Reprodução da Coluna Eduardo Aquino do Jornal Super Notícia do Dia 21/02/2010.
A cada geração cresce de forma assustadora o número de jovens ( de todas as idades) com uma das MAIORES PRAGAS DA ERA DO CONSUMISMO, DA BUSCA DA APARÊNCIA PERFEITA (irreal pois depois do photoshop, nossos ídolos, atrizes, pessoas públicas são “corrigidas” pelos recursos da informática), de relacionamentos rápidos, descartáveis, frutos de baladas onde álcool e drogas transformam qualquer SAPO em PRÍNCIPE NOTURNO e no dia seguinte as ressacas físicas, morais e “esquecimentos (ou black-out de bebidas/drogas): ESTAMOS FALANDO DA BAIXA AUTOESTIMA!!!
Vamos entendê-la?! Querem radiografá-la ou dissecá-la?! Ai vai: Tudo começa quando numa fase precoce (após 1 ano) até os 5 – 6 anos, quando vai se estruturando um início de auto retrato: a maneira como começamos a nos ver, tanto física quanto emocionalmente. Se não houver um ambiente familiar saudável, onde haja afetividade, reforço positivo “como meu filhão é lindo, como é inteligente” “Parabéns filhão conseguiu fazer o que pedi” “Que filho maravilhoso eu tenho além de trabalhar as relações entre irmãos valorizando características próprias (principalmente quando um dos irmãos é extrovertido “popular” e o outro mais “apagado e tímido). Atenção ainda com os “bulliyngs” os apelidos agressivos escolares ou tentativas de “desmoralizar” frente a turma.
O certo é que esse meio ambiente, quando não ajuda, somado a tendências familiares ou pais que denigrem reforçam os defeitos e punem de forma errada a timidez, as dificuldades de relacionamento: “Menino burro, tapado” “Vira gente”, “come mesmo, fica gordo feio, ninguém vai te querer”, tudo isso somado a pré adolescência e adolescência, onde as mudanças hormonais, as espinhas, traços faciais que se tornam mais grosseiros, uma gordurinha nas meninas por causa da menstruação, enfim exatamente na fase NATURAL de deixar de ser aquele menino(a) bonitinho e vira um “gigante” “ou “nanico” ser cheio de complexos, medos, inseguranças em busca de um tumultuado início da sexualidade (beijo, “sarros”, e até infelizmente sexualidade precoce). PRONTO! ESTÁ CRIADA A DISTORÇÃO DA IMAGEM PRÓPRIA!!! Ou “espelho de circo”: não interessa o que familiares, amigos, paqueras possam dizer sobre a beleza, o charme, a inteligência, e o potencial fantástico do portador de BAIXA AUTOESTIMA!!! Se o mundo o vê por espelho real e plano, ele se vê pelo distorcido “espelho de circo” que deforma a imagem de qualquer um: a pessoa “se vê “(o que chamamos de perda de juízo crítico de realidade, às vezes com “delírio de auto imagem”) “burra, feia, desajeitada, ridícula, um zero a esquerda!!! .“ E não adianta ninguém “de fora” tentar mostrar a realidade óbvia: a pessoa é bonita de corpo, rosto, e charmosa, capacitada. Na baixa autoestima, vale o que ele (a) vê “só defeitos e imperfeições”. Dependendo da intensidade da baixa autoestima, que levam a timidez social grave, isolamento, depressão, pensamentos de inadequação, vontade de morrer, odiar-se, e outros comportamentos antissociais, altamente limitadores de vida pessoal, familiar afetiva e profissional, essa pessoa necessita tratamento medicamentoso, pois seu sistema de emoções e estresse (Sistema Límbico) já não funciona bem. Há déficit de humor e ansiedade “paralisantes”!
Uma terapia cognitiva-comportamental é de imprescindível valor associado ao tratamento médico. Mas ai entra algo ESSENCIAL E RARISSIMAMENTE VISTO DE FORMA CORRETA: A BAIXA AUTOESTIMA É ANTES DE MAIS NADA, A NÃO UTILIZAÇÃO DA MAIS PODEROSA DAS TRÊS ENERGIAS QUE MANTÊM A VIDA HUMANA (as outras duas são: 1 - a vitalidade – a energia física que nos da ânimo e capacidade física de agir e 2 - PSÍQUICA: a que nos permite usar as três funções mentais: pensar, sentir, agir. Essa ENERGIA É DIVINA, inerente a todo SER HUMANO (mesmo os que nunca a usaram ou a desconhecem): FÉ! E pela enésima vez afirmo, Fé não é sinônimo de religiosidade! Religiões existem para – cada qual com seus métodos, ritos, interpretação de Deus - tentar despertar nas pessoas essa energia que só é possível ser extraída “de dentro para fora” Baixa autoestima é o EXEMPLO MAIS FLAGANTE DE ALGUÉM SEM FÉ EM SI MESMO!!! Como então confiar nos outros?!?!
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