Cena 1:
O despertador toca barulhentamente, o cidadão dá um pulo da cama, espreguiça lentamente e fala em alto e bom tom “Oba, segunda-feira, mais uma semana de trabalho!”
Cena 2:
A patroa cutuca pela décima vez e recebe a mesma resposta: “Calma, já estou levantando. Ai que saco, já não agüento mais ir para aquela empresa. Vontade de largar tudo e sumir”, diz entre o mau-humor e uma irritação assustadora.
Amigo leitor, como é a sua relação com o seu trabalho, com a sua profissão, seu “ganha-pão”? Se for do primeiro tipo, parabéns, provavelmente escolheu a profissão certa, sua empresa investe em qualidade de vida, em prazer, satisfação, e prioriza o ser humano que nela trabalha. Ou se for um autônomo, você deve ser talentoso, ter vocação, e deve se sentir extremamente gratificado com o que faz. Para ser franco, nem precisaria ler o resto da coluna, a menos que o tema o deixou curioso.
Mas se você enquadra no segundo cenário, ATENÇÃO: essa história de ir para o trabalho como quem vai para o “matadouro”, pode acabar muito mal, não só para você, mas também para os seus colegas de trabalho e para os seus familiares, provavelmente, você deve ser um “homem-bomba”, prestes a explodir por pequenos detalhes, insatisfações ou erros inevitáveis ao seu redor. Para você, eu recomendo a leitura até o final.
APRENDENDO A LIDAR COM AS DIFERENTES TRIBOS QUE HABITAM O MESMO LOCAL DE CAÇA.
Já repararam a diversidade das pessoas que trabalham do seu lado? Religiões diferentes, temperamentos diferentes, nível cultural e de educação diferentes, distintas gerações, além de manias e hábitos muito loucos.
E haja puxa-sacos, fofoqueiros, caluniadores, invejosos, ciumentos, agressivos, mas também, “bonzinhos”, grandes parceiros, pessoas generosas, líderes carismáticos, pessoas prestativas e por aí vai...
O certo, é que ali encontraremos, desde pessoas sérias, dedicadas, competentes, até preguiçosos, desonestos, enroladores. E é nessa selva, com uma fauna e flora tão distintas, onde passamos a maior parte dos nossos dias ou noites, obrigados a conviver, adaptarmos e desenvolver a nossa capacidade de tolerância, paciência, compreensão, e nunca perdermos o foco de que estamos ali para produzir e desenvolver os nossos dons e habilidades.
É VERDADE QUE EXISTEM AMBIENTES PESADOS E DOENTIOS NO TRABALHO?
Por incrível que pareça, as neurociências que estudam o comportamento humano mostraram que cada um de nós, emite um campo eletromagnético, que alguns chamam de “aura”, outros de “astral”, que uma aparelhagem sofisticada que é usada para pesquisa do psiquismo humano nos EUA, chamada, SQUIB, e que mostra claramente as modificações que acontecem quando o nosso humor e afeto se modificam, como nos casos de raiva, inveja, mágoa, alegria, tristeza, depressão, irritação, ciúme e todos os outros sentimentos que comumente aparecem na nossa vida familiar, social e no trabalho. Então as velhas histórias de “olho-gordo”, sentir o “ambiente pesado”, sentir dor de cabeça ou mal-estar, ou até mesmo aversão em ambientes de trabalho, tem o seu fundo de verdade, e daí, uma constatação importante: AMBIENTES ONDE EXISTEM CONFLITOS EXCESSO DE COMPETITIVIDADE, CHEFIAS AUTORITÁRIAS, COM GRITOS, BERROS, DISCUSSÕES, são altamente adoecedores, prejudicando não só a saúde física e psíquica de patrões, empregados, chefes e subordinados, como também, contribui para perda de produtividade, baixa qualidade de vida e afastamentos médicos ou um constante rodízio de funcionários que pedem demissão ou são demitidos.
OS VÍCIOS DE RELACIONAMENTO QUE MAIS AFETAM AS PESSOAS:
Ambientes barulhentos, com pessoas centralizadoras, obsessivas, perfeccionistas, hiper-responsáveis, mandonas, ditatoriais, que gritam, ofendem, sempre criticam, nunca elogiam, sem dúvida nenhuma, se constitui o pior ambiente de trabalho que existe. Principalmente se forem os donos, os gerentes, os chefes ou os supervisores, pois esse tipo de comportamento gera nos subordinados, nos funcionários, basicamente 3 tipos de relação:
1- SUBMISSÃO, MEDO, FALTA DE INICIATIVA.
2- REVOLTA, AGRESSIVIDADE REATIVA, DISCUSSÃO E OFENSAS.
3- SABOTAGEM OU TÁTICA DA GUERRILHA: É quando o empregado ou funcionário subalterno de forma proposital, boicota a qualidade do produto ou a prestação de serviço oferecido pela empresa.
Além desse cenário descrito, ainda podemos citar como elementos nocivos em ambiente de trabalho, a inveja, a chantagem emocional, a competitividade desleal em busca de promoções ou destaque, a fofoca em forma de calúnia e difamação, envenenando o ambiente ao redor, o ciúme, o envolvimento ou assédio sexual, que podem atrapalhar os amantes, não só profissionalmente, mas gerar graves problemas na sua vida pessoal, familiar, além de intrigas, mágoas, ressentimentos.
ALGUNS EXEMPLOS DE AMBIENTES SAUDÁVEIS:
Depois de descrever situações infernais, temos que ser justos, existem ótimas relações patrão-empregado, empresa-funcionário, que merecem ser citados.
1- Toda empresa que investe em qualidade de vida, criando ambientes agradáveis, tanto do ponto de vista da área física (presença de jardins, plantas, espaços de convívio), quanto de espaços de lazer e entretenimento, consegue aumentar a sua produtividade, fidelizar seus funcionários e fazer com que estes “vistam a camisa” da empresa e se orgulhem de trabalhar ali.
2- Empresas que promovem encontro com a família dos seus funcionários, e que valorizam essa relação funcionário-família, incentivando atividades para filhos, esposas, maridos, conseguem quebrar o “ranço” muito comum de levar problemas do trabalho para casa ou da casa para o trabalho.
3- Empresa onde a “lei do merecimento” se imponha, ou seja, as promoções, a escolha de chefias, gerências, se baseiem nos critérios como competência, carisma, facilidade de relacionamento interpessoal e não critérios políticos ou de “bajulação”, parentescos, e outros critérios que não o do MÉRITO.
4- Empresas que incentivam a melhoria educacional, cultural e econômica dos seus funcionários. Incentivo a concluir o ensino fundamental, ensino médio, a fazer um curso superior, pós-graduação, cursos de aperfeiçoamento, especializações entre outros. Políticas do tipo participação de lucro dos funcionários sobre os resultados da empresa.
Enfim, todo estímulo que um empregador for capaz de criar na sua empresa e que seja um sinônimo de prazer, alegria, satisfação, que gere recompensa e gratificação, será multiplicado pelo bem-estar que o seu funcionário procurará recompensar, melhorando sua produtividade, pontualidade, freqüência ao trabalho, com isso, todos lucram e essa empresa, quase não terá problemas na Justiça de Trabalho, em licenças médicas, pedidos de demissão, conflitos interpessoais, entre outros.
CONCLUSÃO:
A melhoria de um ambiente de trabalho, o prazer de, a cada dia ir para o seu emprego, os benefícios gerados por uma boa qualidade de vida, em ambientes laborativos, é um processo que requer um esforço conjunto, entre a empresa através da mudança de paradigmas e também de cada um de nós, empregados, autônomos, funcionários, que devemos cuidar do nosso bem-estar físico e psíquico ao invés de ficar apenas reclamando, queixando, em detrimento dos nossos dons, talentos e vontade de crescer profissionalmente e realizar todos os sonhos a partir das nossas relações profissionais.
Olá Dr. Eduardo
ResponderExcluirNós dos blogs,não tão cabeças como o teu ,temos o hábito de trocar selos...
Tem um pra ti lá no Sunflower,pois o seu blog me faz muito bem !
Um abraço