quarta-feira, 30 de setembro de 2009

VIUVEZ PROFISSIONAL: Quando morre dentro de nós a fé, o ideal, a crença e a motivação em continuar a exercer o trabalho ou a profissão que escolhemos.

O maior sinônimo de dom, talento e vocação que conheço é muito simples: fazer com facilidade, prazer, simplicidade e bem feito a tarefa que a grande maioria dos seus colegas de trabalho fazem com dificuldade, mau-humor, lerdeza e mau-feito! E posso afirmar de cadeira, como medico que estudou (e estuda) o comportamento, a vida, a trajetória de milhares de pessoas que atendi. E o mais grave: somente 1 em cada 3 trabalhadores de qualquer área é vocacionado, tem talento e dom. Isso vale para marceneiro, pintor, mestre-de-obra, jardineiro, cozinheiro, músico, médico, advogado, engenheiro, juiz de direito, jornalista, agricultor, jogador de futebol, professor, padre, pastor e todas as atividades humanas profissionais.

COMPETÊNCIA E TALENTO: FACA DE DOIS GUMES

Quando alguém “bom de serviço” passa num concurso ou é contratado por empresas ou inicia a sua carreira, se defronta com pessoas do seu trabalho, que sendo mais antigas naquele setor, acomodadas, ruins de serviço, começam a boicotá-la, pois se sentem ameaçadas, olhem só, simplesmente porque o novato e competente! Invejas, ciúmes, fofocas e até mesmo mentiras e calúnias são armas dos mais fracos e imaturos, infelizmente esse grupinho é maioria e se opõe a competência do novo talento, ao invés de interagir e aprender com ele, progredir junto, melhorar o desempenho da equipe, gerar resultados. O CAMINHO DE UM TALENTOSO É SEMPRE DIFÍCIL, CHEIO DE OBSTÁCULOS, ARMADILHAS. MAS NINGUÉM CONSEGUIRÁ IMPEDÍ-LO DE SER VITORIOSO, POIS ELE SEMPRE DARÁ RESULTADOS E SUPERARÁ OS DESAFIOS!

QUANDO É CHEGADA A HORA DE PARAR, MUDAR DE ATIVIDADES, BATALHAR NA AREA PROFISSIONAL:

No dia em que acordar num belo dia e sentir que o prazer não o acompanha, você já está funcionando por obrigação e dever, a crença no que faz, está acabando. o estímulo para trabalhar com um sorriso no rosto, baixa disposição para fazer o melhor a cada momento, PARE! ESTÁ CHEGANDO A HORA DE DIZER ADEUS! Tudo bem que existem aqueles que, turbinados pela vaidade, pelo poder, pelo dinheiro ou até o vício que o trabalho possa proporcionar, “morrerão trabalhando”. Serão surdos ás críticas, cegos ás evidências, determinados a enfrentar todas as oposições ao seu sucesso e aquisições.
Lição dos índios: quando jovem, sejam guerreiros, quando adultos, AGRICULTORES, quando a idade avança, sejam SÁBIOS e ensinem a arte de guerrear e plantar.

A DIFÍCIL DECISÃO DE MUDAR, DE PARAR

A tendência humana é ACOMODAR-SE: ruim com ele (emprego, casamento, sócio, enfim, tudo), pior sem ele! Mas mudar é sinônimo não de coragem, mas de EVOLUCAO. SE ESTÁ INSATISFEITO, te restam duas opções básicas na vida: passar a vida inteira reclamando, queixando, lamentando o dia que nasceu ou ter a coragem de mudar! Assuma que “morreu a chama”, que você esta viúvo de si mesmo, dos seus ideais, dos seus sonhos!!! Ou assuma o luto e vista sua alma e mente de preto ou olhe para frente em busca de uma nova vida, um novo AMOR... PRÓPRIO.

COMO FOI DOLOROSO PARA MIM:

Isso se deu comigo. De um estudante de medicina sem condições materiais, mas movido a FÉ, IDEAL, SONHOS, desbravei com coragem os caminhos da medicina e o pior, os seus descaminhos.
Cresci como pessoa, cresci profissionalmente e materialmente, a custa de muito trabalho, fins de semana e feriados na exaustiva mas gratificante arte da medicina. Experimentei de tudo: alegrias, conquistas, decepções, tristezas, alguns insucessos. Mas ajudei bem mais (quase 80%) do que me frustrei e fracassei. Em 2000 tentei parar para me dedicar a projetos na área de educação, saúde, cultura, quase consegui.
Uma separação conjugal, litígio, bloqueio de bens, filhos sob a minha guarda. A vida me trouxe desertos, noites trevosas. Voltei a vida de “guerreiro médico” em 2001. Mas faltava a juventude, o fôlego, onde sobrava a fé e o sofrimento. E o pior... a medicina que sempre vi como arte, vocação, dom, se transforma em indústria, técnica, profissão mercantil, sem humanidade e afeto. Me senti primeiro órfão, depois viúvo, pois não existia mais a minha companheira medicina. Não creio mais nas medicações modernas, na parafernália de exames sofisticados, na sabedoria médica. Parei, tento recomeçar com novos sonhos, por exemplo, o de que SAÚDE É CONSEGUIR TER PAZ-DE-ESPÍRITO, SERENIDADE, e como tal exige novos conceitos, novos valores, domínio dos nossos pensamentos desordenados, preocupações sem sentido, falta de tempo, de afeto, de amor. Com isso, estou tentando usar da PALAVRA (em palestras, na mídia, em livros, projetos sociais) como o “remédio” que possa acalmar corações e mentes, mudar nossa maneira de ver o mundo, enfrentar tempos difíceis, mas resgatar a ESPERANCA, AS RELAÇÕES HUMANAS E CRIAR UM NOVO TEMPO!

CONCLUSÃO:

A vida nos dá e nos tira as ilusões e aquisições. Nunca se euforize nas vitórias nem se desespere nas derrotas. Mas renove seus sonhos, não insista naquilo que não te dê alegria, satisfação, prazer. MUDE, comece do zero, evolua sempre, atravesse os desertos e noites da vida. Não pare e se lastime, continue andando, pois após a noite escura, o dia será pleno e luminoso, após o deserto, surgirá o “jardim irrigado, fontes de águas inesgotáveis” (Isaias 58 9 a 12)

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