sábado, 20 de fevereiro de 2010

CAPITULO II: SINDROME DO ZUMBI




OU: Como trocar o dia pela noite, rodar na madrugada e voltar sozinho pra casa, de porre, amarrotado, assaltado, e achar que isso é ser “bom vivant”.

Grandes cidades, grandes programas, vida noturna agitada, neon, louras, vamos a tudo quanto é teatro, cinema, boate, danceteria (pois à noite não só os gatos são pardos, como toda mulher é loura, vamp e ajeitada – pelo menos depois do 2º uísque ou 3º cheirada).
Depois que a Globo glamourizou as cidades aumentaram as favelas e os migrantes: afinal nas grandes cidades tudo é rico, chique, perfumado (sob os vidros e liga o ar), sexual e fácil. Parece até que no dia seguinte ninguém trabalha. Só sexo, droga e rock-and-roll.
Pois bem, notívagos e viciados na noite (cuidado com o termo viciado, pois pode ter um sentido lato ou relativo, e eu não posso ser injusto). Existe uma segunda tribo: os notívagos encavernados, com comida japonesa a domicilio. Jô Onze e Meia (em geral meia-noite e meia), TV a cabo no HBO ou x-rated e aquela cervejinha amiga.
Caros zumbis, nós, os chatos dos neurocientistas, estudamos uma área bonita da atuação do cérebro: cronobiologia, ou seja, a relação do tempo e do cérebro, as relações sono-virgilia, esses detalhes da natureza, que a gente cisma em contrariar. Depois vem a conta apresentada por Deus!
Mas as dicas de sono, só no final, ou sua leitura terminaria aqui.
- Ô, veja por onde anda” Não suporto esses atletas de madrugada. Ô crente, vai fazer Cooper as 5 da manhã lá no Japão, porra!” Tem gente que não se emenda, vê se isso é hora de acordar! Aposto que toma gatorate, come sucrilhos, toma banho frio e é vegetariano. Tem pai que é cego!
- Ô bem, pára de implicar com os outros, afinal foi você quem apagou em pleno calçadão.
- Bem??? Quem é você?
- José Arlindo, mas pode
me chamar de “Lolita”, não se lembra? Tivemos um “Love” essa noite.
OBS.: “Lolita” era do tipo louro, vamp – como já dissemos ao Sr. Bon vivant, à noite todos os gatos são pardos!
Tem gente que é bêbado, burro e pueril! Falar nisso, o que é aproveitar bem a vida e a noite, heim?
Pois talvez não nos tenhamos dado conta de que, há duzentos e cinqüenta mil anos, nós mamíferos superiores seguíamos instintivamente, como todo animal, as leis da Natureza, e assim tínhamos regras bem simples: luz estimula vigília (estar acordado) e escuridão estimula sono. Há 5 ou 6 décadas, com o advento da luz elétrica, do rádio, da televisão, do micro, da urbanização das grandes cidades, do neon, das bebidas e das drogas, do sexo fácil e descartável, enfim do “mundo dos homens” (artificial e enganoso), perdemos as relações sono-virgilia e passamos a contrariar as leis divinas na hora de dormir, olha nós no “maior embalo” e, na hora de acordar, estamos no “2º sono” e/ou na hora de almoçar, e nessa inversão luz/escuridão lá vem:
• “A insônia, ou os diversos distúrbios de sono (apnéia noturna, bruxismo, hipersonia, pavor noturno, sonambulismo, etc.) já atingem quase 60% das pessoas em grandes centros.
• As síndromes depressivo-ansiosas (fobias, pânicos, depressão maior, distimias, ansiedades generalizadas, transtornos obsessivo-compulsivo, etc.) se tornaram epidêmicas e já atingem crianças, adolescentes, adultos, idosos, numa proporção de 2 para 1.
Ah, que saudade das cadeiras para fora, dos saraus, do convívio terno das famílias, vizinhos e amigos, do luar, do dia nascendo: “Deus ajuda a quem cedo madruga”. Ta certo, me chama de “babaca”, mas Deus um dia traz a conta dessas noites mal dormidas! “Que tal um stress, uma deprê, ou uma esclerose? Ta servido?!”



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