sábado, 20 de março de 2010

2. Pais e filhos – uma relação que pode ser sadia



Uma série de perguntas surge quando colocamos em questão a relação pais e filhos. Qual seria o nosso verdadeiro papel como pais?
Como educar nossos filhos? Como ter uma relação verdadeira em família? Como abordar temas ligados a sexo e drogas? Como enfrentar a crescente liberalização dos costumes? Estas são dúvidas corriqueiras, com as quais qualquer família se depara, mas para esclarecê-las é preciso revermos e realmente assumirmos nosso papel de “pais-educadores”.
A melhor linguagem com os filhos não são as palavras, mas as ações. A criança é um excelente observador. Os filhos têm os pais como modelo. É observando os pais que eles definem como agir. Por isso, não adianta, por exemplo, os pais exigirem amizade entre os irmãos, se eles (os pais) estão sempre ás voltas com discussões e brigas. Se o discurso não é reforçado na prática, ele perde a credibilidade.
Educar é bem diferente de adestrar, embora seja esta uma prática freqüente em muitas famílias. Os filhos não são seres adestrados, aos quais ofertamos um doce ao agirem corretamente ou punimos ao errarem. Educar é orientar, acima de tudo, com atitudes.
Merecimento é uma boa palavra para conduzir a relação entre pais e filhos. É preciso merecer para ter. O merecimento deverá ser uma conquista, porque o filho deverá ser educado no sentido de buscar esse merecimento, através de suas atitudes e de sua postura diante da vida. O pai que consegue o que quer do filho, na base da troca, verá chegar um determinado momento em que nada mais terá para oferecer. O filho também deixará de ter o que barganhar.
Os pais são os responsáveis pela formação dos filhos e deverão dar o melhor de si, dentro de suas condições, mas caberá ao filho o processamento de todas as informações recebidas. O filho é quem irá traçar seu próprio futuro. E como disse um psiquiatra francês: “Somos artesãos de nosso próprio mundo, sujeitos de nossa ação e autores de nossos personagens”.

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