domingo, 5 de setembro de 2010

Ser feliz: apenas um sonho?

Ser feliz: apenas um sonho?

Resolvi dedicar a coluna de hoje a um filme intrigante que assisti: “Foi apenas um sonho”. Para quem exige atores de primeira para se estimular, ele é estrelado pela dupla romântica do “Titanic”: Leonardo di Caprio e Kate Winslet. Só que trintões e de um jeito que fãs não costumam gostar: interpretam pessoas comuns, são casados, tem filhos e conflitos. E isso é que dá graça ao enredo, afinal podia ser qualquer um de nós, naquela tela.
Basicamente o filme fala do quanto nos acomodamos na nossa infelicidade do dia-a-dia. Casamentos rotineiros, sem sal, nem emoções. Filhos saudáveis e na deles. Traições “normais” aqui e ali, nada que mude a rotina.
Um bom emprego – chato, previsível, cheio de rotinas – amigos do trabalho reúnem para uma cerveja após o expediente, as conversas, fofocas, de quem está “pegando” quem, falar mal dos chefes, colegas. A “família feliz” recebe os vizinhos para um lanche, crianças brigam, pais se irritam.
Até que... A esposa sonha!!!
Sonha em mudar tudo: venderem a casa ir morar em Paris, reinventar a vida, dar cor ao “preto e branco” da vidinha medíocre que tem, engordando em frente à TV ou ORKUT’s e games, passando fome para fazer regime, viver “o saco de vida” em que filhos adolescentes são “estranhos no ninho”.
Casais são apenas divididores de despesas e funções e dá-lhe compras, consumo louco cheio de dividas, prestações que nos prendem a um dia-a-dia insuportável! Somos escravos de uma vida sem emoções, sem estímulos, sem alegria.
Mas no filme, a esposa arrisca tudo e consegue convencer o marido a “largar tudo”, a voltar a ser feliz se aventurando na “cidade-luz”, a cidade mais desejada do mundo: PARIS!!!
Ai começa um furacão: amigos acham loucura, insanidade. Percebe-se inveja doentia, colegas de trabalho entre ciúme e raiva pela “coragem de quem larga uma vida segura, por um sonho e desejo de ser feliz”! Vizinhos contrariados com a felicidade do casal, chamam os mesmos de “imaturos”, “lunáticos”. Impressiona neste ponto do filme, como um sonho maravilhoso, a coragem de querer mudar, sair da rotina sem graça, de um dia-a-dia insuportável repetitivo, sem emoções; é massacrado pelos “amigos, colegas de trabalho, vizinhos”! O casal resiste e mantém seus objetivos, colocam a casa a venda, compram passagem para Paris, voltam a um clima romântico, fazem sexo recordando o “ótimo sexo de quando se é namorado”. Como é bom sonhar, como é fantástico ser feliz quando é sonhador!!! Mas o “ótimo sexo comemorativo da vida nova” vira uma gravidez inesperada... Aí, a lenta transformação para um pesadelo interminável! Querem saber mais?! Assistam o filme!!!
EU APENAS DEIXO A “MORAL DA HISTORIA” QUE ME INVADIU APÓS O TERMINO DO FILME:FELICIDADE É ALGO PARA POUCAS E SAGRADAS PESSOAS, QUE TEM O DOM DE SONHAR, A FÉ E PERSEVERANÇA PARA REALIZAR ESTES SONHOS, E A SABEDORIA PARA UM DIA, MORAR DENTRO DELES!
Obs: Esta coluna é dedicada às loucas e incríveis pessoas que não tem medo do fracasso, das frustrações, do julgamento alheio e assim renascem, se reinventam, e insistem em viver o risco e aventura de SER FELIZ!!!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

2 – NÃO COMPARAR RESULTADOS




Instruções importantes sobre o uso de Antidepressivos
Capítulo XIV- “Medicação” – Mitos e Realidade (Psicofármacos)

Outro erro que observamos é quando parentes ou amigos estão se submetendo ao mesmo tratamento e começam a trocar informações e queixas: “ele está tomando dose menor, ele está melhor do que eu, ele parou de tomar remédio e eu não”.
É fundamental lembrar que cada pessoa tem uma resposta individual a um mesmo tratamento. Cada um reage melhor a uma determinada dosagem e a um antidepressivo específico. Por isso, é comum que doses ou tipos de medicação tenham que ser alterados durante o tratamento.
Ter perseverança é essencial. Uns notam melhora em questão de dias, enquanto outros podem demorar semanas ou meses. Depois de certo período, todos se sentem melhor. Portanto, não compare seu tratamento com o de ninguém.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

1. VENCER PRECONCEITOS



Instruções importantes sobre o uso de antidepressivos

Ao iniciar um tratamento médico, com uso de medicamento para tratar de depressão e ansiedade, é fundamental que o paciente tenha confiança em seu médico, profissional que funciona como um ponto de apoio e de referência para esclarecimento de dúvidas ou discussão das várias etapas do tratamento.
Os antidepressivos são medicamentos cada vez mais usados e se mostram muito eficientes nos casos de síndromes depressivas e ansiosas.
São muitos os preconceitos e erros de informação quanto ao uso desta medicação: “faz mal, causa dependência, modifica as pessoas, não é necessário”.
A indicação de um antidepressivo se baseia em critérios científicos internacionais que partem da constatação de acometimento em nível biológico nos quadros de depressão e ansiedade. Portanto, siga as instruções de seu médico.

domingo, 29 de agosto de 2010

O prazer de envelhecer e morrer


A cada dia, manchas senis vão decorando o dorso de minha mão, como estrelas que vão surgindo no início da noite. O sorriso sendo emolduradas por bem desenhadas rugas, alegres e expressivas. Um vinco insiste em descer a cada lado do nariz em direção aos lábios. A pele vai lentamente se descolando dos músculos como se divorciasse de sua elasticidade. O sono piora e mais pareço um vaqueiro que às 4h da manhã já não cabe na cama.

E dia a dia, mês a mês, vou devolvendo a natureza, aquilo que não é meu: células, proteínas, carbonos, nitrogênios, enfim a matéria! Lenta e continuamente me despeço da juventude, do vigor, das ilusões e sonhos impossíveis. Não há mais lugar para arroubos, impulsividades, revoltas juvenis. Pouco a pouco sou dominado pela moderação, pela compreensão profunda do que vai na minha mente, coração e alma. Observo o mundo que me cerca, munido de curiosidade, sabedoria. Pouca coisa me surpreende, quase nada me incomoda, uma serenidade me acalma mesmo diante dos absurdos que abalam o mundo.

Procuro entender a tecnologia como instrumento e facilitação do cotidiano, mas sem dependência, deslumbramento ou dependência. Continuo anotando em papéis e arquivando, algo que não pega "vírus" nem é alvo de "hackers". Continuo sonhando, construindo sonhos e já consigo morar dentro de alguns deles. Ainda batalho, luto, mas me permito o descanso.

A energia da fé e a energia mental continuam firmemente aumentando, na mesma proporção que minha vitalidade e físico vão decrescendo em direção ao fim. Continuarei todos os dias buscando evoluir ate o "dia" que deixar a vida: um acidente fatal, um infarto fulminante, um câncer devastador - nada me aterroriza. Espero a morte, assim como um passageiro aguarda um trem ou um avião. Um dia chegamos, num outro partimos.

"Morrer é tão natural quanto nascer"...
"Nu viestes a esta vida, tão nu quanto viestes sairás dela, e pelo teu trabalho nada que fizestes louvarás em tuas mãos. Isto é vaidade e vento que sopra"... Como nos ensina Eclesiastes. A vida é meramente um estágio, onde presos em quatro dimensões, a consciência mora num corpo material fadado a ser extinto, após inúteis vaidades, raivas, ódios, ciúmes, ressentimentos, invejas, apegos, medos, angústias e em menor proporção, a alegria, o amor, o carinho, fé, confiança, lealdade e humildade.

Morrerei, espero, serenamente! Afinal, nada nem ninguém me prende à vida material.
Amo, sou amado, sei que poucos têm antipatia, raiva, ódios de mim, mas a recíproca não é verdadeira: o perdão mora em meu coração!

Peço perdão aos que possa ter ofendido. Não sou candidato a nada, nunca fui, nunca serei. Apenas busco com minhas palestras, livros, no exercício da medicina, ser um instrumento de inteligência divina e superiores. Busco CRER e SABER! Alio minha FÉ, ao estudo científico.
Creio que há eternidade e reencontro de almas (ou "consciências não-materiais", se quiserem), daqueles que se amaram na vida terrena. E sei que há "inferno" para os que se viciaram, corromperam, traficaram, assassinaram, se apegaram a uma ilusão absoluta que é a vida terrestre e material.

No mais, cada um busque um sentido de viver, envelhecer, morrer, ser eterno!!!

Coluna Eduardo Andrade Aquino para o Jornal Super Notícias (Belo Horizonte-MG) publicada no dia 29/08/2010.

sábado, 28 de agosto de 2010

5. Antidepressivos

Continuação do capítulo XIV
“Medicação” – Mitos e Realidade (Psicofármacos).


Por ser o grupo mais importante, vamos nos aprofundar neste item.
Pede-se ler com atenção o que vai aqui sobre depressão evitar as bulas, que podem amedrontar e são de difícil compreensão.
Instruções importantes sobre o uso de antidepressivos

A depressão, síndrome ansiosa, não é uma “fossa” ou um “baixo astral” passageiro. Mais importante: não é um sinal de fraqueza de caráter ou uma condição que possa ser superada simplesmente pela força de vontade ou com “pensamento positivo”. Sem tratamento, os sintomas depressivos podem durar semanas, meses e anos, a exemplo do que ocorre nos quadros de ansiedade. O tratamento adequado faz com que estas síndromes tenham um prognóstico altamente favorável, mas é fundamental que seja conduzido por um médico e que conte com a participação do paciente.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

4. Sal Estabilizador de Humor – carbonato de lítio

Continuação Capítulo XIV

“Medicação” – Mitos e realidade (psicofármacos)


Inicialmente lançado como diurético, percebeu-se que o sal de lítio é um importante estabilizador e preventivo das fases maníacas e depressivas nos pacientes com desordem afetivo bipolar ou esquizo-afetivos.
Deve-se medir o teor de lítio em exames de sangue para saber se está em nível terapêutico.
O controle das funções tireoidianas é importante, pois o uso pode acarretar hipotireodismo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

3. ANTICONVULSIVANTES (antiepiléticos)



Neste grupo encontram-se as medicações usadas para combater as crises convulsivas (parciais, grande mal, ausência e outras), corrigindo a transmissão elétrica do cérebro. Existe um grupo antigo ou clássico: Hidantal, Gardenal, além de outros, os híbridos (de origem benzodiazepínicas), Rivotril e os de última geração: Tegretol, Deparkine.
Uma grande novidade é que os remédios deste grupo não tem contribuído apenas para melhorar as crises epiléticas e as “disritmias” – nome impróprio, mas muito conhecido entre os leigos. Eles têm sido usados no combate de outros problemas. Exemplos: Rivotril (clonazepan) cada vez mais usado para combater a síndrome do pânico e as fobias; Tegretol, Depakene: empregados como moduladores (equilibradores) de humor nos pacientes com desordem afetiva bipolar (humor instável e flutuante) bem como nos pacientes esquizo-afetivos.

Continuação Capítulo XIV
“Medicação” – Mitos e realidade (psicofármacos)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

1.ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS (calmantes e indutores do sono) e NEUROLÉPTICOS

1. ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS (calmantes e indutores do sono)
Trata-se do grupo mais difundido. A substância básica é chamada de benzodiazepina, que deu origem ao Diazepan, Valium, Diempax e seus derivados. Por seu forte efeito sobre a ansiedade, desde os anos 60,70 tornaram-se muito populares. Mas geram fortes dependências e, embora combatam a ansiedade, quimicamente são depressores do S.N.C.. Devem ser usados com cautela, moderação e retirados com supervisão médica. Os mais conhecidos são: Lexotan, Olcadil, Lorax, Kiatrium, Dalmadorm, Rhypnol, Nitrenpax, Sonebon;


2. NEUROLÉPTICOS (tranqüilizantes maiores, antipsicóticos)
Trata-se de medicação usada principalmente nos pacientes portadores de esquizofrenia e desordem afetiva bipolar, nas fases de mania, e drogados em surto. Atuam sobre a dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensopercepção.
São fortemente sedantes e usados em agitação psicomotora severa. Mas podem dar um forte quadro de impregnação, que parece com o quadro de Parkinson (lentidão motora, movimentos involuntários, tremor, excesso de saliva, marchar no mesmo lugar, inquietude, aparência de robô, falta de emoções). Os mais conhecidos são: Haldol, Amplictil, Orap, Neozine.

Ultimamente o prognóstico de esquizofrenia, que era muito reservado, tem melhorado bastante pelo lançamento da segunda geração de antipsicóticos, sem tantos efeitos colaterais (Ziprexa, Risperdal, etc..).

Continuação Capítulo XIV
“Medicação” – Mitos e realidade (psicofármacos)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Capítulo XIV:“Medicação” Mitos e realidade (psicofármacos)


Sempre foi delicado abordar o uso da medicação em psiquiatria. Isso se explica pelo pesado histórico dos procedimentos psiquiátricos em hospitais. Já houve de tudo. Eletrochoque, insulinoterapia e até lobotomia cerebral (extirpar uma parte do cérebro). Usava-se antipsicóticos imoderadamente, o que deixava os pacientes sedados e impregnados, semelhantes a robôs. Surgiu, então, o estigma das “colônias de loucos”, como ficou conhecido o Juqueri em São Paulo e as instituições de Barbacena, Minas Gerais.
Graças a Deus, houve grande evolução nos últimos quarenta anos, notadamente a partir dos anos 80, com medicações e métodos terapêuticos cada vez mais seguros e científicos.
Entretanto, a polêmica ainda persiste, principalmente por ser uma área onde atuam diversos profissionais, das mais variadas formações. Há psicólogos, terapeutas ocupacionais, terapeutas alternativos e muitos religiosos. Sendo assim, é importante frisar que toda medicação, seja ela homeopática, alopática, fitoterápica, provém dos mesmos elementos da natureza (carbono, lítio, nitrogênio, e outros).
Cabe aquele que prescreve ser “um bom alquimista”. Digo ainda que tudo no universo depende de bom senso e equilíbrio.
Assim tenhamos uma visão menos radical e preconceituosa. A medicação que atua sobre o cérebro ou sistema nervoso central (SHC) são basicamente de cinco grupos...


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Capítulo XIII:Os “Ajudadores” ou Relação Cura/Curadores

Nem sempre existe uma afinidade entre aqueles que buscam ajuda e os que se propõem ajudar. Na minha experiência de médico, vejo que não existe método, linha de atuação, regras ou exames objetivos que sejam 100% eficazes ou infalíveis. Ao contrário, nenhuma postura médica/psicoterapêutica/religiosa pode garantir eficácia para todos os que buscam esses “ajudadores”. Cada pessoa responde de forma única e individual aos métodos científicos e às técnicas de ajuda.
Na relação com o médico, terapeuta ou curador, o ser humano em sofrimento depende de inúmeras e surpreendentes variáveis na busca pela cura. São condições básicas para o êxito a empatia, a confiança e a fé. Mas há outros ângulos que devem ser observados. Deve haver uma boa comunicação entre as partes, além de coerência, disciplina e vontade de melhorar. Muita responsabilidade, humildade e perseverança para atravessar as fases difíceis, principalmente a fase de adaptação aos remédios ou períodos normais de recaídas durante o tratamento.
Nenhum curador é milagroso ou infalível. Nunca se pode esperar que pessoas tão diferentes em temperamento, cultura, família ou raça obtenham resultados semelhantes. Assim, opiniões do tipo “se eu fosse você, faria assim ou assado” não são oportunas e podem comprometer o processo de cura.
Cada pessoa responde a um tratamento ou a um profissional de forma única. Cada um dos pacientes é único e, como tal, tem seu ritmo próprio, sua forma individual de reagir à medicação, à abordagem psicoterapêutica, à aliança e relação médico/paciente.
Aprendi também que existem pessoas com grande capacidade de cura e não são profissionais de saúde: curam com palavras, presença, oração, carisma.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Capítulo XII :Como sair do sofrimento físico/psíquico/espiritual



Voltamos a lembrar neste capítulo, que a dor na alma (depressão), síndromes da “pensação” doentia (estresse, fobias, pânico, desordens obsessivas-compulsivas), dependência de drogas e outras alterações comportamentais constituem oportunidade única para uma revisão existencial. Eis o motivo de estar sempre alertando meus clientes de que a doença, bem como a medicação, pode ser a pior ou a melhor coisa do mundo. Depende do ângulo de observação ou do grau de maturidade de cada indivíduo.
É preciso compreender que sintomas, lesões e disfunções são, na verdade, um alerta da mente, do corpo e da alma de que não estamos bem-adaptados, satisfeitos, plenos e equilibrados em nossas relações, familiar, profissional, social ou espiritual.
Por isso, gosto de dizer a mim mesmo e aos que me procuram: “Bem-Vindos! Procurem fazer do sofrimento a matéria-prima para um Novo tempo. Amadureçam. Procurem evoluir. Busquem os sonhos, a qualidade de vida. Busquem o tempo de ter prazer e a alegria, que são os maiores combustíveis da existência humana. Não queiram mudar o mundo, as pessoas. Parem de reclamar de tudo e de todos e busquem mudar a única coisa passível de mudança real: nós mesmos e nossa maneira de pensar, sentir e agir. Vamos ter a melhor fase da vida depois de tanta tristeza, estresse e erros na percepção do mundo”.
Mas vale o aviso: depressão, fobias, pânicos e quaisquer outros transtornos da mente, em geral, não constituem “frescura” , “piti” ou fraqueza de caráter. Busque ajuda com profissionais competentes, que “entrem no seu barco” e o ajudam a sair dessa tempestade, desse furacão de queixas, problemas e dificuldades. Chegar à terra firme, encontrar soluções exige maturidade e uma nova visão de si e dos demais.
Quando isso acontecer, você será brindado com uma sensação permanente de bem-estar, equilíbrio e alegria de viver. Tudo valeu a pena, ainda que vida seja uma sucessão ininterrupta de desafios numa busca constante de aprendizado, adaptação e aperfeiçoamento.
Diante da polêmica em torno do sofrimento físico e/ou psíquico vale considerar alguns pontos:
• Erram os médicos que são radicalmente organicistas – buscando apenas no plano biológico a razão de todos os males espirituais. Falta-lhes a visão psicológica, afetiva e espiritual.
• Erram aqueles psicólogos, psiquiatras, terapeutas que tentam explicar tudo baseados em aspectos puramente psicológicos, ambientais, familiares, relacionais ou sociais. Falta-lhes a visão neurocientífica, que é essencial para se entender tais sofrimentos.
Quando é identificado um fator objetivo, um quadro depressivo ou ansioso ligado a uma disfunção biológica, é fundamental interferir cientificamente, pois nem sempre basta o incentivo de familiares e amigos ou a força de vontade de quem sofre desses males. Ou seja, se a depressão ou ansiedade está ligada a alguma alteração nos neurotransmissores cerebrais, na serotonina, dopamina, noradrenalina ou, é preciso, sim, lançar mão de exames, medicação ou ecologia humana.
Nesse caso existe um “erro de funcionamento” que deve ser diagnosticado e tratado. Porém, sendo um problema mais subjetivo, como luto, perda financeira ou separação, muitas vezes o apoio psicoterapêutico é suficiente.
Não existe nem boa nem má experiência. Toda e qualquer experiência existe para ser aprendida e servirá como base de amadurecimento e evolução. E, como diria Gandhi:
“Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos, a consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora, lembraria os erros que adoram cometidos para que não se repetissem, a capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você o respeito aqui que é indispensável: além do pão, do trabalho, além do trabalho, a ação e, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída”.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

8º Grupo – Retardo Mental - 9º e 10º Grupo

Capítulo XI
Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.


Que vai desde leve a profundo (F70-F79)

9º Grupo – Transtornos do desenvolvimento psicológico
Vai desde o transtorno da fala, linguagem e habilidade escolar, até ao autismo típico e atípico. (F80-F89)

10º Grupo – Transtornos emocionais e de comportamento com início na infância e adolescência (F-90-F-99)

Principais exemplos:

10.1 Hiperatividade: Crianças inteligentes mas que não conseguem concentrar-se ou prestar atenção, pois são superagitadas, dispersivas, incapazes de parar ou ficar sossegadas. Estão em constante movimento e não podem manter a atenção num só objeto ou assunto para desespero da família e da escola.

10.2 –Conduta: Postura de oposição e desafio. Não se socializam, estão sempre “aprontando”.
10.3 – Emocionais: Fobias (medos doentios) e ansiedade patológica. Exemplo: não suportam separar-se da mãe; rivalidade entre irmãs, ciúmes, invejas ...

10.4 – Social. Mutismo eletivo (calados para certas pessoas ou situações) falta ou excesso de inibição, além de outros.

10.5 – Tiques: motor (gestos repetitivos) ou vocais (repetições de expressão ou palavras).

10.6 – Emocionais-comportamentais (fisiológicos):
. Enurese (não controlar urina à noite ou de dia).
. Ecoprese (não controlar as fezes)
. Alimentação (pica – perversão do apetite ou do paladar); comer coisas estranhas - terra, fezes, secreções.
. Agressividade: sem sentido.
. Gagueira (fala desordenada).

O amor: esse raro e desejado sentimento, em vias de extinção



Não me arrisco a defini-lo. Afinal, desde que aprendemos que a fala é a única forma de tentar traduzir nossas emoções, desejos, raciocínio, grandes poetas, romancistas, filósofos, tentam nos explicar o que é o amor! E se eu perguntar a cada um dos que se dispõem a gastar alguns de seus preciosos minutos lendo esta coluna, tenho convicção, ninguém conseguirá usar as mesmas palavras ou conceitos para compreender o mais nobre, divino e desejado sentimento que cabe em tão poucas letras: A-M-O-R!
Então, quando assistia a um filme belíssimo, clássico, que denuncia o fim do cavalheirismo, romantismo e sensibilidade masculina e faz uma homenagem aos raríssimos homens, que são realmente capazes de encantar as mulheres sempre carentes e céticas, que alegam que tal "espécime" não existe mais; me deparei com uma das mais belas descrição de tal sentimento: "Qual a única resposta para as quatro perguntas que todo ser humano deve se fazer em algum momento de sua existência: 1) Do que é feito o espírito? 2) O que dá sentido à vida? 3) Pelo que vale a pena a viver? 4) Pelo que vale a pena a morrer? Eis a única resposta: O Amor!!!"
Carentes, infelizes, insatisfeitos, carregados de queixas, angústias, robotizados pelo trabalho insano, casamentos conflitivos, famílias divididas. Embriagados, anestesiados pelas drogas e mesmo que não sejamos conscientes das nossas procuras, nossos desejos somos um bando de humanos vagando sem rumo, mas sempre esperançosos e sonhadores de que numa dessas "esquinas da vida", pudéssemos ser acolhidos, surpreendidos pelo ombro amigo, o abraço eterno, o colo confortável, o "cafuné da alma" que só o amor pode nos brindar!
Ser amado e amar, incondicionalmente, generosamente, desinteressadamente. Sem pré-condições, sem exigências, sem contrapartidas. Apenas experimentar o êxtase indescritível, a serenidade absoluta, a paz de espírito que tudo pode, tudo crê, tudo acalma. Um estado de espírito que transcende qualquer efeito que nos assalta no cotidiano, contaminando nossas emoções. E dá-lhes raiva, ódio, ressentimento, inveja, ciúme, agressividade... Tão mais comuns, tão mais animalescos, tão mais disponíveis nos lares, no trabalho, nas ruas. Enquanto isso, um pulsar rítmico, um carinho gratuito, uma energia divina cisma em resistir ao "mundo cão" e com a sutileza de um olhar, a magia de mãos que se tocam, um meigo sorriso que emoldura o brilho de um olhar expressivo e então somos envolvidos pelo amor!
Abra seu coração, liberte sua alma, relaxe sua mente: o amor é contagioso, até epidêmico, para os que são puros, altruístas, generosos, compreensivos. Basta se libertar dos estereótipos, das máscaras sociais, da vaidade mundana, do apego à estética, ao poder, à matéria.
Mas concordo quando todos queixam de que não encontram o amor em nada e em ninguém! Ele se esconde exatamente onde nunca nos dispomos a procurá-lo: dentro de nós mesmos!!! E, se libertado, expande em todas as direções! Acredite...
Faça contato pelo blog www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e também no Twitter: www.twitter.com/eduardoaaquino ou jornalsupernotícias.com.br (Coluna Eduardo Aquino).

Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia – Belo Horizonte – MG publicada no dia 15/08/2010.

sábado, 14 de agosto de 2010

7º GRUPO – TRANSTORNO DE PERSONALIDADE E DE COMPORTAMENTO EM ADULTOS (F-60-F69)

Neste item, vale frisar que personalidade – temperamento ou natureza – são características inatas. já nascem com as pessoas. Por isso, psicoterapias ou medicamentos não surtem o efeito desejado e os resultados de uma abordagem médica, farmacológica, ou psicoterapêutica têm suas limitações.
Exemplos mais comuns:

7.1Paranóia (sentir-se perseguido).
7.2 Sociopatia: postura marginal. Não seguem normas nem leis, “aprontam a vida inteira” na escola, na família, na sociedade; ineducáveis, frios, não sentem culpa e lesam qualquer pessoa, até os próprios familiares.
7.3 Impulsivo (até a agressividade).
7.4 Dependente.
7.5 Evitadores: fogem de qualquer contato com outros
7.6 Jogadores compulsivos (jogos de azar), cleptomaníacos (roubo), piromaníacos (incendiadores)...
7.7 Transtornos sexuais (fetichismo, exibicionismo, sadoma-soquismo, pedofilia ...).
7.8 Opção sexual: (homossexualismo, bissexualidade, etc.).
7.9 Simulação de doenças, entre outros expedientes em proveito próprio, como afastamento do trabalho.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

6.2 – Disfunção de sono: insônia, hipersônica

(exagero), temor noturno, pesadelos, alteração das fases do sono.

6.3 – Disfunção da sexualidade: vai desde a falta de apetite sexual (ausência de libido) à aversão/antipatia, à falta de orgasmo, à ejaculação precoce, até ao excesso de apetite (impulsividade), vaginismo (dor genital no ato sexual).

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

6º Grupo – Síndromes comportamentais associadas a perturbações fisiológicas e fatores físicos (F060-F69)

Livro Eduardo Aquino: Labirintos do Corpo e da Alma

Destacam-se aqui os itens:

6.1 - Transtornos alimentares: Cada vez mais comuns, principalmente entre crianças e jovens.
6.1.1 - Anorexia nervosa: grave quadro de aversão a alimentos (comuns após regimes severos), ausência de apetite e de prazer ao alimentar-se e grande perda de peso e delírio estético-corporal (acham sempre que ainda necessitam emagrecer). É uma síndrome séria, que pode levar à morte por inanição.

6.1.2 - Bulimia nervosa: alimentam-se com sentimento de culpa e forçam o vômito para eliminar calorias ingeridas;

6.1.3 – Hiperfagia (obesidade ansiosa): alimentação exagerada, desproporcional, compulsiva, associada a um alto grau de ansiedade;

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

5.5.2 Hiperatividade/Vigília e perscrutação

5.5.2 Hiperatividade
• Fôlego curto ou sensação de asfixia;
• Palpitação ou aceleração do ritmo cardíaco;
• Sudorese ou mãos frias e úmidas;
• Boca Seca;
• Vertigem ou sensação de cabeça leve;
• Náusea, diarréia ou desconforto abdominal
• Ondas de calor ou calafrios;
• Micção freqüente
• Dificuldade de deglutir ou “nó na garganta”.

5.5.3 Vigília e perscrutação
• Sentir-se incitado ou impaciente;
• Resposta de sobressalto exagerado;
• Dificuldade de concentração ou mente em branco por causa da ansiedade;
• Irritabilidade;
• Dificuldade em adormecer ou permanecer dormindo.

Livro Eduardo Aquino: Labirintos do Corpo e da Alma
Continuação Capítulo XI – Resumo das principais alterações psíquicas (metais) e comportamentais. 5º Grupo – Transtorno Neurótico
(ou ansiedade ligados aos estresse e somatoforme – com repercussão na parte física).

domingo, 8 de agosto de 2010

Pais e professores: vamos dar um basta à ditadura de filhos e adultos!



Todos os limites foram ultrapassados, já não há bom senso nem estatutos de criança e dos adolescentes que funcionem. E, seja justo, ninguém aguenta mais conviver com o egoísmo, o narcisismo, a indiferença de crianças e adolescentes (e sendo ainda mais coerente, também os adultos jovens - "adultescentes").
Estamos vivendo uma época de contrastes e diferenças extremamente conflitivos - valores, éticas, moral de uma geração bate de frente com a geração mais nova. Cada vez a afetividade, a admiração mútua, a comunicação, o viver no mesmo ambiente, a transmissão de valores, sabedoria, a experiência fundamental que os mais velhos transferiam para os mais novos, fenômeno que sempre ocorreu até as duas últimas décadas, simplesmente desapareceram.
De repente, uma geração (chamada de "Y") de nascidos nas décadas de 80 e 90 foi criada por "babás eletrônicas", ninada por telas, amamentada por celulares, recreando com games violentos e pueris e viciados em tecnologia, exibindo seu narcisismo em redes sociais, infantilizados na "fofocoterapia" inútil e nos orkuts, facebooks, usando de forma covarde, virtual e à distância os multimeios para "detonar" a intimidade, a privacidade de seus desafetos.
E os "youtubes" da vida, ora ridicularizando, ora infantilizando, ora criando "ídolos" que, como foram "criados" do nada e ficaram famosos à velocidade da luz, da mesma forma desapareceram tal como cometas da fama irreal. Sim "BBB", a busca de fama, de destaque, de divulgação, mas sem conteúdo e competência, são fadados a ter "voo de galinha". E atualmente a nudez de adolescentes se exibindo 24 horas por dia em "strip-tease" e até "filmes pornôs" ao vivo, basta clicar?!?
Resultado disso: banalização do sexo, das drogas, da violência, da absoluta falta de educação, de valores e ideais.
E nós adultos?! Sem saber por onde começar, desajeitados para entender essas tecnologias que a cada dia são mais disponíveis, com novidades que não acompanham: Ipod, Iphone, Ipad e haja "I" alguma coisa. Mas compramos o que eles querem, fechados no quarto, escravos de telas, preguiçosos, chatos, irritados, exigentes. Outros desaparecem e se amontoam em lan houses, longe da "encheção de saco" dos adultos.
Chega!!! Basta!!! Não admitam gritos de filhos, palavrões de alunos, ameaças e chantagens! Vamos assumir o comando, como sempre aconteceu na natureza: adultos têm obrigação de impor limites; de dizer "não!!!"; impor punições (e não me refiro a espancar ou humilhar), que é tirar os "prazeres" dos filhos (ficar sete dias sem games, não pagar e tirar celulares, proibir "baladas" e assim por diante).
É inadmissível sermos tão passivos, "preocupados" excessivamente com eles, escravos de suas chantagens, jogos de pena, dó, opressão, culpas do tipo "não pedi para nascer" ou "é sua obrigação me sustentar". Não, não e não! Cada ser humano faz sua própria história, é autor de seu enredo, é artesão do seu mundo. Pais e educadores não são culpados nem responsáveis pelo sucesso ou fracasso de alunos ou filhos!!! São apenas companheiros de viagem.
Chega de fraqueza, omissão, medo de filhos e alunos "terroristas, sabotadores, sádicos, torturadores, insolentes, ditadores". Quem dita as regras, as normas, as leis somos nós!!! Se quiserem o mundo de preguiça, exigência e sem limites que estudem, trabalhem ganhem a própria "grana" e tenham seu próprio espaço para morar, aprontar e ver como é duro viver de forma digna e honesta!
E agora a "lei que proíbe palmadas pedagógicas". É o fim do bom senso, das leis naturais como o Estado, a Justiça, os políticos querem interferir até em nossas casas e na nossa privacidade?!? Que eles tratem é de melhorar a saúde, a educação, a moradia e a segurança, pois, para isso pagamos pesados impostos! Chega, mãos à obra.
Vamos criar um movimento "Pais e professores Unidos para um mundo de paz, serenidade, prazer, sabedoria".
Faça contato pelo www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e no www.twitter.com/eduardoaaquino.
Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia publicada no dia 08/08/2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

5.5. Distúrbio de ansiedade generalizada/Tensão Motora

Ansiedade e preocupação improcedentes ou excessivas (espera apreensiva) acerca de duas ou mais circunstâncias de vida. Por exemplo: preocupação sobre possível infortúnio do filho (que não está em perigo), e preocupação injustificada sobre finanças, por um período aproximado de seis meses, durante os quais a pessoa se aborreceu a maior parte dos dias desnecessariamente por causa destes assuntos.
Ao menos seis dos seguintes sintomas estão presentes no ansioso:

5.5.1 Tensão motora
• Tremor, abalos ou sensação de balanço;
• Tensão, dores ou edemaciamento musculares;
• Inquietação
• Fadiga fácil.

Livro: Labirintos do Corpo e da Alma
Continuação do Capítulo XI
Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

5.4.2 Compulsão

5º Grupo – Transtorno Neurótico
(ou ansiedade ligados ao estresse e somatoforme – com repercussão na parte física).
Comportamentos ritualistas repetitivos, propositados e intencionais, desempenhados em resposta a uma obsessão. Exemplo: mania de lavar as mãos com freqüência, checar portas e janelas, rituais no vestir, na postura.
Tal comportamento tem a finalidade de neutralizar ou prevenir desconforto em alguma situação difícil. Contudo, ou a atividade não está conectada de forma apropriada com o que está sendo planejado para neutralizar ou prevenir, ou ela é nitidamente excessiva ou desnecessária. Na maioria dos casos, a pessoa reconhece que seu comportamento é excessivo ou irracional.
As obsessões ou compulsões causam sofrimento acentuado, são consumidoras de tempo (ocupam mais de uma hora por dia), ou interferem significativamente na rotina normal do indivíduo, no seu desempenho ocupacional, ou nas atividades ou relações sociais com os outros.

Livro: Labirintos do Corpo e da Alma
Continuação do Capítulo XI
Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O que deve fazer uma garota de 14 anos que namora escondido e tem medo de contar aos pais?


Sempre que existe falta de confiança e medo da repreensão e de não ser compreendido, é sinal de que a relação tem de ser revista. O namoro escondido é uma falha tanto dos filhos quanto dos pais. Dos filhos, por estarem traindo a confiança dos pais, e destes, por não estarem sabendo lidar bem com a autoridade.
Uma sugestão para resolver problema é que a garota tente contar aos pais como se fosse algo que estivesse acontecendo com uma colega, e verificar a reação deles. Outra sugestão é contar com a ajuda de uma pessoa ligada tanto à garota quanto aos pais, no sentido de ir sensibilizando-os para um fato tão natural e inevitável quanto é o namoro.

domingo, 1 de agosto de 2010

A paixão, o vício, o amor (raro, mas possível)



Passando numa banca de revistas me deparo com uma revista super interessante cujo título era o Amor, e como a ciência o explicava. Sempre fico com o pé atrás com tais reportagens, muitas vezes ocas e imprecisas. Mas minha surpresa foi altamente positiva a ponto de hoje distribuir xerox para todos os que se confundem e sofrem nas relações cada vez mais doentias entre homens e mulheres, de todas as idades, em meio a ciúmes doentios, dependências afetivas severas.

Vejamos alguns tópicos:

1- Homens são atraídos pelos traços físicos e estéticos das mulheres, enquanto estas são atraídas mais pela capacidade dos homens de gerar boa parte e protegê-los.

2- A atração gera modificações bioquímicas no cérebro e o sexo ao aumentar a produção da dopamina, a mesma que aumenta no consumo das drogas como a cocaína. E isso gera a paixão, condição extrema afetiva, altamente viciante, perigosa, pois ao criar dependência, abstinência e tolerância, modifica doentiamente o comportamento, com perda crítica da realidade, prejudica o desempenho profissional, estudantil, a vida familiar e social do "apaixonado" que fica monotemático, "enlouquecido" pelo seu objetivo de paixão, resultando num severo quadro de dependência afetiva, onde o apaixonado fica delirante de ciúmes, obsessivo, violento, paranoico, controlador, possessivo. Veja nos jornais diariamente, o aumento assustador dos crimes passionais, vinganças contra "ex", sequestros etc.

3- Quando a paixão termina (pode durar dias, meses e no máximo sete anos), ou resulta em indiferença, ou em aversão (antipatia), ou amor, algo bem mais morno, menos sexual e voluptuoso, e sim um sentimento gradual, sereno, calcado em quatro bases: admiração mútua, respeito, lealdade, afinidade.

4- O amor faz o cérebro aumentar a produção de occitocina, um hormônio que antes se achava que era útil na expulsão do feto e incentivo a amamentação, e hoje intimamente ligado ao amor. Tanto assim que ao borrifar occitocina na narina de homens e mulheres, estes se tornam mais generosos, menos egoístas e mais solidários.

Pois é meus amigos, num mundo em que cada vez mais e mais nós "animalizamos" e o sexo ficou banal, instintivo, descartável, "apaixonados" perdem a cabeça e se empobrecem afetivamente somos cada vez mais "adolescentes" afetivamente falando, carentes, instáveis infelizes nos namoros, casamentos, "viciados no outro", temendo ficar só. E sonhando o amor, fantasiando esse amor, desejoso desse amor!

Por onde começar? Que tal dentro de si mesmo... O resto é consequência. Nada pior que ter seu humor, sua mente, sua vida dependente de alguém! Ninguém pode ser "oxigênio" do outro, ninguém pertence a ninguém, a não ser a si mesmo! Por isso, pergunto: vale a pena ser escravizado na "gaiola do outro" ou é preferível ter o próprio ninho afetivo bater asas juntos e ser feliz?

Coluna eduardo Andrade Aquino para o Jornal Super Notícias(Belo Horizonte – MG) publicada no dia 01/08/2010.

sábado, 31 de julho de 2010

5.4.1. Obsessão

5.4. Distúrbio obsessivo – compulsivo


Idéias, pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que são vivenciados, ao menos inicialmente, como invasivos e sem sentido. Por exemplo, os impulsos repetidos de um pai para matar o filho querido; pensamentos de blasfêmias de uma pessoa religiosa; idéia de ter provocado um acidente; idéias mágicas, entre outras fantasias. O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos e impulsos ou neutralizá-los com outros pensamentos.Reconhece que as obsessões são produto de sua própria mente, não impostos de fora.
Há crítica, mas não consegue impedir a idéia obsessiva, que é vivida com culpa, ansiedade, insegurança e dúvidas. Enfim , um grande conflito entre idéias mágicas (obsessivas) e idéias lógicas ou reais.

Fobia Simples

Capítulo XI
Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais - continuação


Medo persistente de um estímulo circunscrito (objeto ou situação), que é o medo de ter um ataque de pânico, humilhação e embaraço em certas situações sociais. Exemplo: fobia de animais, fobia de sangue, claustrofobia (fobia de lugares fechados), acrofobia (fobia de lugares altos), fobia de viajar de avião... O restante do quadro é como o descrito no quadro de fobia social.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

5.2 – Fobia social

Capítulo XI – Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.
As principais alterações psíquicas e comportamentais.


Medo persistente de situações sociais em que a pessoa seja exposta a possível fiscalização pelos outros, temendo cometer gafes ou comportar-se de forma humilhante ou embaraçosa. Os exemplos incluem:
• Ser incapaz de continuar a falar ao se apresentar em público;
• Engasgar com alimento quando come diante dos outros;
• Ser incapaz de urinar em banheiro público;
• Tremer as mãos, quando escreve em presença de outros;
• Dizer coisas tolas ou não ser capaz de responder aos interlocutores em situações sociais.
A situação fóbica é evitada ou tolerada com intensa ansiedade.
A exposição a estímulo fóbico específico quase invariavelmente provoca resposta imediata de ansiedade.
O comportamento de fugir e evitar interfere no funcionamento ocupacional ou nas atividades sociais mais comuns e nas relações com outras pessoas, e há sofrimento acentuado do indivíduo sem convívio social.
A pessoas reconhece que seu medo é excessivo e irracional, sendo incapaz, entretanto, de modificar seu comportamento.

domingo, 25 de julho de 2010

“A boca diz aquilo que o coração anda cheio"

A frase entre aspas é de Jesus Cristo, e passados mais de 2.000 anos, nunca foi tão atual.
Vivemos um dos piores períodos da história, no que diz respeito ao relacionamento entre os seres humanos: filhos gritam, xingam e até agridem os pais e avós, intoxicados pelo álcool, maconha, crack e outras drogas que criam uma falsa sensação de alegria e paz de espírito ilusórios. Que na verdade estão demenciando, destruindo a vida e mudando o caráter daqueles que acham lindo as baladas a embriaguez, a consciência alterada aos 12, 15, 20, 30 anos, mas que serão os desdentados, dementes, sem afeto, sem amor, sem dignidade aos 40, 50, 60 anos.
Lixos humanos, em delegacias, penitenciárias ou mortos feito "almas penadas". Nas escolas não é diferente: os nossos antigos, queridos e respeitados professores, de quem guardávamos boas lembranças, até das broncas e notas baixas, a quem chamávamos de "mestres", hoje são seres deprimidos, angustiados, medrosos, robotizados, vítimas de alunos desrespeitosos, sem limite, violentos, "quase inimigos" dos educadores e adultos.
Mas e em casa, na família, no trabalho? A mesma coisa! Casais separam-se por absoluta imaturidade, frustrações não aceitas, briga infantil de "egos" pueris. E os filhos, quando frequentam a casa do pai e mãe, em geral, com outros membros (enteados, padrastos, madrastas) se formam "mísseis" que detonam uma e outra casa, e os "filhos-bombas" são usados para destruir carreiras, caráter. Vítimas de pais separados são "estraçalhados" pelo ódio e maldade humana, e se tornam os "problemáticos", maus alunos e usuários de bebidas e drogas sem admiração pela figura materna e/ou paterna. E no trabalho? "Fofocoterapias" arrasam, Orkuts, Facebooks, Twitter, Msn e outros instrumentos da covardia virtual, espalham "boatos malévolos", e assim, más conversações e opressão, se misturam a inveja, ciúme, puxa-saquismo, ódios e ressentimentos vão envenenando o ar. E assim contaminando todo o ambiente de trabalho, todos são vítimas do "peso" que vão criando baixa produtividade, afastamentos médicos, e até aversão, detonando a carreira profissional e história pessoal.
É... Cristo como sempre nos ensinou e doutrinou de forma sábia e atemporal: "A boca fala daquilo que o coração anda cheio". Quando a humanidade caminha para a maior epidemia de depressão, estresse, fobias, ansiedades generalizadas, uso generalizado de bebidas e drogas, gangues e violência multiplicando-se a sociedade moderna, tecnológica, mas troglodita e animalesca que criamos.
E Cristo na eternidade nos observando e refletindo: cadê o perdão, a misericórdia, a compreensão, o "amor aos outros, como a ti mesmo"?
Fim dos tempos?
Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia (Belo Horizonte – MG) publicada dia 25/07/2010.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

5.1.1. Subtipo de distúrbio de pânico ato descontrolado

Capítulo XI
Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

5º Grupo – Transtorno Neurótico (ou ansiedade ligados ao estresse e somatoforme – com repercussão na parte física).


Medo de estar em lugares ou situações de onde é difícil sair ou nas quais a ajuda pode não estar disponível, no caso de um ataque de pânico. Como resultado desse medo, a pessoa ou restringe sua locomoção ou precisa de uma companhia quando sai de casa, ou senão tolera situações de agorofobia, apesar da intensa ansiedade.
Situações comuns de agorafobia incluem: estar sozinho fora de casa, estar numa multidão, permanecer numa fila, estar numa ponte e viajar de ônibus, trem ou automóvel. Pode haver casos de agorafobia sem história de distúrbio de pânico.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

5º GRUPO – TRANSTORNO NEURÓTICO

Capítulo XI
Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

(Ou de ansiedade ligados ao estresse e somatoforme – com repercussão na parte física)


5.1. – Distúrbios de pânico
Durante um dos “ataques”, que ocorrem de forma inesperada, sem situações correlatas e tendem a se repetir, devem estar presentes pelo menos quatro dos seguintes sintomas:
• Falta de ar ou sensação de asfixia;
• Vertigem, sentimentos de instabilidade ou sensação de desmaio;
• Palpitação ou ritmo cardíaco acelerado;
• Tremor ou abalos;
• Sudorese;
• Sufocamento;
• Náusea e desconforto abdominal;
• Sensação de estranheza em relação a si e a o ambiente;
• Anestesia ou formigamentos;
• Ondas de calor ou calafrios;
• Dor ou desconforto no peito;
• Medo de morrer;
• Medo de enlouquecer ou de cometer ato descontrolado.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Continuação do 4º Grupo – Transtornos do Humor

Capítulo XI – Resumo das Principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

4.3. Ciclotimia (transtorno persistente do humor): “8 ou 80” – um dia se sente o máximo, produtivo, eufórico; no outro, apático, triste, desanimado.

4.4. Mania: Sempre excitados, euforia doentia, gastos exagerados e acima de sua capacidade financeira; falantes, repetitivos. Têm idéias de grandeza, excesso de sexualidade; raciocínio rápido, baixa de juízo crítico da realidade; megalomania, idéias religiosas exarcebadas (contatos divinos, experiências místicas: são os visionários excêntricos), confusão mental; disposição física exuberante; hiperatividade física e mental. Não sentem sono ou cansaço, querem fazer muita coisa ao mesmo tempo. São acelerados, agitados e têm delírio de grandeza e de poder, além de irritados e agressivos.

4.5. Transtornos afetivos bipolares: Na verdade, os bipolares alteram fases mensais ou anuais, com características extremas (humor flutuante, altos e baixos), onde ora prevalece um profundo quadro depressivo, ora um profundo quadro maníaco.
Para uns, pode haver diversas fases depressivas, que é o mais comum; e, raramente, algumas maníacas. Ou ainda diversas fases maníacas e algumas depressivas. Há também aqueles que apresentam fase maníaca e depressiva se alternando ritmicamente.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

4.2. Distimia (transtorno persistente do humor): síndrome do mau humor.

4º Grupo – Transtorno do Humor (F30-F39 – Transtornos Afetivos)
Capítulo XI – Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

É o eterno mal-humorado, irritado, reclamador, nervoso, que só vê o ruim, só fala do negativo. Humor depressivo ou irritável, pelo menos, por dois anos. Nunca o paciente passa mais de dois meses sem estes sintomas e muito mais dias com os transtornos do que sem eles.
• Apetite diminuído ou hiperfagia;
• Insônia ou hipersonia
• Baixa energia ou fadiga
• Baixo auto-estima;
• Concentração diminuída ou dificuldade de tomar decisões;
• Sentimento de desesperança.

domingo, 18 de julho de 2010

A terrível epidemia da depressão, pânico, fobias, ansiedades generalizadas...

Vira e mexe, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte: estamos cada vez mais próximos de uma falência efetiva global! Os transtornos de comportamento, distúrbios psíquicos e adição a drogas caminham para se tornar o maior problema de saúde do mundo!
Globalizamos a tristeza, os medos, a preocupação sem fim, a síndrome do pensamento disparado, que nos impede de ter acesso ao relaxamento, à alegria, ao prazer de viver. "Mortos-vivos" que, na sua linguagem cotidiana, repetimos de forma banal, expressões que nem percebemos:
-"Doutor, eu morro de medo de...."
-"E morro de preocupação com..."
-"Eu morro de tristeza com meus filhos..."
Enfim morre-se de algo terrível a cada segundo já que pela física quântica aplicada ao psiquismo humano "pensar equivale a uma realidade" para o cérebro. Afinal, este é um mero computador (hardware) que processa as três energias psíquicas: pensamentos, emoções e pulsões.
Softwares" que rodamos no cérebro. Ora, como este não sabe distinguir entre imaginação, sonhos ou realidade (o exemplo clássico é de um adolescente que consegue o orgasmo, ora se masturbando, ora tendo um sonho erótico, ora efetivamente transando com uma colega), chegamos assim ao "inferno mental": sofremos por antecipação nos angustiando com ideias negativistas, vendo um mundo-cão, devorando as notícias terríveis do caso Bruno, dos Nardoni e as atrocidades diárias que nos fazem negativistas, medrosos, descrentes com os nossos semelhantes!
Não vivemos, apenas sobrevivemos a mais um dia, mais um ano. E tudo isso, em meio a tecnologias avançadas com celulares que só faltam falar, TV’s de plasma, internet a nos viciar, games psicóticos, "fofocoterapias" graves nos Orkuts, Msn, Twitters e outras tecnofilias. Quanto mais sofisticados eletronicamente, mais falidos afetivamente!
Ninguém tem tempo de relaxar, ser feliz, olhar a lua, ver o dia nascer, fazer cafuné em quem ama, ser leal, dar e receber afeto, compreender o semelhante , respeitá-lo.
Abuso de bebida, de drogas, corrupção financeira, sexo promíscuo, suicídio, separações conjugais, dificuldades crescentes nas relações interpessoais em casa, no trabalho ou escola, na vida social...
E pensar que Deus nos criou para o prazer, alegria, serenidade para sonhar e ter paz de espírito!
Aonde nos perdemos deste caminho?!

Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia (Belo Horizonte - MG) publicada no dia 18/07/2010.

sábado, 17 de julho de 2010

4º Grupo – Transtorno do Humor (F30-F39 – Transtornos Afetivos)

Capítulo XI – Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

Devido à importância e ao aumento cada vez mais significativo das depressões, vamos nos deter mais neste grupo.

Distúrbios de depressão maior

É o distúrbio em que o humor muda de seu estado normal para um de intensa tristeza, medo, insegurança, irritação, ausência de interesse ou prazer. E, ainda, perda ou ganho de peso, falta ou excesso de apetite, insônia ou hipersônia, agitação ou lentificação psicomotora; fadiga ou perda de energia; sentimento de desvalia ou de culpa excessiva ou inadequada; perda da habilidade de pensar ou concentrar-se; indecisão, pensamentos recorrentes de morte.

4.1. Existem diversos tipos de transtornos afetivo:

A – Recorrentes: Vêm e voltam de época em época, dependendo de problemas externos: perdas, pressão ambiental ou não.

B – Quadros leves, moderados ou graves quanto à intensidade dos sintomas
C – Com ou sem sintomas físicos: Os mais comuns: dor no corpo, tonteiras, dor de cabeça, coração disparado, falta de ar; dor no pescoço, costas e pernas; azia, gastrite, colite nervosa, tremura, náuseas e vômitos; perda ou ganho de peso; insônia ou excesso de sono; pressão lábil (altas ou quebras súbitas); hipoglicemia, desmaios, entre outros.

D- Com sintomas psicóticos: delírio de ruína (acha que vai falir, não vai dar conta no futuro), ciúme doentio, mania de perseguição, e outros mais.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Capítulo XI - 3º GRUPO – ESQUIZOFRENIA

Capítulo XI - Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

3º GRUPO – ESQUIZOFRENIA
(F20-F29 – Esquizofrenia, transtornos esquizotípico e delirante)

Transtornos graves onde existe grande comprometimento do psiquismo, com profundas distorções do pensamento e da percepção da realidade, além de uma relação afetiva estranha, inadequada ou embotada. A pessoa começa a agir de forma pouco convencional e a dizer coisas que não fazem sentido. Apresenta idéias de perseguição, alucinações, vê coisas, ouve conversas e tende a se retrair e isolar.
É o prognóstico (expectativa) mais reservado das doenças mentais, mas, graças a antipsicóticos de última geração e ao avanço das neurociências, têm-se verificado muitos progressos, melhorando acentuadamente a qualidade de vida do esquizofrênico e de sua família.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

F10-F19 – TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO DECORRENTES DO USO DE SUBSTÂNCIA PSICOATIVA (CONSIDERADA DROGA).

2º GRUPO – ABUSO DE DROGAS
Capítulo XI – continuação: Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

F10 – Decorrentes do uso de álcool;
F11 – Decorrentes do uso de opióides;
F12 – Decorrentes do uso de Carnabinóides;
F13 – Decorrentes do uso de sedativos ou hipnóticos;
F14 – Decorrentes do uso de cocaína;
F15 – Decorrentes do uso de outros estimulantes, incluindo cafeína;
F16 – Decorrentes do uso de alucinógenos;
F17 – Decorrentes do uso de tabaco;
F18 – Decorrentes do uso de solventes voláteis;
F19 – Decorrentes do uso de múltiplas drogas e uso de outras substâncias psicoativas.

terça-feira, 13 de julho de 2010

2º GRUPO – ABUSO DE DROGAS

Capítulo XI – continuação: Resumo das principais alterações psíquicas (mentais) e comportamentais.

(F10-F19 – TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO DECORRENTES DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS)

Droga é toda substância que, ao circular no sangue com sua química específica, acaba desencadeando alterações psíquicas e físicas graves, que podem variar de um estado de desinibição e euforia até ao de agressividade intensa, perda do juízo de realidade, alucinações, delírios, coma ou morte.
Principais características das drogas:

A mais nítida é a dependência, que leva a pessoa a sentir uma série de sintomas físicos e psíquicos na sua ausência – a chamada crise de abstinência. E a tolerância, ou seja, com o passar do tempo é necessário aumentar a quantidade, a freqüência, ou usar drogas mais pesadas para sentir os efeitos desejados (e indesejados).
Observem que o cigarro e a cafeína não são considerados drogas.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Os problemas do caráter

Homens oscilam entre o jeito padre e gângster de ser. Mulheres variam de madres e prostitutas. Afinal, quem somos? Está aí o caso Bruno que não me deixa mentir. A linha que separa o ídolo do marginal é tão frágil quanto a que separa o amor do ódio, o lado santo do diabólico, o jeito passivo do agressivo, e assim será.

Somos fruto de gerações ancestrais e pensando que temos dois pais, quatro avós, oito bisavós, dezesseis trisavós e nessa progressão geométrica, assim sendo inevitavelmente, além das características físicas que o projeto Genoma provou que herdamos - belezas, feiúras, calvícies, alcoolismo, diabetes, entre outras possibilidades de ser saudável, carregar doenças genéticas familiares (evidente que o meio ambiente se soma às tendências hereditárias) - o certo é que herdamos também, características comportamentais, de personalidade, neuroses, fobias, depressão. Hoje, convicto, digo que um dia, nossa "porção energia" (notadamente a mente com suas energias psíquicas do pensar, sentir, agir e a alma com sua energia de fé) serão detectáveis e aí, inevitavelmente, viajaremos pelo tempo e espaço. Serão feitas por todo ser humano em busca de si mesmo, resgatando histórias de ancestrais (regressão a vidas passadas - RVP, ou seriam as outras encarnações - como prega o espiritismo, ou ainda os outros karmas, como defendem os budistas e hindus, ou simplesmente por pesquisas de biologia molecular, ou de psiquiatria transpessoal, ou um fenômeno que explicaria todas as teorias acima com viés cientifico - as memórias ontogenéticas - onto vem do grego "origem" e genética que se refere aos genes) ou explicações para comportamentos estranhos como medo de escuro, de altura, a timidez extrema a promiscuidade sexual, a tendência à marginalidade, corrupção, as vocações para música, medicina, magistratura, visão pacifica ou psicopática, e todas as características comportamentais de relacionamento interpessoal, de generosidade ou maldade da alma e mente humana e se meu tataravô fosse um sádico fazendeiro que maltratava escravos? E se minha trisavó, fosse uma santa que passando por todo tipo de sofrimentos, penúrias e ainda assim fosse pessoa doce, afetiva, com fé e bondade inigualáveis?

Teria eu, na minha alma, tendências para ser alguém maravilhoso, ou um mau caráter, corrupto, sádico? E tendo esse horizonte existencial, que vai da luz mais divina até a mais escura das trevas, teria o arbítrio só meu, de usar minha inteligência, sensibilidade, habilidades tanto para agir e assim construir um novo mundo, novo tempo para meus filhos, netos, tataranetos (mesmo que eu não usufrua deste novo tempo) ou reagiria e assim destruiria minha existência, com atitudes de ganância, desonestidade, corrupção, promiscuidade, uso de bebidas e drogas?
De uma coisa, vocês leitores e amigos podem ter certeza, após 30 anos lidando com milhares de pacientes, conhecendo pessoas, lugares, países e religiões: esse nosso plano material não é lugar para amadores. Aqui, céu, inferno e purgatório convivem lado a lado. Almas penadas, gente vendendo a alma para o diabo e pessoas absolutamente generosas, carismáticas e cidadãs ajudando e se doando para os mais necessitados, carentes, doentes e infelizes. Se o espírito é o CNPJ divino, nossa alma pessoal é o CPF.

Portanto, escreva sua história, seja artesão do seu mundo, tome seu arbítrio em busca da luz (muitos os chamados, poucos os escolhidos) ou mergulhe nas trevas onde o sexo, o dinheiro fácil, o poder ilusório, o apego a bens materiais e às pessoas, a bebida e droga, vão rapidamente conduzindo: ídolos, políticos, falsos líderes, e profetas em direção à ampla porta e largo caminho que conduz à perdição. É isso o tal do livre-arbítrio. Caminhe.
Coluna Dr.Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícias (Belo Horizonte – MG) publicada no dia 11/07/2010.

sábado, 10 de julho de 2010

Capítulo XI - 1º Grupo – Quadros Demenciais

Capítulo XI – Resumo das principais alterações psíquicas (Mentais) e Comportamentais

Vamos conhecer, por grupos, as principais alterações psíquicas e comportamentais.

(F00-F09 – Transtornos mentais orgânicos, incluindo os sintomáticos)

São mais conhecidos como “esclerose” e seria um envelhecimento patológico ou senilidade, em contraste com um envelhecimento saudável ou senescência.
Hoje, os quadros senis mais comuns são chamados de ALZHEIMER e se caracterizam, basicamente, por perda progressiva das funções nobres, psíquicas e motoras, notadamente memória recente, desorientação no tempo e espaço, e progressiva dependência para tarefas simples, alimentar-se, controlar fezes e urina... A expectativa de prognóstico ainda é sombria, mas muita coisa tem sido estudada para diminuir o impacto dessa doença em nível pessoal, familiar e social.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

RESUMO DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES PSÍQUICAS (MENTAIS) E COMPORTAMENTAIS

CAPÍTULO XI - CONTINUAÇÃO

Nota: Os comentários a seguir foram baseados no CID.10 (Código Internacional de Doenças) da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Os códigos à esquerda de cada descrição correspondem à transcrição integral do CID-10

TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO
F00-F09 Transtornos mentais orgânicos, incluindo os sintomáticos
F10-F19 Transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substância
psicoativa
F20-F29 Esquizofrenia, transtornos esquizotípico e delirante
F30-F39 Transtornos do humor (afetivos)
F40-F49 Transtornos neuróticos, relacionados ao estresse e somatoformas
F50-F59 Síndromes comportamentais associadas a perturbações fisiológicas e a fatores físicos
F60-F69 Transtornos de personalidade e de comportamento em adultos
F70-F79 Retardo Mental
F80-F89 Transtornos do desenvolvimento psicológico
F90-F99 Transtornos emocionais e de comportamento com início que, usualmente, ocorre na infância e na adolescência.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Capítulo XI:Resumo das principais alterações psíquicas (Mentais) e Comportamentais

Neste capítulo busco partilhar com meus leitores a descrição e a classificação das alterações comportamentais.
Sei, por experiência própria, que há grande curiosidade – e grande desinformação – em relação ao comportamento humano. Para isso, contribui imensamente o crescente aparecimento de doenças mentais. Isto me fez refletir que este livro, embora seja escrito em linguagem simples e acessível, pode interessar também aos muitos profissionais de saúde que, de forma direta ou indireta, lidam diariamente com a mente humana. Assim, optei por usar o Código Internacional, citando as alterações e comentando e descrevendo as mais importantes e prevalentes.
É a parte mais técnica do livro e sugiro aos “impressionáveis” uma leitura mais rápida. Outro detalhe que já tive a oportunidade de perceber é uma “identificação” com os quadros descritos. Então, para evitar um autodiagnóstico alarmante, vale lembrar que todos nós temos medo, ansiedade, angústia e outros sentimentos e emoções que podem se confundir com os quadros descritos. Cabe ao profissional da área de saúde mental – e somente a ele – “separar o joio do trigo”.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Capítulo X - Continuação: Correlações entre Corpo/Cérebro/Mente

Também não podemos ser radicais ou ingênuos e achar que “tudo é psicológico”. Cabe ao bom profissional distinguir entre um problema de natureza orgânica ou física e uma queixa de fundo emocional ou psíquica.
No entanto, cada vez mais a OMS (Organização Mundial de Saúde) adverte: Não se deve ter uma postura de valorizar muito os sintomas, pedindo exames excessivos e prescrevendo sintomáticos – remédios para sintomas. É preciso investigar o ser humano que faz a queixa. Em outras palavras, mais importante do que a queixa “meu coração está disparando” é buscar conhecer a história, o perfil psicológico, as relações familiares e sociais do “dono do coração que anda disparando”. Talvez assim melhorem as relações curador/paciente e seja resgatado o papel humanístico e terapêutico dos médicos, psicólogos, religiosos, enfermeiros, dentistas, pedagogos.
Somos um mosaico genético, com boas e más heranças, virtudes e defeitos e temos que sobreviver em meio às diferentes estruturas familiares. Viemos de diferentes ambientes – família, país, cidade, bairro, rua. Somos parte de uma diversidade de ambientes sociais, políticos e econômicos, sofrendo constantes pressões profissionais e financeiras. Carregamos também em nossa bagagem as heranças étnicas ou raciais que, às vezes, determinam maior predisposição para doenças físicas ou psíquicas. E ainda temos de suportar o peso das nossas resoluções pessoais, o conjunto de decisões e ações que tomamos durante a existência e as conseqüências dessas escolhas sobre o nosso estilo de vida.
Assim, imagine o trabalho imenso do cérebro, do corpo e da mente, tentando nos dar equilíbrio e paz interior. Principalmente nos dias atuais, em que as mudanças ocorrem com uma rapidez vertiginosa e somos bombardeados por informações via satélite e via Internet o tempo todo. Não é à toa que estamos tão adoecidos, insatisfeitos e desequilibrados.
Esquematicamente, poderíamos dizer que o corpo reage errado (originando sintomas) a uma hiperativação cerebral (excesso de estímulos que ele tem que processar) a partir do excesso de atividade mental (síndrome da pensação) – principalmente diante do medo, culpa raiva, ansiedade, angústia, insegurança que invadem a mente, típicos de uma pessoa não serena e relaxada, sem uma fé e entrega espiritual. Ou ao contrário: A alma, via fé, abranda e acalma a mente que, relaxada, não sobrecarrega o corpo e as funções deste em constante equilíbrio.

Ausência da verdadeira fé > Mente congestionada (“pensação”) > Cérebro sobrecarregado (hiperativo) > Sintomas físicos (corpo sem saúde).

segunda-feira, 5 de julho de 2010

CAPÍTULO X:CORRELAÇÕES ENTRE CORPO/CÉREBRO/MENTE

Os avanços e a sofisticação da medicina fizeram surgir exames complementares capazes de dar acesso a detalhes de áreas do corpo humano que nunca haviam sido investigados. Surgiram as tomografias computadorizadas, ecografias, ultra-som, ressonância magnética, tomografia por emissão de pósitros (antimatéria) e ainda outros. Mas essa mesma sofisticação praticamente atropelou o raciocínio clínico., intuitivo, subjetivo do profissional médico, que passou de diagnosticador para analista de exames e se tornou totalmente dependente deles na sua prática cotidiana.
Bilhões de dólares são gastos desnecessariamente na busca obsessiva por diagnósticos que possam explicar as queixas crescentes da população, o que aumenta o custo com despesas médicas para o Estado, as empresas e os cidadãos. O mesmo estudo estima que nunca houve tantas queixas físicas e psíquicas para tantos exames normais, trazendo uma grande insatisfação do paciente em relação ao médico.
Será que investigamos exaustivamente células, órgãos, sistemas físicos, enfim o corpo, e temos dificuldade de investigar a mente e a alma? Será que estamos complicando o que é simples? De tão preocupados com quadros complicados e raros, parece que perdemos a competência e a humildade para diagnosticar quadros comuns. E são justamente eles que andam atrapalhando a existência de uma humanidade demasiado rápida, estressada, angustiada, insegura, embora deslumbrada com os avanços tecnológicos e com o conforto produzido pelas máquinas.
• ¾ dos quadros de tonteira, labirintite, vertigem, desequilíbrio, são de fundo emocional. Também doenças afetivas como ansiedade, depressão e outros distúrbios psíquicos.
• 60% dos quadros diagnosticados como hipertensão arterial são, na verdade, pressão lábil (pressão que oscila à dor no peito e têm fundo psicogênico. O mesmo se aplica à dor no peito (pseudo-angina), colite nervosa, taquicardia, falta de ar, dor de cabeça, problemas alérgicos e dermatológicos.

domingo, 4 de julho de 2010

Geração perdida Y


Quem me acompanha neste espaço aos domingos (me emociona muito ao saber que são milhares de amigos e leitores e não só de Minas, graças exatamente ao site do O Tempo e Super Notícia), sabe que em outros artigos abordei o tema internet (nada contra a rede). Os multimeios: celulares, computadores, laptops e outros, podem ser uma arma terrível, mortal, doentia, como pode ser a "salvação" para quem faz o uso correto da internet como instrumento que alavanca o mundo seja no comércio, na indústria, agronegócio, prestação de serviço, ambiente escolar e de trabalho.
Mas como sempre advogo: Deus não criou adjetivos e sim substantivos! "Eis o Sol" e não adianta o ser humano chamá-lo de "bom sol" ou de "desgraça de sol", caso ele falte, a planta não cresce, e se ele for demasiado mata a planta! Ou energia atômica: se virar bomba mata 800.000 japoneses, se for combustível na usina de Angra dos Reis, ilumina 4 milhões de cariocas! Assim acontece com a internet se for instrumento de agilizar as comunicações humanas é um "bálsamo". Viciou, criou dependência, mudou o caráter das pessoas é uma droga! Daí meu choque ao assistir ao documentário, sugiro que acessem o GNT.doc "Geração Internet". Vou resumir:
1 - Tecnofilia: vício grave onde crianças, pré-adolescentes, adolescentes e até adultos se tornam dependentes se ficam mais de 2 horas por dia diante de telas e desenvolvem uma abstinência grave ao se "desconectarem" ou serem privados dos eletrônicos. E desenvolvem tolerância. O que ocorre também no alcoolismo, cocaína, maconha, crack e similares. As substancias químicas cerebrais que se alteraram são as mesmas: serotonina, dopamina, noradrenalina.
2- Cyberbullying: não bastasse ao bullying (apelidos depreciativos, insultos, perseguições a vítimas e excluídos em escolas e turmas) agora usa-se Orkut, Myspace, Facebook com severas ofensas, difamações com imenso prejuízo para as escolas, empresas, comunidades e até cidades pequenas onde "fofocoterapias irreais" e graves, traições conjugais, depreciação profissional, falsos roubos, homossexualidades forjadas por mentirosos virtuais e acobertados pela covardia do "anonimato virtual". Uma ingenuidade! Pois hoje há polícia, Justiça e leis severas para crimes virtuais. Lembrem-se "marginais virtuais", na internet não existe nem privacidade. Cuidado meninas que fazem strip virtuais: nenhum esconderijo é possível!
3- "Predadores virtuais": literalmente são caçadores de vítimas, em geral, belas meninas ou jovens homossexuais ou crianças indefesas com pedófilos sutis. O predador vai asfixiando suas vítimas com calúnias, montagens de fotos, photoshop, assédio sexual grave baseado em fatos virtuais depreciativos que "espalha" nas redes sócias.
4- Cyberstripper: jovens meninas, meninos novos de 7 a 16 anos em média, ao se apaixonar por um namorado virtual ou após consumo de bebidas ou drogas, usam as webcam, para se despir, masturbar, simular ato sexual. Em pouco tempo são expostos e humilhados nos "You-Tubes da vida". Prejuízo para o resto da vida (na escola, faculdades, futuros trabalhos), pois sempre terá sua intimidade violada e sujeita a censura pública.
5- Marginalidade em rede: adolescentes combinam brigas, espancamentos e ações psicopáticas. No documentário centenas de alunos de um colégio de alta classe, combinam de ir a um show de música e beber o máximo que pudessem para embriagar, tudo filmado para ir para You-Tube resultado: três hospitais de Manhatan (em Nova York) interditados para atender comas alcoólicos enquanto doentes graves em emergências. O resultado é a morte por falta de leitos e profissionais de saúde devido a sobrecarga de atendimento aos jovens bêbados e drogados. O trem suburbano que os levaram de volta ao seu rico bairro, todo vomitado, depredado e isso sendo enviado ao vivo pela internet!
6- Suicidas virtuais: jovens infelizes, depressivos, com pais complicados, vítimas de bullying ou ameaças de agressões reais em escolas, criam comunidades que ensinam a se matar de forma "light", sem dor, sem culpa!
Então, pais e professores, vocês sabiam sobre isso? Filho trancado no quarto e alunos com laptops fingindo fazer as tarefas, mas em namoros, sexos e outras promiscuidades, que num leve toque no teclado "desaparece" e volta a tela ingênua ou educacional.

Na próxima semana: O que fazer?
Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícias publicada no dia 04/07/2010.

sábado, 3 de julho de 2010

CAPÍTULO IX: DOENÇAS: SOFRIMENTO FÍSICO, MENTAL E ESPIRITUAL




Já entendemos que equilíbrio é sinônimo de saúde e que paz de espírito é o estágio mais elevado que o ser humano pode alcançar quando corpo, cérebro, mente e alma entram em perfeita harmonia e integração.
Podemos deduzir que o inverso disso é a doença, que pode surgir de duas formas: pelo processo original ou adquirido. No primeiro caso, processo original, temos as doenças familiares genéticas e congênitas (por má formação durante o desenvolvimento fetal). No processo adquirido estão as doenças infecciosas: traumatismos por acidentes, intoxicações por álcool, drogas, cigarro ou por outros agentes externos e problemas ambientais – poluição, exposição a alterações climáticas, radiação. Essas são as doenças que acometem o corpo e o cérebro, a vertente física e material daquelas quatro dimensões.
Além delas, existe a vertente mental, as doenças psíquicas, que estão se tornando cada vez mais freqüentes e sinalizam não só a desarmonia cérebro/mente (psiquismo), como a relação corpo/alma.
Por isso, o sofrimento psíquico é atualmente a maior fonte de sintomas físicos e mentais que não têm sido facilmente diagnosticados por médicos, psicólogos, psicoterapeutas ou qualquer profissional que se propõe ouvir e tratar pessoas com doenças físicas, psíquicas ou espirituais. Isso porque, pela nossa formação humana e social, ainda não conseguimos universalizar a visão do ser humano e ter conhecimentos mínimos de suas quatro dimensões.
O médico clínico e os especialistas pesquisam o corpo com exames sofisticados. O neurologista e o neurocientista estudam profundamente o cérebro. Os psiquiatras e psicólogos buscam, com métodos diversos e muita teoria – freudiana, lacaniana, organicista, junguianos, além de outras – abordar a estrutura psíquica e mental. Finalmente, tendo como instrumento a fé, os religiosos (padres, pastores médiuns, místicos) tentam ligar o aspecto terreno e material à dimensão da espiritualidade, buscando entender os sofrimentos do ser humano.
Chegamos à conclusão de que, embora quase sempre bem-intencionados, “os curadores” têm sido malsucedidos, exatamente porque se tornaram muito especializados na sua área de atuação. E, como costuma acontecer com os mais radicais, prepotentes e dogmáticos, cada um crê só naquilo que aprendeu em sua formação. Precisamos, pois, somar nossos conhecimentos sobre o corpo, cérebro, mente e alma para podermos melhorar não só nossa capacidade para os diagnósticos, como também o tratamento e a prevenção das doenças físicas, psíquicas ou espirituais.
Doença é desarmonia, ausência de equilíbrio, falta de relaxamento e, assim, incapacidade de sentir prazer. Acometido por desprazer (que vai desde dores físicas até sofrimento mental) o doente sobrevive com muita dificuldade a cada dia, arrastando sua existência penosa e sofrida. Caberia a quem se propõe atuar na área de saúde prevenir, manter e preservar a saúde e não dar jeito nos sintomas, camuflando o desequilíbrio corpo/cérebro/mente/alma. Sintomas são “vitrines” de uma “loja” em desarmonia. Penetrar a essência, eis o desafio.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Capítulo VIII: SAÚDE: UMA NOVA VISÃO

Como vimos nos capítulos anteriores, estas quatro facetas do ser humano são tão intimamente ligadas e evoluem de forma tão una que, a partir do que estamos vendo, não se admite mais uma visão cartesiana (em separado) da existência humana. Por isso se introduz um conceito para definir o que seja saúde. É o estado de equilíbrio e plenitude entre corpo/cérebro/mente/alma que, funcionando harmoniosamente, busca adaptação constante nas relações entre o ser humano e seu meio ambiente, resultando numa sensação de paz de espírito e bem-estar.
Fácil? Não! E ai está o desafio que Deus nos dá a cada dia de nossa vida: buscar equilíbrio, mesmo tendo que enfrentar, a todo momento, mudanças internas (sintomas físicos), sofrimento mental (pensamentos ansiosos, sentimentos de tristeza e desesperança) e conviver com um mundo exterior sempre em transformação e em conflito: guerras, crises econômicas, excesso de informações catastróficas, mudanças climáticas, doenças ou morte de familiares, insegurança e violência urbana e outros problemas.
Mas eis a vida e a história na marcha evolutiva da civilização, cheia de percalços e conflitos, todos na busca pela sobrevivência. Infelizmente, ainda somos uma espécie contraditória, que não sabe usar o pensamento e a inteligência para a paz, a cooperação, a justiça, a verdade, e, principalmente, para o amor!
Resgatar a saúde é renovar nossas posturas. Nesse aspecto, bem-vindas as doenças do corpo e da alma, que nos propõem a humildade de podermos renascer das falhas e das imperfeições para uma vida nova e saudável.
Outro aspecto fundamental é recordar que fora anomalias genéticas ou congênitas (desordens na fase uterina) todos nascemos para a alegria e prazer. Mas os descaminhos, seja por influência familiar, cultural, religiosa, social, nos fazem perder a saúde. A vida artificial, o meio ambiente desfavorável, o impacto da rapidez tecnológica, o bombardeio de informações, a competitividade, o temor de não sobreviver a tanta pressão, mas principalmente os erros da forma de pensar sobre a vida – erros conceituais – acabam por interferir no nosso corpo, cérebro, mente e alma, nos roubando a saúde ao impedir a serenidade, a paz de espírito, o equilíbrio nas nossas relações internas e com o mundo exterior.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Capítulo VII: As duas dimensões energéticas: A Mente e a Alma

Anteriormente foi dito que as duas dimensões materiais – corpo e cérebro – são, por definição, finitas. Sujeitas ao desgaste do tempo envelhecem e morrem. Somos materialmente transitórios e a experiência da vida terrena é o espaço e tempo situados entre o nascimento e a morte biológica. Mas o que dizer das dimensões transcendentes, a energia mental e a energia da fé? Sendo energia, “nunca morrem”, ao contrário, se eternizam. Penso que toda a evolução da vida na Terra visa, cada vez mais, alimentar as dimensões energéticas, como se o grande objetivo fosse um constante incremento da CONSCIÊNCIA! A consciência é fruto da experiência mental, do acúmulo de sensações e da percepção. É o “dar-se conta” de tudo quanto existe no universo e – quem sabe? - até além dele. A mais recente teoria científica da física – A Teoria das Supercordas – pressupõe inúmeras dimensões e universos paralelos.
O acesso a consciências periféricas através de diversos métodos (drogas, meditação, regressão a vidas passadas e outros) demonstra o quanto ainda engatinhamos na compreensão do nosso potencial mental e espiritual. Estamos ainda no início da grande caminhada, cercados de mistérios e desorientados pela visão cartesiana da vida. Esta forma de enxergar o mundo, separando corpo-alma, matéria-energia, nos torna frágeis e vulneráveis. Atormentados por dogmas, culpas e ódios, não conseguimos corrigir injustiças seculares como fome, guerra e diferenças sociais gritantes. Estamos mais para bárbaros que para fraternos seres divinos.
Ai se fecha a visão do uno: a nossa matéria (vida biológica do corpo e do cérebro) é a base formadora e propulsora na nossa existência energética (vida mental e espiritual). É essa fusão que gera a consciência, a conexão de tudo o que existe. E, revelando o DEUS MAIOR, permite alcançar o grande objetivo de um vivente: chegar à consciência superior.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Capítulo VI: 4ª Dimensão: Fé – Energia Divina

Alma – Conexão Humana com Deus


Já penetramos em três dimensões da existência humana: o corpo, o cérebro, o seu mais nobre órgão, e a mente, que é a sede do psiquismo. Falta a quarta dimensão da vida: a alma.
Assunto polêmico, uma vez que grande parte dos cientistas tem uma visão cética e ateísta, prendendo-se sempre à lógica, à razão e a visão matemática e física de todos os fenômenos. Quem sabe se Deus, na sua infinita sabedoria e bondade, não se faz traduzir em números e leis físicas para acolher os cientistas que negam a dimensão divina da existência? Mas devo confessar que em minha busca científica acabei encontrando Deus cada vez mais, no que sou bem amparado por Einstein – o maior cientista de todos os tempos – que disse certa vez: “A ciência sem fé é incompleta, a fé sem ciência é obscura.”
Por isso, tenho convicção de que essas quatro vertentes da vida são integradas, interdependentes e fundamentais para a manutenção da saúde física, mental e espiritual.
Cérebro – destacado do corpo por ser o grande computador biológico da vida – mente/corpo/alma, numa perfeita integração, nunca se separam em vida.
A alma, partícula da luz de Deus em cada um de nós, nosso “CPF” espiritual, é de natureza transcendente, alimentada o tempo todo por uma fonte de energia divina: a Fé.
Hoje, mesmo cientistas céticos reconhecem que algumas “curas inexplicáveis” são obtidas por pacientes que têm fé. E até processos objetivos, como recuperação pós-operatória, são mais eficientes em pessoas de verdadeira fé. E não interessa a origem dela: católica, evangélica, mulçumana, judaica, budista, espírita. A energia da fé é universal. Contudo, seu modo de expressar depende da cultura ou da região de cada povo. Mas o seu objeto final é a busca de Deus. Eu, que sou um católico ecumênico, sei que cada religião busca um caminho para chegar até ao Divino. Cristo, para os cristãos, Maomé para os muçulmanos, Moisés, para os judeus, Buda, para os orientais, e assim em todas as religiões. Mas vale uma observação importante para os céticos pelo efeito placebo, ou seja, de absoluta fé na ciência, 20 a 30% de pacientes de qualquer parte do mundo melhoram ou se curam, usando medicação sem efeito. É uma experiência comprovada em trabalhos de pesquisa de novos lançamentos.
Trabalhos científicos modernos que monitoram a função cerebral demonstraram que após procedimentos ligados à fé (rituais, encontros com pastores ou padres, relaxamentos pós-meditação e outros) havia impressionante modificação elétrica e química no cérebro.
O outro aspecto da amplitude da dimensão da fé é que os que realmente se entregam e confiam desarmam o vício da “pensação”, que é o disparo da energia mental nas tribulações, nas preocupações, no temor das perdas, nas nossas posturas bobas, vaidosas, atentos somente aos nossos status, medo das críticas alheias, temerosas de tudo. Falta, para a verdadeira fé, a certeza do eterno, o entendimento de cada percalço, cada sofrimento nada mais é que o caminho em direção a Deus.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

5 – Somos Eternos

Capítulo V – 3ª dimensão: Mente
5ª Lei Básica no que diz respeito à vida mental.



Por todos os itens anteriores, fica óbvio que não há vida nem morte, a não ser nos nossos preconceitos, no nosso apego doentio à visão biológica e material da vida. Daí, tanta angústia, insegurança, stress, pânicos, fobias e depressões por não possuirmos uma visão quântica, relativística enfim, com os novos conceitos científicos.
Os ansiosos e preocupados não conseguem ter a verdadeira fé. Deus fala é através do coração, da intuição e da alma. Quem tem verdadeira fé e domina filosófica e psicologicamente a visão quântica da realidade não teme a morte, pois ela não existe. Com isso, são mais desapegados e produtivos na experiência da vida biológica, material e terrena.
Assim a visão da matéria ou de energia depende do observador, todas as religiões dizem o mesmo através da fé, o que muda é a forma de encarar os grandes mistérios de nascer/viver/morrer e ser eterno. Assim sendo, ouso aventurar. “A consciência é a própria eternidade”.

domingo, 27 de junho de 2010

Quem vai sustentar a geração internáutica?

Mesmo os jovens devem ter ouvido falar da geração "Paz e Amor", os hippies dos anos 60 e 70, e o famoso e controvertido Woodstock. Outros talvez se lembrem dos "Yuppies" dos anos 80. Em ambos os casos tratava-se de uma geração que bem ou mal, certo ou errado, defendiam ou buscavam algum ideal, alguma meta de vida, um sonho qualquer. Deu errado? Sim, mas tentaram!
Os hippies se revoltaram contra a guerra insana do Vietnã (primeira derrota militar dos Estados Unidos) e pregavam um mundo sem violência, sem corrupção que vivessem do amor e que a paz fosse universal! Mas drogas demais, sexo demais, rock demais mostravam a ele que "alguém tem que trabalhar para pagar as contas", afinal, é ilusório um mundo onde ninguém faz nada, nem constrói nada se ficar drogado, promíscuo e ouvindo rock n roll. Não deu certo, embora a tribo dos "ripongas" exista e resista até hoje. Depois vieram os "Yuppies", os jovens de Nova York, a turma do Wall Street, os jovens altamente ambiciosos, vaidosos e exibidos, que trabalham na Bolsa de Valores e mercado financeiro e que se propunham a fazer seu "1º milhão de dólares" até os 30 anos para ter sua BMW, seu apartamento na região nobre de Manhattan, namorar modelos famosas e gastar US$ 10.000 num vinho raro no restaurante mais caro de Nova York!
Hoje, a falência dos E.U.A e da Europa, como bolhas da informática e do mercado imobiliário americano e resultado da inconseqüência, egocentrismo, individualismo e imaturidade desses jovens ricos e corruptos! OK! Duas gerações mal sucedidas, mas que tentaram algo diferente. E o que dizer da geração "Y" nascida nos anos 80 e 90, Viciados em games, internets, Orkut, celulares, i-pods e outras tecnologias ou "tecnofilia". Volto a alertar: sem ideal, sem criatividade, preguiçosa, "cansada" - muito fruto das loucas baladas, bebendo "feito um gambá", sedentários, autoritários, exigentes, não estão nem aí para os adultos, sejam pais, professores, avós, autoridades.´
Só que esqueceram que são seus pais, familiares mais velho, que os mantêm, vestem, alimentam.
Sim, essa geração de pais fracos e omissos, permissivos, "adulando" e "estragando" filhos "bebezões" aos 18, "adultecente" aos 30 parasitando os adultos, enquanto se "imbecilizam" a frente de uma tela. Professores amedrontados mal conseguem transferir o conhecimento aos alunos. Somos desajeitados tecnologicamente, mas ainda que artesanais, sem apoio da sofisticação tecnológica, somos nós que inventamos, batalhamos, lutamos bravamente e ganhamos "o pão nosso de cada dia". Portanto somos competentes, coerentes, mas é hora, pais e professores, de parar de temer e super proteger os "jovens sem educação", sem limites, agressivos e pouco cultos da geração Y!
Voltem a assumir o controle, coloquem essa turma para estudar ou trabalhar, parem de comprar as novidades eletrônicas.
Chega de dó, pena, chantagens emocionais, medo dos jovens, opressão! Valor é proporcional a dificuldade de obter algo que queremos. Não produzam "monstrinhos". Domem seus rebentos!
Coluna Dr. Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia (Belo Horizonte – MG) publicada dia 27/06/2010.

sábado, 26 de junho de 2010

4 – Somos duais, embora unos: Matéria e energia em constante e inseparável processo de transmutação.



Capítulo V – 3ª Dimensão: Mente
Alguns aspectos de física quântica (física das subpartículas) e suas cinco leis básicas no que diz respeito à vida mental.
Basta lembrar o que vimos até aqui nas relações cérebro/mente, matéria /energia, corpo/alma para percebermos que não dá mais para separar coisas transmutantes, ou seja, que estão em constantes mudanças e transformações.
A energia da mente pensa, por exemplo, numa tragédia. A matéria chamada cérebro faz o coração (corpo) acelerar pela ansiedade e angústia daquele pensamento. Conclusão: energia muda matéria e mente muda vida corporal. Assim é tudo no universo. Einstein já dizia que E= mc2, ou seja, E (energia) é igual a massa (matéria, desde que se submeta a grande aceleração c2 (velocidade da luz no quadrado).

sexta-feira, 25 de junho de 2010

3 – Não há início, meio e fim, vida nem morte



Capítulo v – 3ª Dimensão: Mente

Alguns aspectos de física quântica (física das subpartículas) e suas cinco leis básicas no que diz respeito à vida mental. Continuação.


Como diz o nosso amigo Lavoisier: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” Desde o início dos tempos somos constituídos dos mesmos elementos. A vida no universo é como se fosse um grande caleidoscópio, onde os mesmos elementos se associam e se combinam e recombinam. Mudam constantemente num giro que faz com que tudo se transforme e jamais se repita. A eternidade é uma Dança cósmica sem fim. A mesma matéria gera diferentes formas de vida. Por exemplo, comemos carnes de animais de abate (boi, porco, ave, peixe). Nas proteínas dessas carnes, existe vida que sustenta a nossa vida. Em outras palavras, vivemos do que já morreu e morreremos na matéria para que outros vivam. Mas a energia da alma é imortal. Existe uma frase da filosofia oriental que é a síntese dessa visão quântica: “Não existe vida nem morte, real nem imaginário. E sim diferentes formas de consciência.”

quarta-feira, 23 de junho de 2010

2 – Tempo é uma criação psicológica do homem




Alguns aspectos de física quântica (física das subpartículas) e suas cinco leis básicas no que diz respeito à vida mental.

Isso explica o porquê dos tristes, deprimidos e angustiados estarem sempre presos à visão de um passado de culpas, medos, raivas, mágoas, infelicidades e perdas não superadas. Como foi dito no primeiro item, pensar é igual a agir. Essas pessoas vivem o ontem todos os dias e ruminam o sofrimento “ad aeternum”.
Já os ansiosos e preocupados são viciados em futuro e o projetam sempre de forma negativista e sofrida, fazendo do presente tempo de mau humor. O futuro para eles é sempre temeroso, difícil e angustiante. Ruminam problemas irreais e não conseguem ser relaxados, desapegados e felizes.
O próprio calendário é uma convenção que foi criada há alguns milhares de anos. Nos primórdios, não existiam segundas, quintas, domingos e sim a claridade do dia e a escuridão da noite. O verdadeiro relógio era biológico. Hoje pessoas se sentem melhor psicologicamente na sexta-feira e pior no domingo à noite. Assim vamos criando tempos psicológicos artificiais em meio às ansiedades antecipatórias (futuro antes da hora) ou angústias e apegos ao que já aconteceu (passado presentificado).
Outro exemplo são as experiências chamadas regressão a vidas passadas (RVP) que os cientistas preferem chamar de memórias ontogenéticas e espíritas de reencarnação.
O certo é que pela física quântica poderíamos viajar no passado e futuro.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Capítulo V: 3ª Dimensão: Mente - 1 – Pensar equivale a agir

A mente funciona com base nos princípios quânticos, que interferem imensamente na psicologia, na filosofia, na antropologia, na história e em todos os ramos do conhecimento. Assim, é preciso saber alguns aspectos de física quântica1 (física da subpartículas) e suas cinco leis básicas no que diz respeito à vida mental.

1 – Pensar equivale a agir

Ao pensarmos, sonharmos, recordarmos o passado – evocando mágoas, ódios e ressentimentos ou saudades e boas lembranças – estamos, na verdade, vivendo novamente. Ao avançarmos no futuro, ansiosos, sofrendo por antecipação, estamos vivendo irrealmente. O cérebro reage às sugestões da mente como se a energia psíquica da imaginação – pensada, sentida ou sonhada – fosse real. Assim, acordar à noite e atacar a geladeira ou ter sonhos sensoriais com alimentos (vendo-os, sentindo-lhes o cheiro e o gosto) promovem exatamente a mesma reação química no cérebro. O centro da saciedade é ativado e o da fome é desativado.
Daí o alerta para os pensadores compulsivos e aos “pré-ocupados” com tudo! O cérebro não agüenta tanto estímulo. Assim o pensamento é a própria ação, o que explica a exaustão ou “cansaço mental”, mesmo a pessoa ficando parada, sem nada fazer.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Estimular ou promover motivação



É nítida no nosso cotidiano a falência afetiva, a ausência de respeito dos mais novos para com os mais velhos (sejam pais, avós, tios, na escola com professores, supervisores, diretores) e até mesmo de menores infratores em relação aos adultos e autoridades. O que dizer então dos assédios morais e sexuais em ambiente de trabalho? E as histórias recorrentes de pedofilia na internet e nas entranhas da Igreja Católica? E o que dizer da "guerra de ego" dos bispos de igrejas evangélicas, que estão comprando caríssimos jatinhos particulares? Imagino a alma de Jesus Cristo refletindo sobre o que fizeram com seus ensinamentos e doutrinas! Cuidado, "falsos profetas e maus frutos", pois Ele conhece bem cada árvore, cada galho, cada folha!

Mas o assunto aqui é a necessidade de uma imediata mudança de comportamento, seja em casa, no trabalho, nas comunidades escolares, no casamento e vida social. Para tanto, de nada adiantam palestras motivacionais.

Vejamos: motivar significa buscar um motivo, algo que me incentive a agir. Sendo ainda mais específico, poderia dizer que "motore", "movere" é colocar em movimento e ação (motivação) e o ato de agir.

Mas, para colocar uma "ação em movimento", o básico é estimular! Sim, pois todo ser humano responde a um estímulo quando se ampliam seus cinco sentidos: visão, olfato, tato, paladar, audição. Essas são as cinco antenas parabólicas que nos apresentam tudo que nos rodeia: o mundo, a natureza, os outros seres viventes.

Ampliadas as sensações, podemos percebê-las. Nos damos conta daquilo que vemos, ouvimos, tocamos, provamos, degustamos e, dessa forma, buscamos pela nossa mente, através da energia psíquica (pensar, sentir, agir), nos conscientizamos, adquirimos uma nova consciência, e só assim conseguimos mudar nosso comportamento!

Resumindo: estímulo (ampliar sensações), percepção (dar-se conta dessas sensações), conectá-las "via mente" (pensamentos, sentimentos, força de vontade) na busca de conhecer e reconhecer a nós, aos outros e ao meio ambiente, adquirir uma nova consciência e, assim, finalmente mudar o comportamento! Simples assim!

Produzir projetos e ações estimulantes para buscar um novo tempo é o que uma equipe, comandada por mim e com imenso apoio de toda a população do Centro-Oeste (GO, MS, MT), está buscando de forma pioneira e revolucionária. Mudar a saúde pública, a educação pública, a cultura, o meio ambiente e as relações humanas nas empresas. Nos aguardem.

Coluna Dr.Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia (Belo Horizonte-MG) publicada dia 20/06/2010.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

CAPÍTULO V: 3ª DIMENSÃO: MENTE


Nos capítulos anteriores percebemos a incrível engenharia divina que faz o corpo funcionar com ou sem o cérebro. Vimos que é o cérebro que processa todas as informações e aprende, segundo por segundo, a se adaptar ao mundo exterior. Está em busca constante de um estado de adaptação, de equilíbrio. Neste capítulo vamos nos aventurar num terreno de tempo e espaço muito singular que é a mente humana.
A mente é a sede da consciência, o dar-se conta do mundo através da inteligência que integra o pensar, o sentir e o agir. É o nosso mundo psíquico, onde o pensamento se integra aos afetos, às emoções e aos sentimentos. Onde os sonhos e intenções serão transformados em realidade pela força de vontade, que nos dá a energia da ação.

Toda a história humana é a síntese do trabalho incessante e incrível da mente. É dela que parte a condição de criar e inventar, transformar informações e transmiti-las à consciência e ao cérebro à velocidade da luz. É a mente humana que faz poesia e concebe todas as formas de criação artística. Tenta decifrar os mistérios da natureza, teme a morte e se interroga sobre o que existe além da vida material. Questiona-se incessantemente: “De onde viemos? Para onde vamos? O que somos?
A mente é movida pela energia mais pura e incrível que há no universo. É a centelha de Deus que habita o corpo e o conecta com a alma na busca da lucidez. Ou seja, a luz divina, o fim e o começo de tudo, a eterna transmutação matéria/energia.
A mente funciona com base nos princípios quânticos, que interferem imensamente na psicologia, na filosofia, na antropologia, na história e em todos os ramos do conhecimento. Assim, é preciso saber alguns aspectos de física quântica1 (física da subpartículas) e suas cinco leis básicas no que diz respeito à vida mental.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

ORAÇÃO DO MÉDICO



“Tende piedade, meu Deus, daqueles que têm o encargo da cruz dos outros, daqueles que se fizeram salvadores”.
Salvador de todos, daí ao médico a LUZ. Esclarecei-o na obscuridade do outro para que comprometido a penetrar o segredo dos corpos e das almas, não se engane no caminho e venha ferir no seu passar.
Daí ao médico o AMOR para que sob o peso do próprio sofrimento e, talvez, sem ajuda para si mesmo, encontre sempre uma palavra de doçura, uma acolhida que dê abrigo, uma força para o desesperado que o aguarda.
Daí ao médico a GRAÇA, para que em seu mau momento, e sua incerteza, em sua fraqueza de homem, na sua perturbação, permaneça sempre sábio, sempre bom, sempre puro, digno da dor sagrada, cuja fé a ele se entregou.
Dai ao médico a FIDELIDADE na misericórdia para que não se esqueça e jamais abandone o menor dos miseráveis que a ele se confiou.
Dai-lhe, meu Deus, a FORÇA para que o demasiado peso de todos não o venha quebrantar, para que o abatimento que carrega não atinja a sua alegria, para que a ferida que pensa não lhe faça mal”.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PRINCÍPIO E O FIM DE TUDO: A RELAÇÃO ENTRE A LÓGICA DIVINA E ANSIEDADE E ANGÚSTIA HUMANA

Coluna do Dr. Eduardo Aquino para o Jornal Super Noticia (Belo Horizonte) publicada no dia 06/06/2010.

De uma coisa, você leitor que há mais tempo me acompanha neste espaço, já deve estar sabendo: Se preocupação fosse algo eficiente, nós já estaríamos no paraíso... Afinal a palavra que mais parece com os tempos modernos é exatamente esta: Preocupação! Mesmo sem perceber a cada instante morremos... De preocupação com filhos, dinheiro, violência, futuro e assim por diante. Sem contar os que gostam de se matar de tanto medo! É um suicídio sem fim “Doutor, morro de medo do meu filho usar drogas” ou “Dr. morro de medo de perder a quem amo”. Todos morrem de medo de ficar sozinhos, falir, adoecer, ter câncer, mas prepare-se para o maior medo que pude ouvir em todos estes anos de consultório, palestras e no social das minhas “andanças” neste mundo afora: “Doutor, morro de medo de morrer!!!” ai eu não agüento e falo “Comadre, a senhora já está mortinha antes mesmo de morrer!”. Como o bem diz a filosofia e psicologia quântica PENSAR É IGUAL AGIR. Em outras palavras o coitado do cérebro processa nossas imaginações, sejam elas sofrimento antecipatórios, preocupações monotemáticas, “pensações” negativistas disparadas em que não somos nem mais controladores da nossa mente que vai adquirindo vida própria e nos conduzindo para um caminho de trevas, angústias, culpas, medos, raivas, invejas, ciúmes entre outros conteúdos mentais lastimáveis que acabam com nossa energias psíquicas (pensar, agir e sentir). É você que sente peito apertado, coração disparado, falta de ar e essa tonteira que não há stugeron e vertix que resolva? É você que morre de dor de cabeça, que faz 10.000 exames e dá tudo normal? Ou ainda, é você que rola na cama e não dorme assistindo jogo de futebol até meia noite e fica alegrinho quando o time ganha e tristonho quando o time perde, mas independente disso acorda cansado (coitado dos atleticanos e cruzeirenses atualmente), pois bem ai vai uma boa notícia: estão perdendo tempo, saúde e dinheiro por algo que para mim é a maior definição de saúde física, psíquica e espiritual: PAZ DE ESPÍRITO! E essa energia da serenidade, do desapego e da verdadeira fé está dentro de cada um de nós. Ainda que você tenha se perdido no seu caminho existencial em algum lugar muitas vezes mais improvável campo da sua alma, ali mora sua paz de espírito desejando que você a encontre.
Enquanto isso “em Gothan City” pessoas roubam, corrompem, consomem bens materiais desnecessários, fazer sexo de forma animalesca, usam e abusam de drogas e bebidas neste angustiante louca corrida em direção ao falso e traiçoeiro prazer, relaxamento, satisfação criando dependências químicas, afetivas, sexuais, de bens materiais que além de ilusórios jamais nos trarão essa paz espiritual divina!!!
Aos céticos, aos falsos crentes, aos religiosos por obrigação, ai vai a moral da história DA VIDA NADA SE LEVA ALÉM DA RECOMPENSA DE QUEM UM DIA NOS DISSE “A VIDA SÓ VALERÁ A PENA PARA AQUELES QUE CHEGAREM A MORADA DO PAI E PARA O DESCANSO ETERNO.
Finalizando buscai a porta estreita e o caminho apertado que conduz à verdade, pois largo é o caminho que leva à perdição. Ou simplesmente muitos são chamados, poucos os escolhidos.