quarta-feira, 4 de novembro de 2009

DO SONHO DE SER PROFESSOR AO PESADELO DE SE TORNAR UM EDUCADOR STRESSADO E DEPRIMIDO

Reprodução da matéria (Eduardo Aquino) do aia 26/07/2009.


Será que estamos surdos, cegos e mudos frente à epidemia da falência afetiva e absoluto esgotamento físico e mental dos professores, supervisores, coordenadores, enfim a todos os professos que atuam em educação?!
Será que Prefeitura, Estado, com suas Secretarias de Educação e também a Esfera Federal já ouviram falar na “Síndrome de Burnout”?!

É hora de acordarmos para uma realidade que mais parece um pesadelo.

“Síndrome de Burnout”
Burnout vem do inglês – queimar por fora e é um tipo de doença cada vez mais grave que vem dizimando professores e educadores e tem 03 características marcantes:
1) Fadiga intensa com cansaço constante;
2) Indiferença, “robotização” e desafeto de educadores no exercício da sua profissão;
3) Angústia,tristeza, desesperança que leva a uma aversão ao se enfrentar uma sala de aula.

Tem sido ainda descrita como a Síndrome dos 03(três) “Não”:
1) Não quero mais esta “atividade”;
2) Não consigo mais dar aulas;
3) Não tenho mais motivação e estímulo para ser “professor”;


Tal quadro é ainda acompanhado por diversos sintomas físicos inespecíficos tais como:
Dor no corpo, tonteiras, dor de cabeça, dor no peito, falta de ar, baixa imunológica entre outros, e por queixas psíquicas, tristeza profunda, irritabilidade, nervosismo, mau humor, “vontade de sumir, abandonar a profissão e até de morrer”, medos, insegurança, ansiedade, pessimismo e aversão a sala de aulas entre outros.

Dois em cada 03 educadores tem, tiveram ou terão esta síndrome

Impressionante o número de educadores que tem afastados por motivos médicos, aposentados por invalidez precocemente ou que tenha abandonado a profissão.
Será que políticos, empresários, grandes empresas que atuam em 3º setor só acreditarão e investirão nos seres humanos que atuam na educação o dia em que a Síndrome Burnout der uma mancha vermelha na testa de Educador?

Afinal “dor na alma” e mente adoecida são coisas subjetivas e quando a prefeitura e estado investirão para reverter tal quadro?

Como bem sabemos corrupção, desvios de verbas só ocorrem com coisas materiais como merenda escolar, material didático, reforma de escolas, Saúde do educador não é prioridade e ao se somar baixo salários, pais omissos e fracos e uma geração de jovens violentos, sem limite, indiferentes que banalizam sexo e drogas temos um retrato da sociedade refletida nas escolas públicas.

Continuo insistindo:
É URGENTE A NECESSIDADE DE SE INVESTIR PARA LEVAR O CONTEUDO DA CIÊNCIA DO COMPORTAMENTO E NEUROCIÊNCIAS NA ROTINA DE ALUNOS, EDUCADORES, PAIS E FUNCIONÁRIOS DAS COMUNIDADES ESCOLARES.

Tenho apresentado a Ecologia Humana nas Escolas e vejo como é difícil sensibilizar o poder público, prefeitos, governadores, secretários de educação, por isso é fundamental para mudar esta realidade mobilizar pais e educadores para essa grande batalha.
Se você é educador e se identificou com este tema mande 01 email, pois, enquanto não conseguimos sensibilizar autoridades posso pelo menos mandar as 26 Dicas Anti Stress de Ecologia Humana e não se esqueçam: A escola é o espelho da sociedade que alguns mecenas ou políticos com visão humana leia esta coluna e nos ajude a escrever as páginas de um novo tempo.












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