sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Alerta aos pais e professores: Punir é essencial para quem precisa educar!


Apesar de todas as polêmicas e opiniões conflitantes, a própria natureza e o estudo do comportamento comprovam: A punição estabelece limites, impõe regras, e é fundamental no processo de socializar e educar! Mas punir não significa bater, espancar, provocar dor. Muito antes pelo contrário: A melhor forma para punir ou impor um castigo é RETIRAR O PRAZER! Por exemplo: se eu tenho um filho que não obedeceu às regras combinadas (e não se esqueça: temos que estabelecer normas, leis e regras de convívio seja em casa, na rua ou na escola, num momento de tranqüilidade, em reunião familiar ou em conversas prévias), tirou um nota ruim ou no irmão cabe a mim saber que esse filho adora internet ou jogo de futebol na TV, e assim saber que o melhor castigo é retirar esse prazer, uma semana sem TV ou Computador! Não sinta dó, nem diminua o tempo, pois, se agimos assim perdemos nossa credibilidade e MORAL na próxima vez.

Um exemplo fantástico da natureza:
Para avaliar a importância do adulto, como referencia para as crianças, adolescentes e jovens, vamos dar um exemplo extraído da própria natureza. Num parque de preservação de elefantes na África do Sul, começou a ter excesso de animais já que foi proibida a caça de elefantes e o homem é o maior predador deles. Como a população cresceu muito, foi indicado que algumas centenas de elefantes fossem transferidos para outro parque mais ao norte daquele país. Por uma questão prática, escolheram os elefantes mais leves “pré-adolescentes e adolescentes” para facilitar o transporte. Só que passado uns dois anos um grave problema aconteceu no parque onde os elefantinhos foram levados.Em bandos eles começaram a destruir plantações, matar outros animais, sendo que eles são herbívoros – se alimentam de plantas – e a agressividade não tinha nenhum sentido. “Viraram elefantes marginais”. Quando os biólogos foram estudar esse comportamento anormal, ficou constatado: Os elefantes adultos punem e castigam os mais jovens toda vez que eles “aprontam”.Como eles foram separados dos adultos, cresceram sem limites e assumiram um padrão agressivo. Não houve jeito, aquele grupo acabou sendo sacrificado, pois já não respeitavam os mais velhos, cada vez tinham comportamentos mais agressivos.



A importância do elogio, a necessidade de punição:
Tudo na natureza depende do conteúdo e da forma. Gritos, ofensas, ameaças não são formas corretas para educar alguém. Uma grande dica é sempre buscar um elogio, um reforço positivo antes de censurar, criticar ou impor uma punição. Quer um exemplo: “O filhão você é inteligente, carinhoso, amigo, mas não está estudando bem e sua nota em História foi ruim, portanto, não quero você no computador até recuperar a nota”. Você sabe que não gosto de fazer isso, mas toda vez que você falhar, não se empenhar vou cortar alguma atividade que você goste e sei que você pode melhorar”. Para ficar mais fácil, lembre da Regra do PNP – fale do positivo, depois do negativo e então projete um futuro positivo à frente.

Lei do Merecimento: assim acontece na vida
Para se educar, não pode haver nenhum tipo de jogo de relacionamento: culpa, pena, dó, chantagem emocional, medo, opressão. A vida é muito clara: mereceu, tem; não mereceu, deixa de ter! Assim será no trabalho, na vida adulta, na sociedade, em família. Por isso nós pais e educadores temos que ser firmes, coerentes, impor regras e lembrar: punir é um ato de AMOR que lá no futuro, nossos filhos e alunos irão agradecer e compreender.

A falta de limite e respeito dos jovens atuais:
- Uma pedagoga usou uma frase que nunca esqueci “Somos de uma época que comíamos pescoço e pé de frango, para deixar coxa e peito para os pais e os mais velhos. Infelizmente continuamos a comer pescoço e pé de frango para deixar a coxa e o peito para nossos filhos”. Somos nós que estamos errados! Temos sido educadores muito “frouxos”, permissivos, sem tempo ou acomodados com os jovens cada vez mais egoístas, exigentes, insatisfeitos e, principalmente sem respeito aos meus velhos. É hora de mudar, assumir nosso papel de educar, estabelecer limite, exigir respeito e enquadrar essa geração que ficou muito dependente das telas de TV, computador, celular. Evidentemente que existem ótimos filhos e alunos, mas na média, estamos com grande dificuldade de impor nossa autoridade e transferir nossa sabedoria para as novas gerações.

Postura do bom educador:
Ser firme, mas não autoritário, AGIR MAIS do que falar, não ameaçar, impor regras de obrigações, deveres, mas também direitos, não aceitar gritos, palavrões de filhos ou alunos. Saber ouvir e comunicar. Priorizar a educação, abrindo mão de jogos na TV, noticiário, novela. Explicar a punição, estabelecer normas de conduta. Também saber elogiar, brincar e ser divertido com filhos ou alunos; ser admirado e não temido, saber reconhecer seus próprios erros e quando exceder ou for injusto, reconhecer, pedir desculpas e voltar atrás e, principalmente, “Ter prazer em ser pai, mãe ou professor” e viver se perguntando “Será que gostaria de ser filho de mim mesmo ou aluno de mim mesmo”.

Erros mais comuns de Pais e Educadores:
Temer os filhos e alunos, gritar, apelar e aceitar discussão em tom alto, usar palavrões e tolerar que eles xinguem. Entrar em luta corporal, bater muito. Ameaçar e não cumprir, chantagear, demonstrar fraqueza, chorar constantemente diante das aprontações dos jovens, ser indiferente, distante, frio, não participante, ausente, transferir decisões para o outro, bancar o “bonzinho”, desautorizar quem está impondo limites.

Ambiente impróprio para Educar:
Quando pais ou filhos bebem, ficam bêbados, usam drogas. Conflitos físicos entre mãe e pai ou companheiros. Famílias desestruturadas por atos criminosos, agressividade entre irmãos. Em casos extremos, quando a autoridade já foi perdida e o comportamento de filhos, pais, alunos ou professores constituir riscos, busque apoio em Promotoria da Criança e do Adolescente ou Conselho Tutelar que existem exatamente para impor limites e punir casos extremos. Não se acomode, busque resgatar o respeito, a auto-estima, o papel essencial de impor autoridade, assumir o controle da situação.

Reflexão da Semana:
”Na matemática da vida, os maus subtraem, os espertos somam, os bons dividem, mas somente os sábios multiplicam!” Eduardo Aquino (extraído do livro “O que os Jovens gostariam de saber e os adultos têm dificuldade de responder).

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