sábado, 3 de outubro de 2009

BEM-VINDO À VIDA!
Responda amigo leitor, do fundo do seu coração: A vida é uma dádiva ou uma cruz que se carrega a cada dia?

Fui falar de morte na semana passada e foi uma enxurrada de e-mails, fui parado nas ruas para elogios e discordâncias absolutas. Realmente é gratificante estar nesse fenômeno que é o Super e poder trabalhar temas que tratam de um conteúdo cujo o objetivo é ajudar a milhares de pessoas a melhorar a compreensão do seu corpo, mente e alma, trazendo temas do comportamento e relacionamento humano de forma lúdica, mas também pedagógica e terapêutica.
Meu amigo Rogério Mauricio, meu grande parceiro e irmão de fé, camarada, já previa junto à minha intuição que todo meio de comunicação além das inevitáveis tragédias e noticias ruins de cada dia, poderia ser um veiculo para dizer de boas coisas, contribuir para a educação, saúde, cultura e meio ambiente, que é a base e alicerce que nos fez lançar a coluna.
Mas como diria meu avô Zé Cocão, sábio, matuto, sertanejo “pros lados” de Abaeté, Dores do Indaiá, Quartel geral e cercanias; “Raio não cai em pé de couve!”. Eu aposentei do atendimento individual (para desgosto e queixas de meus ex-clientes, mas eternos amigos) para trabalhar o difícil tema: Fé e Ciência. Por isso, essa semana inverti: Vamos repensar o sentido da nossa existência humana.

A VIDA É UM MILAGRE OU UM CALVÁRIO?
Amigo, na noite que você foi concebido, papai e mamãe ali numa boa, ele como todo macho da natureza lançou uma chuva de “meio-irmãozinhos” chamados até então de espermatozóides. Sim, entre 30, 50, até 150 milhões deles no ventre fértil da sua mãe, que de forma impressionante, exatamente naquele dia, hora e lugar, contribuía com um ovulozinho que entre as poucas centenas que na vida dela amadurecera apenas em poucas horas a cada mês aguardando uma desejada fecundação. Sim senhores e senhoras, havia uma possibilidade absurda desses milhões de outros seres disputando arduamente uma “corrida para vir à luz” não ter sido você, mas e o ESPERMATOZÓIDE VENCEDOR!!! Talvez os milhões de “outros filhos” que não vieram à luz, pois perderam a corrida da vida, fossem mais bonitinhos, inteligentes, cabelo liso, ou mais encaracolado, olhos azuis, ou quem sabe mais burros, barrigudos, defeituosos, não interessa, pois VOCÊ É QUEM VEIO Á VIDA! Com seu jeito, seu corpo, seu temperamento. Não fomos escolhidos pelos nossos pais. O “acaso” ou a incrível lógica divina da vida, o brindou para existir materialmente por algumas décadas de vida. “Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida”! Agora pense: Se a vida é o maior presente que Deus (continuarei a insistir, amigos ateus) nos dá, por que você reclama tanto? Quer devolver esse presente, trocar na loja divina? Por isso é que divido as pessoas em duas tribos:
1- Os que vêem a vida (mesmo com amarguras, decepções, problemas a cada dia, fracassos, mas também alegrias, lua cheia, pôr-do-sol, mar azul, pessoas queridas, um carinho, sucessos e vitórias) como milagre, dádiva e agradecem todo dia, a existência. Já nasceram vencedoras (nem que tenha sido na corrida de espermatozóides).
2- Os que vivem reclamando: “que desgraça, a vida é uma cruz, um fardo”, “o inferno é aqui mesmo”, “não vejo sentido na vida, tantos sofrendo, nascendo aleijados, passando fome, uns poucos ricos, indiferentes, empresários gananciosos, políticos corruptos”. Ou seja, a velha mania de reclamar e queixar o dia inteiro, e nunca se esforçar para mudar o estilo de vida.

AOS QUE ACHAM A VIDA UMA “CRUZ”:
Caros amigos leitores, a vocês eu diria 2 coisas: a primeira é do “AZAR” QUE VOCES DERAM: chegassem um bilionésimo de segundo atrasados na “corrida dos espermatozóides” e não teriam nascidos e assim cederiam seu lugar a um “meio irmãozinho” um espermatozóide mais animadinho, mais bonitinho e que acordasse a cada dia agradecendo a Deus pelo milagre de existir! A segunda coisa que diria a vocês com minha vivencia de psiquiatra, neuroscientista e um ser de fé, é que ainda que a vida fosse essa PRISÃO NO TEMPO E ESPAÇO, onde a matéria é criada, tem seu tempo de vida, vai se desgastando e desintegra na morte. SEJA UM GRANDE PRISIONEIRO NESTA PENA A SER PAGA (45 anos para uns, 63 para outros, 75 e até pessoas que passam por essa vida apenas 10, 15, 20 anos). Procure ter um bom comportamento, reveja e aceite os erros, culpas e pecados cometidos, mude, evolua e com perseverança atravesse o seu “CALVÁRIO” e que num belo dia, seja por infarto, acidente de carro, câncer ou bala perdida, finalmente virá o fim da “carregação” da cruz, do fardo e finalmente liberto desse peso, experimente a “boa nova” que Cristo falou na sua ressurreição; “A vida vale a pena pois, existe a casa do Pai e o DESCANSO ETERNO”. Tá vendo ainda assim como ter fé é bom! Como morrer (de morte natural ou acidental) na hora que Ele determinar é bom! Como viver é ótimo quando se sabe que um dia “DESCANSAREMOS EM PAZ”!

AOS QUE AMAM A VIDA E A CONSIDERAM UM PRESENTE DIVINO:
Sabe o que direi a vocês: “Parabéns pra vocês”! Doem sua alegria de viver, sua fé, seu astral, sua energia para os seus familiares, amigos, colegas de trabalho e continuem a amar, ter fé, serenidade, paz de espírito. Continuem a perdoar os pobres de espírito (e muitas vezes ricos e poderosos da vã matéria) e doem seu coração e alma aos carentes do afeto e da fé.

CONCLUINDO:
Extraído de um livro de Isabela Alende, numa passagem em que uma jovem estava sendo selvagemente torturada pela ditadura militar do Chile e após semanas de flagelo ela implora à mãe (que já tinha morrido) aos berros dentro da cela: “Mãe, não agüento mais, quero morrer, me leva para junto de ti!” Nessa mesma noite a mãe lhe aparece em sonho e diz: “Filha, nunca peça a morte. Morrer é tão natural quanto nascer! Mas não se esqueça: É EM VIDA QUE ACONTECEM OS GRANDES MILAGRES!”.

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