segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

CAPITULO III: SÍNDROME DO “QUE DEUS ME AJUDE E PERNAS PRA QUE TE QUERO”


Ou: A violência urbana: quem é quem nessa selva? O fim da segurança pessoal e coletiva.

Feliz é você, leitor, chegou até aqui. Muitos foram abatidos no caminho. Balas perdidas, seqüestro, violência no trânsito, atropelamento, assalto, policia que erra o alvo ... Ufa! Andar à noite, pra ver lua cheia? Passear com o filho em estádio de futebol?Parar no sinal com vidro aberto? Essas coisinhas simples, liberdades básicas, nem pensar! Nessa selva das grandes cidades, o treinamento começa cedo: “Olha os pivetes” , não vai com relógio”, “tira o tênis importado”, “não usa mochila”, “não aceita bala nem bombom”.
- Ô mãe, que tal não ir à aula, hein?
É... Tudo hoje é medo, insegurança, ansiedade, gerando pânico, agressividade, desconfiança. Que stress! Ficar em casa? Cuidado: os assaltos às residências triplicaram. Ir para apartamento, o assalto é coletivo. Chamar a polícia, olha o prejuízo! Colocar segurança, cuidado com seqüestro! Se ficar o bandido pega, se correr o bandido come!
- Mãe, hoje fugi de 8 pivetes na saída do colégio.
- Eles te ameaçaram?
- Não, mas eram pretos, pobres e malvestidos.
- Que isso, filho, eram apenas pessoas humildes, assim você se estressa à toa!
No dia seguinte:
- Que isso, filho, ta todo arranhado, sem roupa, meu Deus o que aconteceu?
- Pessoas humildes me assaltaram, mas não se preocupe, mãe, nem me estressei!
Aonde vimos parar? Acabou a linha divisória entre certo e errado, bom e mau, lei e marginalidade. Vivemos um faroeste moderno ... todo mundo armado, xerifes, bandidos, bancos assaltados, sirenes estressando as ruas, balas cruzando os céus, drogas no lugar do uísque. E nós, pobres mortais? Em busca de heróis, paladinos, justiceiros e, se possível, a mocinha no final desse filme, ou do mocinho para elas, é claro.
E o que fazemos no meio desse “fogo cruzado”? Assistimos impassíveis às chacinas no Rio, à tragédia do Carandiru, gente decapitada, tudo mostrado em cores no Jornal Nacional. E entre bocejos e indiferença, aguardamos a novela rural das oito e nos injuriamos com o mau caráter que persegue o Antonio Fagundes.
Sim, amigos, banalizamos a violência e somos também agressivos: no trânsito, no trabalho, no convívio familiar e social, principalmente quando aparece bebida, droga e promiscuidade sexual. Ai, adeus bom senso e paz!
Infelizmente, a agressividade, a incompreensão, o ódio, a raiva se tornaram linguagem comum em nossas relações diárias. Fruto de quê? Insatisfação, injustiças sociais, frustrações, desemprego, indiferença, excesso de individualidade em detrimento da solidariedade e espírito comunitário. Excesso de estímulos negativos (TVs., filmes de violência, games, precário ambiente familiar, favelização). Este é o preço de morar em grandes centros.
Cadê a fé, o amor, a justiça, a distribuição correta dos meios de sobrevivência, elementos essenciais na reversão desse quadro?
Somos vítimas de nós mesmos?
Soluções: seguir à risca as dicas no final do livro e, principalmente, rezar!


P.S.: Faça contato pelo blog www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e também no Twitter: www.twitter.com/eduardoaaquino.Aos que quiserem ser .... parceiros, peço que leiam meu livro: Bem Vindo a Vida, lançado pela Editora Sextante, sublinhando conceitos que julgarem relevantes. Este é o livro básico que em forma de romance, apresento minha visão do mundo.Pode se encontrado nas melhores livrarias, e também ser obtido via internet (submarino.com, americanas.com, leitura.com, etc..).

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