ou: Como finalmente se libertar do emprego, do chefe, dos horários e se escravizar pela TV, Jornais, filas no banco ...
Qüinqüênios, férias prêmio, 10 programas de qualidade total, 3 períodos de reengenharia, 1 privatização, 1 estatização, 8 presidentes, 6 governadores, e, enfim, faltam 2 dias para aposentar! Chega! 30 anos depois, uma considerável barriga, carequinha franciscana, cabelos brancos, apesar do Grecim 2000, 3 filhos, 8 netos, 2 casamentos...
A festa foi linda, bolo, guaraná, relógio de ouro. Enfim, livre com direito a retirar FGTS e todo o fundo de pensão. Já não existe compromisso de horário, dorme a hora que quer, levanta cada vez mais tarde, assiste a uma média de 8 horas de TV a cabo por dia, lê 4 jornais, implica com a empregada que ligou o aspirador em plena madrugada (9:30 da manhã!), almoça vezes por dia, belisca o dia inteiro, confere o extrato bancário em nível de centavos, grita que não é a casa da moeda, cada vez que a conta telefônica chega e os impulsos telefônicos aumentaram. Já está até controlando as luzes para diminuir a conta e já faz contas para ver se vale a pena implantar aquecimento solar. Os netos ... ai,ai,ai, os “Duracell” dos netos, que não param um segundo de gritar na casa do vô. Eta pilha, sô!
O pijama, a preguiça ... que vidão! Que vidão?
Pois é, já está freqüentando fila do INPS só pra conversar com alguém e falar mal do governo. Três vezes por semana, saudoso, visita a seção e percebe que o humor dos ex-colegas é cada vez pior.
Sair à noite? Nem pensar. Á tarde já está perigoso: nas grandes cidades até parece que pivete tem informante no INSS, pois são especialistas em “pungar” bolsa de aposentado. Além do mais, não perde a novela das seis, jornal das sete, novela das oito, jornal das dez ...
Acompanha até hóquei sobre gelo, campeonato dente-de-leite e programa da Hebe!
Meu Deus! 3 dias sem fazer barba. A mulher se matriculou na Universidade da Terceira Idade, só pra não se encontrar com tanta implicância e mau humor!
Vidão hein? Sonhou tanto ... Ia fazer e acontecer.
Ei, psiu! Responda ai, se for capaz: após 250.000 anos de sociedade humana razoavelmente organizada, há quanto tempo surgiu a tal da aposentadoria?
Ou ainda: no início deste século, havia 3 trabalhadores para cada aposentado. Hoje, em determinados países europeus, já está na base de 1 pra 1; E daqui a vinte anos ...?
Cadê a sabedoria acumulada, a riqueza existencial, a competência erguida anos após anos? Ai na frente da TV, conferindo poeira nos móveis, fiscal de empregada doméstica, fazendo fezinha no “bicho” (ou na loto, que dá no mesmo).
Sai dessa, amigo! (e não toma Skol não).
Falar nisso, que tal um joguinho de damas?
Será que a instituição da aposentadoria foi uma conquista do trabalhador? Qual a dignidade, o valor, o respeito que nesse nosso mundo ocidental – materialista, competitivo, capitalista – foi dado ao idoso, ou àquele que durante décadas acumulou experiência, sabedoria em sua atividade?
Não, assim não é possível! O aposentado virou lixo, peso para a previdência, problema na mão dos médicos, assistentes sociais, políticos, etc.. Não se sustenta nem no financeiro, nem na dignidade, nem no próprio contexto familiar e social. Virou sinônimo de problema, doença, gasto social e familiar. Chega!
Vamos libertar esses “excluídos de grandes centros” prisioneiros da tecnologia, habitantes das “solitárias” em que se transformaram os habitáculos (apartamentos, favelas) dessas frias metrópoles, sobreviventes de assaltos de pivetes, assaltos de governantes, de INSS, de filhos sempre ocupados, de TVs, filas intermináveis, sistemas de saúde falidos, etc..
E como era antes? Antes, os jovens eram treinados para ser guerreiros e caçadores, enfrentar riscos, ser ágeis, rápidos. Depois viravam adultos, defendiam as tribos, inventavam armas, trabalhavam na agricultura. Finalmente, quando idosos, eram valorizados como conselheiros e sábios e, de forma respeitosa, passavam suas experiências de guerreiros, xamãs e grandes agricultores.
É, que pena aposentar-se do mundo, da vida, das mudanças, dos desafios. Quer voltar a viver? Saia dessa selva de problemas modernos e urbanos, siga as dicas no final.
Qüinqüênios, férias prêmio, 10 programas de qualidade total, 3 períodos de reengenharia, 1 privatização, 1 estatização, 8 presidentes, 6 governadores, e, enfim, faltam 2 dias para aposentar! Chega! 30 anos depois, uma considerável barriga, carequinha franciscana, cabelos brancos, apesar do Grecim 2000, 3 filhos, 8 netos, 2 casamentos...
A festa foi linda, bolo, guaraná, relógio de ouro. Enfim, livre com direito a retirar FGTS e todo o fundo de pensão. Já não existe compromisso de horário, dorme a hora que quer, levanta cada vez mais tarde, assiste a uma média de 8 horas de TV a cabo por dia, lê 4 jornais, implica com a empregada que ligou o aspirador em plena madrugada (9:30 da manhã!), almoça vezes por dia, belisca o dia inteiro, confere o extrato bancário em nível de centavos, grita que não é a casa da moeda, cada vez que a conta telefônica chega e os impulsos telefônicos aumentaram. Já está até controlando as luzes para diminuir a conta e já faz contas para ver se vale a pena implantar aquecimento solar. Os netos ... ai,ai,ai, os “Duracell” dos netos, que não param um segundo de gritar na casa do vô. Eta pilha, sô!
O pijama, a preguiça ... que vidão! Que vidão?
Pois é, já está freqüentando fila do INPS só pra conversar com alguém e falar mal do governo. Três vezes por semana, saudoso, visita a seção e percebe que o humor dos ex-colegas é cada vez pior.
Sair à noite? Nem pensar. Á tarde já está perigoso: nas grandes cidades até parece que pivete tem informante no INSS, pois são especialistas em “pungar” bolsa de aposentado. Além do mais, não perde a novela das seis, jornal das sete, novela das oito, jornal das dez ...
Acompanha até hóquei sobre gelo, campeonato dente-de-leite e programa da Hebe!
Meu Deus! 3 dias sem fazer barba. A mulher se matriculou na Universidade da Terceira Idade, só pra não se encontrar com tanta implicância e mau humor!
Vidão hein? Sonhou tanto ... Ia fazer e acontecer.
Ei, psiu! Responda ai, se for capaz: após 250.000 anos de sociedade humana razoavelmente organizada, há quanto tempo surgiu a tal da aposentadoria?
Ou ainda: no início deste século, havia 3 trabalhadores para cada aposentado. Hoje, em determinados países europeus, já está na base de 1 pra 1; E daqui a vinte anos ...?
Cadê a sabedoria acumulada, a riqueza existencial, a competência erguida anos após anos? Ai na frente da TV, conferindo poeira nos móveis, fiscal de empregada doméstica, fazendo fezinha no “bicho” (ou na loto, que dá no mesmo).
Sai dessa, amigo! (e não toma Skol não).
Falar nisso, que tal um joguinho de damas?
Será que a instituição da aposentadoria foi uma conquista do trabalhador? Qual a dignidade, o valor, o respeito que nesse nosso mundo ocidental – materialista, competitivo, capitalista – foi dado ao idoso, ou àquele que durante décadas acumulou experiência, sabedoria em sua atividade?
Não, assim não é possível! O aposentado virou lixo, peso para a previdência, problema na mão dos médicos, assistentes sociais, políticos, etc.. Não se sustenta nem no financeiro, nem na dignidade, nem no próprio contexto familiar e social. Virou sinônimo de problema, doença, gasto social e familiar. Chega!
Vamos libertar esses “excluídos de grandes centros” prisioneiros da tecnologia, habitantes das “solitárias” em que se transformaram os habitáculos (apartamentos, favelas) dessas frias metrópoles, sobreviventes de assaltos de pivetes, assaltos de governantes, de INSS, de filhos sempre ocupados, de TVs, filas intermináveis, sistemas de saúde falidos, etc..
E como era antes? Antes, os jovens eram treinados para ser guerreiros e caçadores, enfrentar riscos, ser ágeis, rápidos. Depois viravam adultos, defendiam as tribos, inventavam armas, trabalhavam na agricultura. Finalmente, quando idosos, eram valorizados como conselheiros e sábios e, de forma respeitosa, passavam suas experiências de guerreiros, xamãs e grandes agricultores.
É, que pena aposentar-se do mundo, da vida, das mudanças, dos desafios. Quer voltar a viver? Saia dessa selva de problemas modernos e urbanos, siga as dicas no final.
Livro Eduardo Aquino: PEQUENO MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA NA SELVA DAS GRANDES e também médias e pequenas CIDADES (4ª edição – Belo Horizonte/2000).
P.S.: Faça contato pelo blog www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e também no Twitter: www.twitter.com/eduardoaaquino.Aos que quiserem ser .... parceiros, peço que leiam meu livro: Bem Vindo a Vida, lançado pela Editora Sextante, sublinhando conceitos que julgarem relevantes. Este é o livro básico que em forma de romance, apresento minha visão do mundo.Pode se encontrado nas melhores livrarias, e também ser obtido via internet (submarino.com, americanas.com, leitura.com, etc..).
P.S.: Faça contato pelo blog www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e também no Twitter: www.twitter.com/eduardoaaquino.Aos que quiserem ser .... parceiros, peço que leiam meu livro: Bem Vindo a Vida, lançado pela Editora Sextante, sublinhando conceitos que julgarem relevantes. Este é o livro básico que em forma de romance, apresento minha visão do mundo.Pode se encontrado nas melhores livrarias, e também ser obtido via internet (submarino.com, americanas.com, leitura.com, etc..).
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