terça-feira, 27 de outubro de 2009

SAÚDE PÚBLICA: UMA FÁBRICA DE CRIAR DOENÇAS

Reprodução da Matéria (Eduardo Aquino) do Jornal Super Notícia do dia 31/05/09.
Reaprendendo a viver – pequenas lições sobre o comportamento, relacionamento, a mente humana.

Que saudades da água com açúcar, do farmacêutico das pequenas cidades, dos raizeiros do interior, das benzedeiras e dos saudosos médicos de família. Afinal, eles davam conta de 80% das queixas de mal-estar, das febres, das parasitoses, dos ”ataques de nervosia”, má digestão, dores de cabeça e uma série de sintomas e manifestações físicas, que uma boa acolhida, remédios caseiros resolviam ali mesmo. Mas com a modernidade, a urbanização, os meios de comunicação - que no afã de informar, acabam por deixar alarmada uma população estressada, confusa com tanta noticia ruim, que ao primeiro sinal de febre, coração disparado, dor de cabeça, falta de ar, aperto no peito, tonteira, dor no corpo e daí por diante, logo sai em busca do posto de saúde, hospitais e serviços de urgência abarrotadas, com filas quilométricas. É o inicio da “doentização“ a fabricação de doenças!!!
Uma simples queixa do paciente, encontra um médico pouco colhedor, apressado, desesperado ou desmotivado (dados de pesquisa mostram que 2/3 dos médicos saem da faculdade com dificuldades enormes para diagnósticos simples). Pede exame para cá, receitas para lá e...algo será dito: virose, colesterol alto, alteração da pressão arterial, e criou-se um doente. Agora, será sendo encaminhado para outras especialidades, fará exames mais complexos, filas e filas do posto para as unidades de pronto atendimento, de lá pra cá, ambulância entopem os hospitais e Santa Casas ... É aquela historia, quem precisa realmente de atendimento padece e até morre na fila, enquanto os que nada de grave tinham, gritam, brigam pela demora e péssimo atendimento, enquanto funcionários sobrecarregados, exaustos, vão “tocando a boiada“.
Que pena! Quando as autoridades acordarão para o fato de que 70% a 80% dos casos seriam resolvidos em atenção primaria (postos de saúde), se ali houvesse profissionais de saúde bem treinados, motivados, capazes de separar o joio do trigo, pois como diriam os sábios médicos, hoje mortos ou em extinção, “em medicina o que é comum, é comuníssimo, o que é raro é raríssimo, nunca busquem o raríssimo no comuníssimo, pois isso representa exames demais, diagnóstico de menos e pacientes insatisfeitos!” Alguns dados para se pensar:
1- 7 a 8 em cada 10 pacientes apresentam na verdade sintomas físicos ligados á ansiedade e depressão, ou seja, são psicogênicos.
2- 92% das labirintites são emocionais;
3- 65% das pressões altas são labilidades de pressão (aumentam ou diminuem com estresse excessivo);
4- 85% de dores no peito, são quadros de angústia;
5- 90% das dores no peito, respondem a antidepressivos.

Com a epidemia de estresse e falência do afeto humano, sintomas físicos são muito das vezes alarmes que disparam, pois o cérebro emite S.O.S através do corpo.
Caso alguém da área de saúde deseje conhecer mais, mande email que envio mais trabalhos que buscam melhorar o atendimento ambulatorial em saúde pública.

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