quinta-feira, 18 de março de 2010

1. O jovem de hoje



Cada vez mais se percebe a necessidade de ampliar as informações dadas ás crianças, pré-adolescentes. Por outro lado, pais e pedagogos constatam uma crescente inquietude, rebeldia e hostilidade nos jovens, traduzidas não como queixas, mas sim através de insatisfações. E os jovens não estão insatisfeitos á toa. Eles não são acomodados, como foram na infância os atuais adultos, que facilmente se submetiam a dogmas, preceito e “pré-conceitos”, fartamente utilizados como mecanismo de educação.
Na juventude de hoje, não existem mais o medo de cara feia, nem a inibição pelo berro, que foram eficientes na relação pai/filho tempos atrás. Atualmente, os jovens não aceitam mais as regras de forma passiva. Ignoram, inclusive, a essência dessas regras. Há um maior nível de questionamento e de atividades, se compararmos com o que foram e tiveram, na infância, os adultos que hoje são pais.
Presos em ambientes fechados, sem oportunidade de vida ao ar livre e, em contrapartida, bombardeados pela TV, computador e vídeo games, as crianças e adolescentes vão acumulando e recebendo, progressivamente, informações negativas em relação ao futuro, ao país e á sociedade. Tudo isso se traduz também na escolha da profissão, hoje determinada não pelo talento e dom de cada um, mas pelas oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho. E o que cerca toda essa realidade é um mundo competitivo, repleto de cismas e desconfianças. Nada mais desprazeroso.
Avessos á falta de prazer, os jovens dizem não a um tipo de realidade que, vivida por seus pais, colaborou para os adoecerem, seja com stress, ansiedade ou depressão. Os filhos não querem ver nos pais o seu futuro espelhado. Os jovens querem novas lideranças, a criatividade, a luz e o talento e dão um basta aos discursos sobre crise, negativismo e pessimismo.Esta ´´e uma geração que luta para resgatar o romantismo, o amor, a cooperação, o partilhar e o fazer justiça. Ávida por tudo o que representa qualidade de vida, essa também é uma geração que não obtém, dos adultos, sejam eles pais ou educadores, respostas ás suas reivindicações de um mundo novo, de formas de relacionamento.
A juventude questiona o papel da bebida, das drogas, tenta conjugar afetividade e sexualidade, fazer a escolha correta do parceiro, estabelecer uma relação verdadeira com a família, adaptar-se á violência urbana e ás injustiças.
Por tudo isso, é chegada a hora de se buscar uma existência mais sábia, com a qualidade de vida preponderando-se á modernidade que, embora apresente avanços e novas tecnologias, é sinônimo de relacionamentos humanos menos ricos, menos generosos e verdadeiros, condenando os homens á apatia, acomodação, preguiça e insatisfação.
Meu objetivo, como pesquisador do comportamento humano, é ir a campo semeando conhecimentos, novos conceitos e verdades, divulgando a espontaneidade de se viver, trocando informações, tendo relacionamentos mais diretos com a criança, o pré-adolescente e o adolescente, buscando colher a prevenção de doenças manifestas, geralmente, na fase adulta. Meu objetivo é resgatar a dignidade da vida como sinônimo de harmonia para que reaprendamos, através do pensamento a sonhar, a ter metas e intenções; através do afeto saibamos dar cor, luz e movimentos a esses sonhos e metas e, através da força de vontade, possamos transformar os sonhos em realidade.

Um comentário:

  1. Caro Eduardo, aqui, quem escreve, é Douglas Amorim, Psicólogo, que participou de um grupo de estudos, coordenado por você, durante minha graduação. Pois bem. O tempo passou, perdemos o contato e gostaria de retomá-lo, se você o desejar, é claro. Convido-o para uma visita à minha home-page: www.douglasamorim.com.br Lá, consta, também, o endereço de meu blog, no qual posto, ocasionalmente, artigos na área de comportamento humano. Gostaria muito de receber notícias suas, se você o desejar, é claro. Um abraço fraterno, Douglas Amorim.

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