem escola nem faculdades os ensinarão que só a vida, sofrida, de quem caiu e levantou toda uma vida, ou seja, os pais e professores legam durante séculos e séculos de avô para pai, de pai para filho.
Sim, havia exageros: surra de vara, de cinta, de palmatória nas mãos. Mas e hoje, que punir alunos e filhos (e não digo a violência, pois esta será sempre detestável) é "crime"; como vivenciei numa escola, em que um aluno roubou celulares, desacatou diretora, depredou a sala e ao ser suspenso sete dias teve pais irados xingando os professores, Conselho Tutelar e Secretaria de Educação notificando a professora, a supervisora e a diretora que passaram a responder sindicância!!! Puniram as autoridades escolares!!! E o aluno? "Lugar de aluno é na escola" como diz o ECA e defensores da criança e adolescência (que fazem grande trabalho no que diz respeito à pedofilia, agressões e estupro de menores entre outros horrores, infelizmente cada vez mais comuns no dia a dia), mas que estão totalmente contra o bom senso nas comunidades escolares.
Assim, esse "tal aluno marginal" retorna no dia seguinte "cheio de moral" para se tornar um líder negativo, que confrontou e venceu a "luta" com os professores e autoridades adultas e ganhando a turma ao impor na comunidade a falta de limite, falta de educação, falta de respeito, falta de honestidade pessoal. Está criado um novo ser: o aluno rebelde, sociapata, usuário de drogas, furtos, homicídios, sei lá mais o que! Admirado pela maioria silenciosa de alunos e colegas e contaminando o bom futuro dos passivos colegas.
Como reverter isso? Na próxima semana, o tema é estímulo e resposta.
Caso 1:
Criança de classe média inicia aos 8 anos o uso de bebida escondido com colegas de turma, em tarde de "sexualidade virtual explicita" nos sites pornográficos da internet. Aos 9, já usava maconha, matava aulas e, após apanhar, xingar pais, virar noites na rua, fuma o "crack" pela primeira vez. Hoje, aos 11 anos, com a sétima internação em Centros de Reeducação, oito boletins de roubo, tentativa de homicídios (agressão grave ao avô - o único que ainda tentava ajudá-lo e impor limite) já é um "monstro" que assombra a pequena cidade que mora. Nada teme, nada se arrepende, nada respeita. Acabará matando ou morrendo!
Caso 2:
Menina de 15 anos, dois abortos provocados, o primeiro aos 11 anos, o segundo aos 13, prostitui-se desde os 10, e usa oito "pedras" por dia; pai apanha da filha, é atacado por gilete e o Conselho Tutelar a interna num "abrigo" onde ela pratica sexo grupal com oito menores abandonados e vicia todos eles, que se tornam sua "gangue".
Adianta prender filhos em casa?! Não!!! Adianta achar que bons colégios, convívio apenas com "priminhos", colegas de rua que cresceram juntos garante segurança?! Não!!! Todos nossos filhos terão acesso a qualquer droga!!! E não é mais o "pipoqueiro de frente ao colégio" ou a "balinha" que o adulto dá de graça. Chegará até a sua casa via "crianças, primos, parentes" que você nunca imaginaria! Pergunto aos adultos em geral: Vocês preparam seus filhos e alunos para dizer "NÃO!" à inevitável oferta de qualquer das drogas disponíveis: bebida, cigarro, maconha, cocaína, crack, LSD, ecstasy e outras? Quais os argumentos usar?
Afinal, droga, sexo, violência, morte, assassinatos, suicídios, viraram coisas tão banais que passou a ser rotina nos noticiários, jornais, rádios, internet. E sempre ocorre com o vizinho, o primo, "os outros". Até o dia que o "inferno" bater à sua porta! Não escolhe classe social, credo ou raça. É a "epidemia do mal", em que não adianta orar, ser do "bem", trabalhador, honesto. Nosso pecado é a omissão, o medo, a falta de autoridade e, principalmente, a ausência de diálogos entre os atuais adultos e jovens: duas gerações divorciadas, litigadas com uma cada vez mais graves e profunda "incompatibilidade de valores, ética, respeito, comunicação". Falta afeto, amor, admiração mútua. Jovens, adolescentes e crianças, não percebem o grande valor da sabedoria - que nem escola nem faculdades os ensinarão que só a vida, sofrida, de quem caiu e levantou toda uma vida, ou seja, os pais e professores legam durante séculos e séculos de avô para pai, de pai para filho.
Sim, havia exageros: surra de vara, de cinta, de palmatória nas mãos. Mas e hoje, que punir alunos e filhos (e não digo a violência, pois esta será sempre detestável) é "crime"; como vivenciei numa escola, em que um aluno roubou celulares, desacatou diretora, depredou a sala e ao ser suspenso sete dias teve pais irados xingando os professores, Conselho Tutelar e Secretaria de Educação notificando a professora, a supervisora e a diretora que passaram a responder sindicância!!! Puniram as autoridades escolares!!! E o aluno? "Lugar de aluno é na escola" como diz o ECA e defensores da criança e adolescência (que fazem grande trabalho no que diz respeito à pedofilia, agressões e estupro de menores entre outros horrores, infelizmente cada vez mais comuns no dia a dia), mas que estão totalmente contra o bom senso nas comunidades escolares.
Assim, esse "tal aluno marginal" retorna no dia seguinte "cheio de moral" para se tornar um líder negativo, que confrontou e venceu a "luta" com os professores e autoridades adultas e ganhando a turma ao impor na comunidade a falta de limite, falta de educação, falta de respeito, falta de honestidade pessoal. Está criado um novo ser: o aluno rebelde, sociapata, usuário de drogas, furtos, homicídios, sei lá mais o que! Admirado pela maioria silenciosa de alunos e colegas e contaminando o bom futuro dos passivos colegas.
Como reverter isso? Na próxima semana, o tema é estímulo e resposta.
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