Todo mamífero é possuidor de um sistema cerebral organizador das emoções, chamado Sistema Límbico. Ao contrário do que se pensa, o ciúme é um padrão comportamental que antecede à existência humana. Já se observa nas interrelações de sociedade de primatas, por exemplo, características comportamentais como esquiva, desconfiança, disputa de fêmeas e de liderança de grupo, etc..
O ciúme é, pois uma característica inerente a todos nós e tem muito a ver com a necessidade de busca de domínio, estabelecimento de propriedade, necessidade de segurança, de posse, de garantir uma conquista (não só de pessoas, mas também de objetos).
O GRAU DE CIÚME varia de pessoa para pessoa e vai desde alguém absolutamente desapegado, amadurecido e seguro, pouquíssimo ciumento, até outro extremo que é o ciumento doentio ou patológico, que apresenta delírios de ciúme e alteração do juízo crítico da realidade. Estas pessoas precisam de tratamento médico e psicológico, pois são capazes de cometer atos violentos e até fatais. Esse tipo de nuance do ciúme é muito comum entre quem bebe excessivamente ou pessoas muito obsessivas, autoritárias, desconfiadas, inseguras, dominadoras. Entre esses extremos, existem variados graus que dependem de fatores como tipo de personalidade, maturidade, ambiente familiar e social, cultural e religioso, uso de bebidas e drogas, etc..
Nas paixões – sentimentos exacerbados, tumultuados, intensos - o ciúme é inevitável, pois há muita insegurança, necessidade de controle e posse. No amor – uma fase de maior maturidade e respeito mútuo – o ciúme quase não interfere.
Uma dica importante aos apaixonados inseguros: nunca estabeleça jogos de ciúmes, que são provocações, fantasias, relatos de paqueras, etc.. Esses jogos são mortais e fazem do namoro e/ou casamento um inferno de desconfianças, checagens, cobranças, dor na alma, vício um do outro e baixo nível de prazer e alegria.
Por outro lado, uma “pitadinha” de ciúme, bem que tempera o amor!
Outra observação: no mundo atual, mais liberal, cheio de trocas, separações e descompromissos, houve um aumento da insegurança, da vontade de experimentar tudo. As pessoas têm grande dificuldade de escolher, assim o ciúme virou epidemia. A escolha exige maturidade de renunciar ao resto dos estímulos.
O homem tende a ser mais ciumento, pois culturalmente é machista e tem necessidade de poder e domínio, mas no fundo são mais inseguros. Atualmente as mulheres “foram à luta” e houve uma equiparação da tendência ao ciúme.
Perfil 1:
É possessivo, detalhista, sofre por antecipação, exclusivista, apegado, materialista, autoritário, controlador, egocêntrico, imaturo, inseguro de si mesmo. É “grilado”, com tendência a conferir tudo e a distorcer os fatos. Está sempre ameaçando e se sentindo ameaçado.
Perfil 2:
Mais maduro, consegue ser mais compreensivo, mas tem um pé atrás, é mais racional, controlado, mas quando ameaçado “perde a classe” e se delata para defender o “território”. É do tipo intelectual, respeitador, mas tenso.
Perfil 3:
Mais “zen”, desapegado, artista, gosta de solidão. Muitas vezes pode ser infiel e não cobra fidelidade alheia. Sabe se frustrar e não precisa tomar posse. Tem uma extensa experiência afetiva e aprendeu que “ninguém é de ninguém”. Curte o presente até que o encanto acabe.
Perfil 4:
Indiferente, dissimulado e sofre para dentro, “engolindo sapo” e se matando. Ou é apenas alguém que simplesmente não gosta e, portanto, não sente ciúme. Fica por ficar ou por acomodação.
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