sábado, 8 de maio de 2010

Que tipos de jogos você considera importantes em uma relação?



Eu diria que uma relação, para ser boa, não pode ter jogos, e sim, espontaneidade. Os jogos de culpa, de dó, de pressão, de ciúme, de autoritarismo são patológicos na relação. Uma boa relação se baseia na condição de falar e ouvir, na maturidade; quanto menor o volume de jogos, melhor será essa relação, porque ela deve se manter por si só. A relação se faz verdadeira, e importante a partir do momento em que experimentamos uma confiança mútua, um sentido de parceria, de cooperação.
É altamente saudável a gente ter uma vontade de estar sempre querendo se superar, se preparar para o parceiro, surpreender esse parceiro, ser criativo, trazer coisas novas, movimentar a relação. Isso, porém, não quer dizer “jogos” porque, toda vez que falamos “jogo”, inevitavelmente estamos colocando, junto ao conceito de jogo, o de competitividade, o conceito de que, para um ganhar, outro tem de perder. Acho muito interessante uma analogia que eu já ouvi; diz mais menos o seguinte: o casamento pode ser comparado a um jogo de tênis, que é um jogo tenso, em que cada jogador tem de defender o seu lado e, para um ser vitorioso, o outro deverá ser, necessariamente, um perdedor.
Então, melhor seria comparar o casamento a uma brincadeira de frescobol, aquela em que as pessoas têm que tentar manter uma parceria, de tal maneira que a bola não caia. Então, não é um jogo de um contra o outro, e sim é um tipo de esporte em que, se o outro se sai bem, eu também me saio bem. Sendo assim, existe uma cooperação, existe uma torcida mútua para que cada um seja capaz de exercer sua função. E concluo dizendo que “jogos” nunca são bem-vindos e devem até ser sempre evitados.

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