domingo, 14 de fevereiro de 2010

TIMIDEZ AFETIVA E SOCIAL (Capítulo do livro V) Item importante no dia-a-dia escolar


Na verdade, nós profissionais do comportamento humano, médicos em geral – principalmente o psiquiatra – psicólogos, pedagogos, professores, neurocientistas, pesquisadores, sociólogos, religiosos, podemos perceber uma coisa estranha: quanto mais os jovens e também os adultos têm-se tornado tecnofílicos (viciados em eletrônicos, TV, computador, vídeo games, internet, aparelhos de som, e outros), maior a dificuldade de comunicação entre as pessoas. Em casa, nas relações pais e filhos, marido e mulher, irmão e irmã, no trabalho, na escola, em ambientes sociais. Com isso surgem outros fenômenos, como o aumento do uso de bebidas, cigarro, drogas que vêm sendo usadas para “ficar numa boa”, socializar ou dar coragem de enfrentar a vergonha, o medo, a ansiedade, a angústia. Só que são alternativas desastrosas e podem levar á dependência, ao vício e a uma série de problemas físicos e psicológicos.

Outro fenômeno é do “namoro virtual”, em que as pessoas são superdesinibidas e audaciosas nas paqueras via internet, mas morrem de medo de se encontrar na vida real, ou perdem a graça quando esse encontro acontece. Não conseguem dar continuidade á relação: enjoam rápido, o diálogo esfria e a timidez afetiva vem á tona.

E há ainda o falar no celular. Duas pessoas são capazes de conversar por horas e horas usando o aparelhinho, mas, quando se encontram pessoalmente, falta assunto e a conversa, apenas em monossílabos, morre em poucos segundos.

Como explicar esses fenômenos? É um paradoxo. Quanto mais os meios de comunicação evoluem, menos as pessoas conseguem expressar a verdade de seus pensamentos, sentimentos e desejos. Ao invés da naturalidade e espontaneidade nas relações afetivas, do “olho no olho”, vemos mais é a relação fria, olho no vídeo, ou na tela, ou boca no telefone.

Na verdade, existem timidez e dificuldade de comunicação entre as pessoas desde a pré-história. O outro – namorado, cônjuge, amigo, irmão, colega de trabalho ou desconhecido – sempre significou um grande problema para mim – eu, você educador, ou qualquer um de nós, seres humanos. É que fazemos parte de uma espécie inteligente, mas por enquanto muito complicada – pois espero que daqui a milhares de anos possamos melhorar nosso comportamento e o grau de respeito ao nosso semelhante.

Mas, hoje, ainda morremos de medo de falar, dar opinião, errar, receber crítica, ser mal compreendido, ridicularizado, punido. Sofrer gozação, rejeição, ferir ou incomodar o outro com a nossa opinião. Enfim, temos medo do confronto, da reação do interlocutor! Cria-se o conflito mental: “falo, não falo”, “minto, não minto”, vai compreender, não vai compreender” e por aí afora. Outras vezes, jogamos xadrez psicológico. “Eu acho que ele acha que eu estou achando que ele...”. Ufa! Que Odisséia! Ô guerra inglória! Todo mundo infeliz, ora engolindo, ora vomitando sapo. E sinceridade, afeto que é bom, nada!


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