sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

CAPÍTULO I: Sindrome da falta de tempo - Continuação


Ou: Como não fazer nada significativo o dia inteiro e constatar apalermado que já está na hora do “Jô Onze e Meia”.

Continuação:


Bem, voltando a nós: em que fase da Lua estamos? Olhou pro céu, não viu estrelas? Cidade grande não tem céu, e Lua cheia a gente vê é em telões e de preferência na novela rural da Globo. Dá um ibope!
- Psil, cala a boca Madureira, que estou assistindo à novela e não tenho tempo de escutar suas lamentações desse tal programa de Qualidade Total!
- Quem é esse barbudo que está usando meu micro?
- Seu filho mais velho, Madureira, o Jr., que já produz testosterona e tem 17 anos!
- Filho, como você cresceu! E eu nem tinha reparado.
Vale então um lembrete da Física Quântica: tempo é uma criação psicológica dos seres humanos. Uma ilusão cartesiana. Atenção, sofredor antecipatório (prisioneiro do futuro): alguma vez, o que você fantasiou ou projetou realmente aconteceu tal qual sua imaginação arquitetou? Não, né, e ai bate uma frustração hein? Ou então, angustiado e deprimido (prisioneiro do passado), vivendo culpas e erros pretéritos: reparou na beleza dos ipês em setembro e como a vida é vibrar com o momento? Desapegue assimile o que não tem jeito de mudar, tente entender que não adianta caminhar de costas na vida. Vire e descubra que a luz, o horizonte, estão à frente.
Última pergunta: o que você fez há 23 dias atrás? Não lembrou? Cuidado: toda memória depende do afeto (alegria, tristeza, raiva, entusiasmo, etc.). Se você anda se esquecendo desse período de 24 horas inteirinho, é mau prognóstico: está aumentando o número de portadores da doença de Alzheimer – demência senil precoce ( onde coloquei as chaves do carro? O quê? Ele já foi vendido o mês passado para pagar o cartão de crédito? Ah, bom!). Esquecimento é sinal de pouco prazer ou estar sempre preocupado com o futuro.
Para combater essa síndrome, leia o capítulo final – não, não! Nada de pular os outros capítulos. Ou então você não entendeu nada do que foi exposto. E, aliás, a Marginal está entupida e a chuva não vai passar, dá pra ler tudo a caminho de casa.
Hã? Não deu para chegar em casa? O trânsito está péssimo e a Marginal inundada? Está tentando pegar o balão para retornar ao trabalho? Bom, acho melhor então fazer a barba e escovar os dentes, antes de reiniciar a leitura: - o dever te chama! Ainda bem que seu carro já está equipado com um “minilar”, afinal o ir e vir no trânsito que já não anda me lembra novamente meu avô Aquino, que nos idos de 1964, olhando uma rua no centro da cidade, fez mais uma de suas sábias observações: “A rua não aumenta de tamanho, cada vez constroem mais carros, as pessoas vão depender mais e mais deles, pois vão morar cada vez mais longe, e na hora do início ou fim do trabalho, todos juntos, não vai caber não! Eu a pé, serei mais rápido que vocês no carro!” Nós, eu e meus primos, rimos muito da “loucura do vovô”. Três décadas depois, fim do século e no meio desse trânsito maluco, que nos rouba o bom humor, o precioso tempo (perdido em tantas bobagens) já anda matando pessoas com brigas no trânsito; sou obrigado a dar as mãos à palmatória: vovô Aquino era uma “máquina de sabedoria” – dessas que nunca vão inventar, a não ser Ele – o nosso Pai!

P.S.: Faça contato pelo blog www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e também no Twitter: www.twitter.com/eduardoaaquino.Aos que quiserem ser .... parceiros, peço que leiam meu livro: Bem Vindo a Vida, lançado pela Editora Sextante, sublinhando conceitos que julgarem relevantes. Este é o livro básico que em forma de romance, apresento minha visão do mundo.Pode se encontrado nas melhores livrarias, e também ser obtido via internet (submarino.com, americanas.com, leitura.com, etc..).

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