O NOSSO “BIG BROTHER” DE TODO DIA:
Fazemos os mesmos jogos, somos heróis e bandidos, buscamos sempre o reconhecimento e as recompensas. Nos unimos e nos e traímos, conforme a necessidade.
E chega janeiro e lá vem o esporte nacional dos próximos 90 dias: olhar, observar, fofocar e comentar o comportamento de um bando de jovens “sarados” e os jogos de relação que surgem num ambiente confinado. Para nós estudiosos do comportamento, nenhuma novidade ou surpresa. Skiner, um dos pioneiros do “Behavionismo” ou psicologia do comportamento e os estudiosos em Etologia - estudo comparado do comportamento dos animais e dos homens - mostram que repetimos padrões de comportamento e relacionamento que surgiram há milhões de anos. Guardem essa coluna e releiam após o anúncio do ganhador em março. Combinado?
PRINCIPAIS JOGOS QUE APARECERÃO NO RELACIONAMENTO DENTRO DA CASA:
Isso vale para bando de macacos, entre cachorros e no dia-a-dia nosso em casa, no trabalho, entre amigos...
1. Busca para se destacar, aparecer: existência em grego significa “ex-sisters” ou emergir, vir á luz. Todos nós queremos ser conhecidos, uns sendo “puxa-sacos”, outro estudioso, outro bagunceiro, outro pelo físico e por aí vai. Inicialmente todos querem se diferenciar e de cara surgem os “modelitos”; o bonzinho, a gostosona, o rebelde, o sedutor, a coitadinha...
2. Os machos-alfa e fêmeas-alfa: Em qualquer agrupamento de animais, espera-se que surja um líder. Isso acontece com aquele se destaca mais e “faz a cabeça do grupo”, ora se impõe pela força física, ora pelo papel de defender os mais fracos. Em geral, são os mais hábeis, mas surgem também até lideres negativos que vão com fofocas, maldades e intrigas, assumindo o comando. Em geral, os lideres verdadeiros (ou chamados alfa), se impõem pelo carisma, pela inteligência ou até força física. Lembram-se do Jean, do Alemão, do Cowboy...? Já as fêmeas têm de ser portentosas; corpo atraente, ágil, busca conquistar o líder e ser protegidas por ele. São invejadas, temidas, geram ciúmes, são odiadas pelas outras fêmeas que fazem complô contra elas.
3. O psiquismo dos homens é diferente do psiquismo das mulheres: eles tendem a se entrosar rapidamente, são imaturos, “uns meninões” de 25 a 35 anos que só querem festa, bebida e pegar as mais bonitas. Fazem uma confraria e se ajudam: “Cara tô afim de pegar a loirinha”, “Se quiser eu dou um toque pra você”, e tudo é festa, até o momento que o líder vai aparecendo e começa a andar mais com as meninas. Aí surgem os machos beta, machos gama (ou seja, inferiores), que começam a se unir para boicotar o macho líder. Começam a surgir as tribos. A maioria se une contra o líder ou “favorito do público”, e a minoria vai bajular ou puxar o saco do “harém” do líder e ver se cai nas graças dele. Está feito o jogo do relacionamento em grupo: ódio-amor, ciúme, bajulação, fingimento, competitividade, mentiras, traições, intrigas, inveja, provocações, coitadismo, entre outros.Quanto ás meninas; “elas dão dois beijinhos na frente e já começam a mostrar as garras, disputar machos alfa, fofocar, morder o calcanhar umas das outras e haja TPM”. Mulheres são mais traiçoeiras, instáveis, hormonais, falam muito, são mais maldosas e inquietas.
E NÓS NO AMBIENTE DE CASA, NO TRABALHO, ENTRE AMIGOS
Não há diferença; todo mundo querendo aparecer, se destacar, ser o preferido dos chefes, dos pais, dos amigos. Cada um faz um “papel”: o gente boa, o CDF, o rebelde, o bonzinho, o coitadinho, o fingido, o ciumento, o autoritário e mandão, o bebum e maconheiro, o baladeiro e “pegador”, a gostosona e sedutora. Sim senhores, os jogos são constantes, pois queremos ser reconhecidos pelo grupo de um jeito ou de outro; se não gosta de estudar, faz o tipo bagunceiro, se não se acha bonita, faz o tipo coitadinha, doentinha, se não tem talento, faz tudo o que o chefe manda. Mas no fundo lembrem-se: todos nós queremos que o outro nos reconheça, queremos aparecer sermos reconhecidos, amados, um colinho, proteção, cafuné de alma, enfim, um lugar ao sol.
SER PARA O OUTRO E NÃO PARA SI MESMO:
Essa é a tristeza! Deixamos de ser o que somos, para querermos assumir um personagem que agrade aos pais, aos chefes, aos amigos, ao marido ou esposa, aos filhos. “Eu acho que ele acha que eu acho...”. Que pena. Deixamos de lado nossa naturalidade de dizer o que pensamos, para tentar imaginar e dizer o que achamos que o outro gostaria que eu dissesse. Deixar de expressar o que sinto para demonstrar o que eu acho que o “outro” gostaria que eu sentisse. Deixar de fazer o que eu gosto para fazer o que eu acho que o “outro” gosta. DE TANTO SER PARA O OUTRO, EU DEIXO DE SER PARA MIM!
POR QUE FICAMOS FEITO BOBOS, OLHANDO O BIG BROTHER POR TRÊS MESES?
Porque como somos frustrados, oprimidos nas nossas relações do dia-a-dia, precisamos “amar o líder que defende as mocinhas e os oprimidos”. Precisamos odiar e “eliminar” o mau caráter, os covardes que intrigam o bom mocinho e a princesa. Precisamos punir os fofoqueiros, os mentirosos, os agressivos. Liga para eliminar aquele que te desperta o que você tem de pior: a covardia, a calunia, o ódio, o ciúme, a raiva por tanta injustiça, falcatrua. Aquele bando representa tantos bandos que povoam desde o seu ambiente de trabalho, até seu ambiente familiar e social. Começam a haver as identificações, “aquele tatuado é tão safado e sem vergonha quanto meu marido” ou “Nossa como ela é linda e educada, me lembra minha filha”, ou ainda ”Esse bando de pit boy, tatuado, bebem todas só querem balada, igual a essa turma de faculdade e meu ex...” Assim somos exigentes, excessivamente críticos dos outros, principalmente os que estão expostos publicamente na Globo, e como é do ser humano, nos cegamos a todos aqueles defeitos que nós temos no dia-a-dia nos ambientes que freqüentamos e que não suportamos quando alguém nos critica.
NO FUNDO, O SUCESSO DO BIG BROTHER...
É mostrar uma realidade de atitudes, comportamentos, relacionamentos inter pessoais idênticos ao nosso dia-a-dia, mas que podemos falar mal a vontade, fantasiar “aquele gato ou aquela gata em minha cama”, e como aqui fora estamos todos envolvidos nesse terrível jogo de fingir, ser oprimidos, ter ciúmes, inveja, competição, dó, pena e outros sentimentos que só infelicita as relações humanas. Mas no BBB podemos falar mal deles, odiá-los ou amá-los, idolatrá-los e principalmente pegar o telefone, o computador e PUNI-LOS, eliminá-los, vingando do que no nossa vida real, temos que engolir os sapos que um dia colocamos em nossas vidas achando que eram príncipes!
CONCLUSÃO:
Não somos melhores nem piores que ninguém. Não somos nem bons nem maus, apenas seres pecadores, imperfeitos, incompletos, tentando melhorar, crescer, evoluir. Assista ao defeito alheio para localizar os seus. Seja humilde e busque mudar. E pecamos, pois somos hipercríticos, severos, injustos para julgar o comportamento, o erro e falha dos outros, e no entanto, não somos maduros para ter a humildade de aceitar criticas ou reconhecer as nossas próprias deficiências e imperfeições. Lembrem-se, compreender é trocar de lado com o outro e entender mesmo que não concorde.
Por fim, atrás de todos esses comportamentos, atritos, formação de grupinhos num ambiente coletivo, está a questão fundamental que origina a violência, as injustiças, a infelicidade, as guerras (desde as propriamente ditas, até as guerras de EGO, seja entre professores universitários, doutores, chefes, na comunidade familiar, no trabalho).
A IMATURIDADE DO SER HUMANO!!!
DICA:
Aprenda a dizer ERREI, NÃO SEI, PERDÃO. Seja mais humano consigo mesmo ao admitir que é imperfeito, incompleto, sujeito a falhas. Perdoe-se, aceite-se e só assim estará aberto a compreender e perdoar as atitudes erradas, os defeitos, a imaturidade dos que convivem com você em todos os lugares onde haja “um bando de gente”. Só assim os “BBBs” trazem algo de útil!
Fazemos os mesmos jogos, somos heróis e bandidos, buscamos sempre o reconhecimento e as recompensas. Nos unimos e nos e traímos, conforme a necessidade.
E chega janeiro e lá vem o esporte nacional dos próximos 90 dias: olhar, observar, fofocar e comentar o comportamento de um bando de jovens “sarados” e os jogos de relação que surgem num ambiente confinado. Para nós estudiosos do comportamento, nenhuma novidade ou surpresa. Skiner, um dos pioneiros do “Behavionismo” ou psicologia do comportamento e os estudiosos em Etologia - estudo comparado do comportamento dos animais e dos homens - mostram que repetimos padrões de comportamento e relacionamento que surgiram há milhões de anos. Guardem essa coluna e releiam após o anúncio do ganhador em março. Combinado?
PRINCIPAIS JOGOS QUE APARECERÃO NO RELACIONAMENTO DENTRO DA CASA:
Isso vale para bando de macacos, entre cachorros e no dia-a-dia nosso em casa, no trabalho, entre amigos...
1. Busca para se destacar, aparecer: existência em grego significa “ex-sisters” ou emergir, vir á luz. Todos nós queremos ser conhecidos, uns sendo “puxa-sacos”, outro estudioso, outro bagunceiro, outro pelo físico e por aí vai. Inicialmente todos querem se diferenciar e de cara surgem os “modelitos”; o bonzinho, a gostosona, o rebelde, o sedutor, a coitadinha...
2. Os machos-alfa e fêmeas-alfa: Em qualquer agrupamento de animais, espera-se que surja um líder. Isso acontece com aquele se destaca mais e “faz a cabeça do grupo”, ora se impõe pela força física, ora pelo papel de defender os mais fracos. Em geral, são os mais hábeis, mas surgem também até lideres negativos que vão com fofocas, maldades e intrigas, assumindo o comando. Em geral, os lideres verdadeiros (ou chamados alfa), se impõem pelo carisma, pela inteligência ou até força física. Lembram-se do Jean, do Alemão, do Cowboy...? Já as fêmeas têm de ser portentosas; corpo atraente, ágil, busca conquistar o líder e ser protegidas por ele. São invejadas, temidas, geram ciúmes, são odiadas pelas outras fêmeas que fazem complô contra elas.
3. O psiquismo dos homens é diferente do psiquismo das mulheres: eles tendem a se entrosar rapidamente, são imaturos, “uns meninões” de 25 a 35 anos que só querem festa, bebida e pegar as mais bonitas. Fazem uma confraria e se ajudam: “Cara tô afim de pegar a loirinha”, “Se quiser eu dou um toque pra você”, e tudo é festa, até o momento que o líder vai aparecendo e começa a andar mais com as meninas. Aí surgem os machos beta, machos gama (ou seja, inferiores), que começam a se unir para boicotar o macho líder. Começam a surgir as tribos. A maioria se une contra o líder ou “favorito do público”, e a minoria vai bajular ou puxar o saco do “harém” do líder e ver se cai nas graças dele. Está feito o jogo do relacionamento em grupo: ódio-amor, ciúme, bajulação, fingimento, competitividade, mentiras, traições, intrigas, inveja, provocações, coitadismo, entre outros.Quanto ás meninas; “elas dão dois beijinhos na frente e já começam a mostrar as garras, disputar machos alfa, fofocar, morder o calcanhar umas das outras e haja TPM”. Mulheres são mais traiçoeiras, instáveis, hormonais, falam muito, são mais maldosas e inquietas.
E NÓS NO AMBIENTE DE CASA, NO TRABALHO, ENTRE AMIGOS
Não há diferença; todo mundo querendo aparecer, se destacar, ser o preferido dos chefes, dos pais, dos amigos. Cada um faz um “papel”: o gente boa, o CDF, o rebelde, o bonzinho, o coitadinho, o fingido, o ciumento, o autoritário e mandão, o bebum e maconheiro, o baladeiro e “pegador”, a gostosona e sedutora. Sim senhores, os jogos são constantes, pois queremos ser reconhecidos pelo grupo de um jeito ou de outro; se não gosta de estudar, faz o tipo bagunceiro, se não se acha bonita, faz o tipo coitadinha, doentinha, se não tem talento, faz tudo o que o chefe manda. Mas no fundo lembrem-se: todos nós queremos que o outro nos reconheça, queremos aparecer sermos reconhecidos, amados, um colinho, proteção, cafuné de alma, enfim, um lugar ao sol.
SER PARA O OUTRO E NÃO PARA SI MESMO:
Essa é a tristeza! Deixamos de ser o que somos, para querermos assumir um personagem que agrade aos pais, aos chefes, aos amigos, ao marido ou esposa, aos filhos. “Eu acho que ele acha que eu acho...”. Que pena. Deixamos de lado nossa naturalidade de dizer o que pensamos, para tentar imaginar e dizer o que achamos que o outro gostaria que eu dissesse. Deixar de expressar o que sinto para demonstrar o que eu acho que o “outro” gostaria que eu sentisse. Deixar de fazer o que eu gosto para fazer o que eu acho que o “outro” gosta. DE TANTO SER PARA O OUTRO, EU DEIXO DE SER PARA MIM!
POR QUE FICAMOS FEITO BOBOS, OLHANDO O BIG BROTHER POR TRÊS MESES?
Porque como somos frustrados, oprimidos nas nossas relações do dia-a-dia, precisamos “amar o líder que defende as mocinhas e os oprimidos”. Precisamos odiar e “eliminar” o mau caráter, os covardes que intrigam o bom mocinho e a princesa. Precisamos punir os fofoqueiros, os mentirosos, os agressivos. Liga para eliminar aquele que te desperta o que você tem de pior: a covardia, a calunia, o ódio, o ciúme, a raiva por tanta injustiça, falcatrua. Aquele bando representa tantos bandos que povoam desde o seu ambiente de trabalho, até seu ambiente familiar e social. Começam a haver as identificações, “aquele tatuado é tão safado e sem vergonha quanto meu marido” ou “Nossa como ela é linda e educada, me lembra minha filha”, ou ainda ”Esse bando de pit boy, tatuado, bebem todas só querem balada, igual a essa turma de faculdade e meu ex...” Assim somos exigentes, excessivamente críticos dos outros, principalmente os que estão expostos publicamente na Globo, e como é do ser humano, nos cegamos a todos aqueles defeitos que nós temos no dia-a-dia nos ambientes que freqüentamos e que não suportamos quando alguém nos critica.
NO FUNDO, O SUCESSO DO BIG BROTHER...
É mostrar uma realidade de atitudes, comportamentos, relacionamentos inter pessoais idênticos ao nosso dia-a-dia, mas que podemos falar mal a vontade, fantasiar “aquele gato ou aquela gata em minha cama”, e como aqui fora estamos todos envolvidos nesse terrível jogo de fingir, ser oprimidos, ter ciúmes, inveja, competição, dó, pena e outros sentimentos que só infelicita as relações humanas. Mas no BBB podemos falar mal deles, odiá-los ou amá-los, idolatrá-los e principalmente pegar o telefone, o computador e PUNI-LOS, eliminá-los, vingando do que no nossa vida real, temos que engolir os sapos que um dia colocamos em nossas vidas achando que eram príncipes!
CONCLUSÃO:
Não somos melhores nem piores que ninguém. Não somos nem bons nem maus, apenas seres pecadores, imperfeitos, incompletos, tentando melhorar, crescer, evoluir. Assista ao defeito alheio para localizar os seus. Seja humilde e busque mudar. E pecamos, pois somos hipercríticos, severos, injustos para julgar o comportamento, o erro e falha dos outros, e no entanto, não somos maduros para ter a humildade de aceitar criticas ou reconhecer as nossas próprias deficiências e imperfeições. Lembrem-se, compreender é trocar de lado com o outro e entender mesmo que não concorde.
Por fim, atrás de todos esses comportamentos, atritos, formação de grupinhos num ambiente coletivo, está a questão fundamental que origina a violência, as injustiças, a infelicidade, as guerras (desde as propriamente ditas, até as guerras de EGO, seja entre professores universitários, doutores, chefes, na comunidade familiar, no trabalho).
A IMATURIDADE DO SER HUMANO!!!
DICA:
Aprenda a dizer ERREI, NÃO SEI, PERDÃO. Seja mais humano consigo mesmo ao admitir que é imperfeito, incompleto, sujeito a falhas. Perdoe-se, aceite-se e só assim estará aberto a compreender e perdoar as atitudes erradas, os defeitos, a imaturidade dos que convivem com você em todos os lugares onde haja “um bando de gente”. Só assim os “BBBs” trazem algo de útil!
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