A inibição afetiva é uma falta de harmonia; pode acontecer tanto no homem quanto na mulher, e também em qualquer idade: quando crianças, adolescentes, adultos e idosos.
A inibição tem diversas raízes, de acordo com a tendência pessoal, que faz parte do temperamento e da personalidade. Existem pessoas mais abertas e comunicativas. Outras são fechadas, inibidas, menos sociáveis. O meio ambiente também pode interferir. Uma família de pessoas muito fechadas, racionais, caladas e retraídas impede o desenvolvimento da manifestação afetiva. Ambientes onde as pessoas aprendem a comunicar-se, a tocar-se, acariciar-se, conversar e partilhar, favorecem quem não tem vergonha de ser o que é, quem não tem vergonha de errar. Podemos perceber que a pessoa mais fechada é, em geral, alguém que não gosta de errar, de expor suas opiniões, por temer a critica e o julgamento alheio.
Uma das piores prisões é a inibição afetiva. Toda pessoa inibida guarda para si própria sua experiência e vivencia. É necessário que o tímido, o medroso social, aquele que teme expor-se em publico aprenda, ao invés de fugir ou evitar essa exposição, a enfrentar o medo. A pessoa fechada e inibida não se deixa conhecer, questionar, ajudar, como também não se propõe a ajudar, ficando ilhada em si mesma. Ela pode até pensar, sentir e agir, mas se não aprender a viver a relação com o outro, vai estar sempre imperfeita, inadequada socialmente.
Os homens são educados para ser racionais e ter grande capacidade de ação. Os “ditos” simplistas que existiam na época de nossos pais e avós, do tipo “homem não chora”, “homem não sente”, “tem de ser machão, vigoroso e forte”, são uma grande bobagem. O homem tem de chorar, sentir, engravidar junto com a mulher. Tem de ter a força e a coragem de ser também um ser afetivo, de aprender a dar as mãos e beijar filhos e a esposa.
Hoje, existe uma série de técnicas pedagógicas e psicoterapêuticas para a pessoas inibida, com fobia social, seja por temperamentos ou em função do ambiente. Não há timidez ou inibição sem solução.
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