Falimos na área mais sensível do cérebro: o Sistema de Afeto, emoções, sentimentos e controle do estresse. É um verdadeiro “apagão” na energia psíquica que deveria nos abastecer de bem-estar, paz-de-espirito, serenidade. Já não temos facilidade de obter a matéria-prima que dá sentido á vida: Cadê a ALEGRIA? A natural, e não a artificial da bebida, das drogas. Cadê o ENTUSIASMO? E o prazer de ir para a escola, para o trabalho, voltar para casa encontrar com os filhos, com a esposa, relaxar, bater um papo, ler um livro. Que nada! Celular despejando problemas, escravizando, viciando, TV amedrontando as pessoas com febre amarela, seqüestros, políticos corruptos, internet, computador, trânsito, e-mail para responder, trabalho que continua em casa, separações, conflitos entre cônjuges, disputa por guarda de filhos. Mas também briga com os filhos tecnológicos, individualistas, deslumbrados com a tecnologia.
A falência do afeto é sinônimo de angustia, depressão, medos, disparo de estresse, pânico, insônia... e por aí vai.
VIDA EM FAMÍLIA:
Não adianta saudosismo, dificilmente teremos os sagrados momentos de um almoço com mesa cheia, uma oração, troca de conversas. Ou, os jovens respeitando, ouvindo e valorizando a experiência de vida e sabedoria dos pais e avós, tios e mais velhos. Tudo corrido, pais almoçam na rua e os filhos perto do colégio, chegam em casa e vão direto para TV, computador, ou os jovens chegam e saem rápido para balada, e os adultos estão sempre em reunião ou trabalhando até tarde.
VIDA SOCIAL:
Os barzinhos se proliferam a “Zeca feira” começa na segunda e termina na segunda, vamos “encher a cara” esquecer as dividas. A patroa chata, os filhos rebeldes, o chefe nazista. Sair ou ir a festas virou sinônimo de embriagar, drogar, “buscar uma falsa alegria”, prazer fácil, sexo descartável. Já os “aposentados da vida” dando expediente nos bares, com sua voz pastosa, filosofia de buteco, falar mal da ex, da política, do vizinho, dessa “desgraça de vida”, e toma todas! E fuma, bebe, fuma, bebe...
VIDA NA ESCOLA:
“Ai que saco!”, sonolentos, indispostos com suas “zoações” infantis, vestimenta com bonés, bermudões, largadões, Ipod no ouvido, “obrigados” a estudar, sem entender o que a ortografia, a vinda de Dom João VI, o clima semi-árido e essas matérias chatas têm a ver com a vontade louca de ir ao shopping, jogar Playstation, “pegar uma menina”, ou freqüentar uma rave ou um baile funk.
Educadores vamos ser francos, nós, pais ou professores estamos no AM e eles no FM. Falta sintonia, comunicação, comunhão de idéias. O que temos em comum com os jovens? Ou vice-versa?
VIDA NO TRABALHO:
Espremidos pela necessidade de sustentar a si e a uma família, num mundo global e competitivo, o grau de exigência, qualidade total, aumento de produção, ritmo alucinante, hora extra, remuneração ruim, obrigando a se sobrecarregar, a arrumar “bico”, trabalhar em 3 turnos e ... Nunca dá para pagar tanta conta, sempre devendo, estressando, nervoso, dormindo mal, pessoas com invejas, intrigas, politicagens, puxa-sacos e medo de ficar desempregado. Mas, carro zero a 82 prestações de 299 reais, TV a 24 meses de 39 reais, moto a 112 reais e... A tentação é grande, pecamos e falimos afetivamente.
EXISTE SOLUÇÃO?
1. Respeite as leis da natureza (quem é que lembra e está praticando as 26 dicas anti-estresse de Ecologia Humana?);
2. Reveja suas metas, seus sonhos, busque a coerência interna. Qual o seu limite? Qual a necessidade de adquirir mais e mais bens e objeto de consumo, se não consegue dormir porque está no vermelho?
3. Não jogue a culpa nos outros, não justifique, nem dê desculpas: você é o artesão do seu próprio mundo! Não plantou ou plantou mal? Quer colher o que?
4. Tudo é fácil e prazeroso quando nossa ação gera prazer, satisfação, recompensa, alegria. Odeia o que faz? Mude de profissão. “Mas doutor, eu ganho bem”, então ganhe bem para ser infeliz, mas por favor, pare de reclamar e ficar mal humorado.
5. Só estará apto a viver e relacionar com os outros, aquele que aprendeu a amar e respeitar a si mesmo, o que significa dizer que temos que praticar a cada dia o exercício de reconhecer nossos erros, localizar nossas insatisfações, diagnosticar que não andamos merecendo ser feliz, pois não temos tido controle sobre o álcool, as drogas, os calmantes, a compra excessiva, o excesso de TV, Internet...
6. Fé... Capacidade de sonhar... Coragem de mudar...
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