domingo, 25 de abril de 2010

A arte de complicar o simples



Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia do dia 25/04/2010.

As reflexões de hoje se baseiam em constatações bem objetivas:
Você leitor, vem de um acaso simplesmente incrível: haviam 250.000.000 de espermatozóides querendo existir ( ¨ e vir à luz ¨) e um dos 600 óvulos que amadurecem durante a vida de uma mulher. E parabéns! Foi você quem chegou primeiro e nasceu!!! Então, me responda uma coisa: você acha a vida uma dádiva, agradece a Deus por ter tido esse privilegio? Ou será que todo dia reclama de tudo e de todos, acha a vida um peso, uma cruz, um calvário! Que azar, era só seu espermatozóide atrasar um bilionésimo de segundo e um ¨meio-irmão ¨ talvez tivesse a ¨corrida da vida” e fosse muito mais feliz e agradecido por viver!
Bem o certo é que aqui estamos e nos cabe dar sentido à existência, sem esquecer que cada um de nós é responsável por escrever seu próprio livro de vida. Vejo pessoas reclamando de tudo: do casamento, dos filhos, do trabalho, da família... Outros revoltados pela corrupção generalizada, pela violência, o abuso de bebida, drogas, sexo e prognosticam: “É o fim do mundo!” Fico aqui observando esse mundo que vai seguindo como um caminhão sem freio pelas tortas estradas e pleno em um mundo tão hostil!
É no resgate da simplicidade da fé, da confiança e humildade que conseguimos mudar o nosso conteúdo mental. A arte de compreender a incompreensão do outro em relação a mim ou o poder supremo de perdoar quem me odeia e ofende! Pode ser também quando esvazio do meu coração, mente e alma sentimentos nefastos que adoecem a quem os pensa: a inveja, o ciúmes, a vaidade, o orgulho, a raiva e tudo o que me prende e pune no meu plano emocional e afetivo. Me recuso a escravizar-me por relações tão parasitárias. Não admito um caminho trevoso, se a luz é uma dádiva! Quero desafios todos os dias, quero experimentar tudo que signifique evoluir, quero envelhecer e aproximar da morte, na certeza que somos eternos. Quero viajar leve, livre, solto! Como é bom viver assim, desprendido, desapegado, entendendo cada vitória e derrota. Quero me amar na minha imperfeição, na minha fragilidade, nos meus fracassos, pois só assim liberto da preocupação do julgamento alheio, sem precisar agradar aos outros, ser rico, famoso, genial, aprender novas lições a cada novo dia!!!!
Para que complicar algo tão simples e divino!!!

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